Educação informou que homem era professor temporário da rede estadual de Cruzeiro do Sul. Vídeo foi gravado em agosto, mas começou a circular nas redes sociais nessa terça-feira (14). Delegado diz que caso será analisado para ver se cabe investigação.
Por Iryá Rodrigues, g1 AC — Rio Branco
15/11/2023
Professor é filmado fazendo sexo com aluno de 15 anos e é demitido pela Secretaria de Educação no Acre — Foto: Bruno Vinicius/Arquivo pessoal
Um professor Escola Flodoardo Cabral, em Cruzeiro do Sul,
foi flagrado fazendo sexo com um aluno de 15 anos, em uma área de mata na zona
rural da cidade do interior do Acre. A cena foi filmada em agosto, mas começou
a circular nas redes sociais nessa terça-feira (14).
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Após a repercussão do caso, a Secretaria de Educação,
Cultura e Esportes (SEE) informou, por meio de nota, que o homem era professor
temporário da rede estadual em Cruzeiro do Sul e que o contrato com ele foi
“rescindido imediatamente”. Além disso, a pasta afirmou que solicitou a
abertura de processo interno para a devida apuração das informações.
“A segurança, a integridade física, psíquica ou moral dos
estudantes, além da qualidade do ensino é prioridade para esta gestão, não
sendo admitidos quaisquer atos que venham a ferir esses princípios”, diz a nota
assinada pelo secretário Aberson Carvalho.
A diretora da Escola Flodoardo Cabral, Lucilene Oliveira,
afirmou que logo depois que tiveram conhecimento do caso, no mês de setembro, o
professor foi devolvido à secretaria e a família do estudante foi orientada a
procurar a Polícia Civil.
“A princípio, a pessoa que fez a denúncia disse que não era
aluno, mas com a ajuda da família, a gente descobriu que realmente era o menino
e no momento que descobrimos, já fizemos a devolução do professor que estava
trabalhando com prestação de serviço. Isso foi no início de setembro que nós
descobrimos. Imediatamente, a gente devolveu à secretaria com relatório e
orientamos a família a procurar a delegacia do menor e o problema foi
resolvido”, afirmou Lucilene.
O g1 entrou em contato com o delegado Renan Santana para
saber se a Polícia Civil vai investigar o caso, e ele informou que teve
conhecimento da situação, mas que deve dar mais detalhes na segunda-feira (20),
devido ao feriado. No entanto, falou que, a primeiro momento, não tem como
afirmar se o ato se configura como crime e se cabe investigação.
"Pode ser que não seja crime. Vamos supor: tem a figura
do professor e um adolescente de 15 anos, o fato de eles fazerem atos sexuais
não é crime. Agora assim, esse adolescente foi ameaçado? chantageado pelo fato
de ser o professor? e ele está com nota baixa e o professor vai assediar ele
sexualmente para ter vantagem de uma nota? aí pode ser um crime, mas até então,
não tenho conhecimento detalhado do caso", falou.
A diretora da escola completou que esse tipo de caso não é
divulgado pela escola, para não expor os estudantes. “É um caso que aconteceu
já há bastante tempo, está com mais de um mês que foi resolvido, tomaram todas
as providências. Agora, é um caso que a gente não divulga, que envolve menores,
envolve aluno. A gente tem que entender que estamos trabalhando com
adolescentes, com menores. E esses menores, sim, precisam ser protegidos. Não
pode ser exposto dessa maneira.”
Ela disse ainda que esse foi o único episódio envolvendo
esse professor, que até então não tinham tido nenhum problema com ele. E
ressaltou que o caso não aconteceu na escola e nem em qualquer atividade
escolar, e sim em uma localidade na zona rural.
“Ele era um bom professor na sala de aula, mas tinha uma
conduta um tanto duvidosa, difícil de se encaixar dentro dos padrões da escola.
A gente não admite de forma nenhuma esse tipo de conduta. Qualquer profissional
que seja encaminhado à escola para prestar serviço, seja ele professor, apoio,
independente do que ele vai fazer dentro da escola, quando a gente recebe, a
primeira coisa que orientamos é que nós trabalhamos com adolescentes, não
importa a sua opção sexual, isso para a gente não interessa, mas o que
interessa é o respeito. Então, aqui dentro a pessoa é profissional e está para
orientar os alunos, não para se envolver com eles”, concluiu.
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