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Um homem bebia em um bar da cidade de Jacinto, Vale do Jequitinhonha, na tarde deste domingo (12), quando repentinamente foi esfaqueado por outro frequentador do bar que jogava sinuca.
Segundo testemunhas os dois não discutiram e nem estavam juntos. O assassino jogava sinuca com outra pessoa. Porém, por volta das 15h30, de acordo os presentes, ele retirou uma faca da roupa, se aproximou da vítima e disse em seu ouvido antes de esfaqueá-lo: “Eu não disse que um dia te matava”.
Ainda conforme as testemunhas o homicida desferiu vários golpes de faca no alvo e depois fugiu. A polícia foi acionada e momentos depois conseguiu prender o autor do crime.
De acordo apurado, a motivação da morte foi a seguinte. A vítima teria dito ao autor, em data passada, que tinha um caso com sua mulher.
A polícia investiga o caso.
Se o caso e vingança (Talvez nem se enquadre no fato acima) eu me lembrei do caso antigo de um pai que executou os dois assassinos do seu filho ha 13 anos atras..
abaixo a matéria.
Ribeirão Preto, Domingo, 07 de Março de 2010

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| Texto Anterior | Próximo Texto | Índice 13 anos depois, aposentado mata o 2º assassino do filho Ex-comerciante de São Carlos tinha matado um dos homicidas na época do crime Em sua obra "Ensaios" (1625), no capítulo sobre a vingança, o filósofo britânico Francis Bacon classifica o ato de revanchismo como "uma espécie de justiça selvagem" que "põe a lei fora do seu ofício". Para ele, a atitude de se vingar só iguala o homem ao seu inimigo. Agnaldo de Souza Lima, 62, não pensou nessas vãs filosofias nas duas vezes em que cruzou com os homens que mataram com sete facadas seu filho mais velho, há 13 anos. Na primeira vez, no dia da morte do filho, matou Rodrigo de Paula, 18, com três tiros, e feriu Milton Batista do Nascimento, então com 24 anos. Nascimento foi preso e condenado. Lima respondeu em liberdade por assassinato, alegou legítima defesa e forte estado emocional. Foi absolvido. Na segunda vez, em 23 de dezembro do ano passado, Lima matou Nascimento, que cumpriria a pena no mês passado. Nascimento e o filho L.N., 11, brincavam em um playground a poucos metros da casa paupérrima da família no bairro Cidade Aracy, periferia de São Carlos, quando Lima apareceu e o matou com dois tiros. O menino viu tudo. As versões para o esse crime são conflitantes. Tudo começou em 4 de agosto de 1996. A casa de Lima estava cheia de convidados para o aniversário de cinco anos de seu neto Jhonatan quando ele recebeu a notícia de que seu filho José Roberto, pai do garoto, envolvera-se em uma briga no bar da família. Ao chegar lá, encontrou o rapaz com uma faca cravada no peito e saiu na perseguição dos criminosos, que, segundo seu relato, estavam sujos de sangue e drogados. O ex-comerciante conta que, ao se aproximar, foi reconhecido e ameaçado. Atirou, então, cinco vezes. Rodrigo caiu morto com três tiros. Nascimento foi atingido no abdômen e de raspão no braço. Acabou preso em flagrante e condenado. Em entrevista à Folha na Penitenciária 2 de Itirapina, onde aguarda julgamento, Lima, que ainda hoje chora ao falar do filho, nega que tenha matado por vingança. Diz que foi legítima defesa porque Nascimento queria se vingar por quase ter sido morto e pelos anos que passou na cadeia. O filho de Lima, Lino José, 39, confirma que muitos vizinhos vinham alertá-los das ameaças de Nascimento. No entanto, conta que ninguém na casa sabia que o pai tinha comprado outra arma. Diz ainda que o pai estava tenso nos dias que antecediam o último crime. "Ele sabia que o Nascimento ia sair. Acompanhava pela TV e, toda vez que anunciavam os indultos, a gente viajava para Minas. Dessa vez não fomos porque o carro tinha problemas." Lima disse que o encontro com Nascimento foi um acaso. "Ele acenou com a mão e eu parei o carro. Desci e o cumprimentei. Não o reconheci. Ele então me disse que nós tínhamos contas a acertar, e começou a me bater. Eu peguei a arma e atirei. Ele ia me matar." Em depoimento ao juiz Antonio Benedito Morello, da 1ª Vara Criminal de São Carlos, o garoto L.N., filho de Nascimento, nega que tenha havido luta corporal entre seu pai e o acusado. O menino e sua mãe, Silvia Ferreira Araújo, 34, também negam que o morto falasse em vingança. "Ele dizia que iria arrumar um trabalho e cuidar dos filhos, que nasceram quando ele estava preso", diz Silvia. O juiz Morello, o mesmo que julgou e absolveu Lima há 13 anos, dessa vez negou o pedido de liberdade provisória, por uma questão de ordem pública. O contrário poderia, diz ele, "sugerir impunidade e levar familiares da vítima ao mesmo comportamento". Lima, que deve ir novamente a júri popular, se diz arrependido. "Nunca imaginei que mataria um pessoa. Não sei como isso foi acontecer." No filme "Kll Bill", Tarantino explica: "A vingança é como uma floresta, onde é fácil perder o rumo e esquecer por onde entramos." Colaborou LEANDRO MARTINS da Folha Ribeirão Texto Anterior: Custo de vida cresce 0,63%, a menor alta desde agosto na cidade Próximo Texto: Bolo de aniversário do menino foi trocado pelo caixão do pai Índice |


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