A judia Deborah Srour, sionista 'com honra', afirmou que os palestinos são 'animais' e que o Exército de Israel deveria ser 'mortífero' contra 'esse povo'
Por Gabriel Mansur
Publicado em 30/10/2023
A Rede Bandeirantes decidiu que sua emissora de rádio em Porto Alegre não vai mais transmitir o programa "Hora Israelita", que vinha propagando discurso de ódio contra os palestinos. A edição deste domingo (29) já não foi ao ar. O programa, transmitido semanalmente, existia desde 1946, isto é, antes mesmo da formação do estado de Israel. Antes de “desembarcar” na Band, há 24 anos, ele passou por outras emissoras
A decisão foi tomada após a comentarista Deborah Srour, "sionista com honra", como se declara, defender o exterminínio dos habitantes que moram na Faixa de Gaza, uma vez que, segundo ela, "não há civis inocentes" na região - metade da população é formada por crianças. A incitação ao ódio ocorreu na edição do dia 15 de outubro e foi revelada pela Matinal.
Na ocasião, Srour afirmou que os palestinos são “animais” e que as Forças de Defesa de Israel deveriam ser “mortíferas” contra esse povo.
Omissão geral
No primeiro momento, a direção da Rede Bandeirantes e a Federação Israelita do Rio Grande do Sul, patrocinadora do programa, sustentaram a participação de Deborah na semana seguinte, no dia 22.
Respaldada pelos superiores, a comentarista não se retratou em momento algum pelas falas ofensivas. Pelo contrário. Deborah aproveitou o apoio da emissora para reforçar o discurso de desumanização e aniquilação dos palestino.
Para ela, pregar o 'extermínio' de um povo faz parte da liberdade de expressão. Ela afirma que, "como qualquer pessoa normal", apenas externou aquilo que acredita.
No sábado (28), porém, os ventos começaram a soprar contra o discurso de ódio. A Hora Israelita e Deborah Srour informaram pelas redes sociais que a Rede Bandeirantes havia decretado a retirada do programa da grade da Band Porto Alegre. Segundo postagem na página da Hora Israelita no Facebook, a decisão foi comunicada por três membros da direção da Band RS, em uma reunião virtual realizada na manhã de sábado. Veja abaixo:
Na tentativa de colocar "panos quentes" sobre suas declarações, Deborah Srour alegou que suas falas haviam sido tiradas de contexto. Indagada pela Matinal sobre o contexto que justificaria o extermínio de uma população, calou-se. Depois, em sua conta na rede social, ela afirmou ter proposto sair do programa para que ele não fosse cortado, mas a sugestão foi rechaçada pela emissora.
Na manhã deste domingo (29), no horário em que normalmente estaria no ar pela rádio de Porto Alegre, a apresentadora fez uma transmissão pelo Facebook: “De acordo com a Rádio Bandeirantes, eu passei dos limites quando disse que os perpetradores desse massacre se comportaram como animais”, afirmou ela.
A comentarista, que considera 'opinião' defender o genocídio de um povo, também definiu a atitude da Band como “muito radical”, usando a carta marcada do antissemitismo e do holocausto promovido na Segunda Guerra Mundial: “Uma ação remanescente dos anos 30 na Alemanha”, pontuou. “Eles foram atrás da propaganda esquerdopata fascista completamente falida moralmente”, completou.
O cancelamento
Inicialmente, a Band havia tentado se dissociar do discurso de ódio presente em sua programação. Questionada pela Matinal, a direção local da empresa sustentou que a Hora Israelita era um programa terceirizado (ou seja, alugava um horário na rádio) e que, por isso, o grupo de comunicação não tinha responsabilidade pelo conteúdo. Entretanto, segundo o Código Brasileiro de Comunicações, as emissoras de rádio e TV são responsáveis pelo conteúdo de terceiros.
Os responsáveis pela Hora Israelita adotaram um discurso parecido, dizendo que Deborah expressava sua opinião “de forma independente”. Apesar do apoio público, ao disponibilizarem em seu site o áudio do programa do dia 15, fizeram uma edição estratégica: cortaram a participação da comentarista. A Federação Israelita, patrocinadora do programa, também tentou se eximir. Limitou-se a observar que não responde pelo conteúdo, mas sem fazer qualquer objeção a ele.
Esse era o cenário até a quarta-feira (25) da semana passada, quando a Matinal publicou uma reportagem sobre a omissão generalizada em relação à conduta de Srour. Depois disso, veio a informação, por parte da Band, de que o assunto passaria a ser tratado pela direção nacional do grupo de comunicação, em São Paulo. O passo seguinte foi o rompimento do contrato com a Hora Israelita.
Exército e Polícia Civil do RJ encontram no Rio mais duas
metralhadoras furtadas em SP
Armas foram achadas abandonadas dentro de um carro na Praia
da Reserva, na Zona Oeste. Com a apreensão desta madrugada, 19 das 21 armas
levadas foram recuperadas. Outras duas do modelo .50 continuam extraviadas.
Por Isabela Leite, Marco Antônio Martins, Henrique Coelho, Rafael Nascimento, g1 Rio, GloboNews e TV Globo
01/11/2023
Exército e Polícia Civil do RJ encontram no Rio mais 2 metralhadoras furtadas em SP
O Comando Militar do Sudeste (CMSE) informou nesta
quarta-feira (1º) que foram encontradas no Rio de Janeiro mais 2 metralhadoras
.50 do arsenal do Exército furtado em meados de setembro em Barueri (SP). Ao
lado dessas metralhadoras, estava 1 fuzil calibre 7,62 que não tinha sido
contabilizado no roubo.
Com a apreensão, feita nesta madrugada, 19 das 21 armas
levadas foram recuperadas. Outras duas armas do modelo .50 continuam
extraviadas.
Participe do canal do g1 no WhatsApp
As armas foram encontradas na Avenida Lúcio Costa, na Praia
da Reserva, Zona Oeste do Rio, no carro que pertence a Jesser Marques Fidelix.
Ele é apontado como o homem que negociava as armas com o Comando Vermelho, no
RJ. O dono veículo não estava no local.
A Praia da Reserva tem cerca de 8 km de extensão e fica entre as praias da Barra da Tijuca e do Recreio, numa área mais tranquila e menos frequentada por banhistas.
Exército e Polícia Civil do RJ encontram no Rio mais 2
metralhadoras furtadas em SP
Negociador de armas e drogas
As investigações apontam que Jesser fornece armas e drogas
para as organizações criminosas que atuam na capital fluminense. Ele é do
Espírito Santo, mora em São Paulo e atua em conjunto com o tráfico do Rio.
Segundo a Polícia Civil, desde a noite da última
segunda-feira (30), agentes das forças de segurança passaram a monitorá-lo.
Na tarde desta terça (31), equipes foram à casa da sogra de
Jesser e souberam que ele esteve no endereço na noite anterior. Ele deixou o
local na manhã seguinte e foi para outro endereço da família, alegando que lá
teria maior privacidade.
A diligência foi intensificada, principalmente em hotéis na
Zona Oeste da capital, para localizar o suspeito e armas. Jesser não foi
encontrado, mas os policiais conseguiram localizar o carro dele na Avenida
Lúcio Costa, na altura da Praia da Reserva.
Os investigadores disseram que o veículo estava com placas
clonadas, o que aumentou as suspeitas em relação a ele. Os agentes conseguiram
revistar o automóvel e encontraram as armas, que estavam embrulhadas com um
plástico preto. O material foi encaminhado para perícia e, posteriormente, será
devolvido para o Exército.
Na semana passada, o g1 mostrou que a Polícia Civil do RJ
investigava a informação de que ainda havia no estado duas metralhadoras de
Barueri e que um fuzil estava sendo vendido. Era a primeira vez que o Exército
trabalhava com a hipótese de desvio de fuzis. Anteriormente, só se falava,
entre os investigadores, no furto de metralhadoras (as MAGs e as .50).
O CMSE não tinha fornecido detalhes sobre onde foi feita a
apreensão desta quarta e nem se alguém tinha sido preso até a última
atualização desta reportagem. Também não havia sido confirmado se as 3 armas na
mira da Polícia Civil são as encontradas desta quarta.
LEIA TAMBÉM
PERNAMBUCO: Mulher é agredida por esposa de médico durante
consulta ginecológica; VÍDEO
RIO DE JANEIRO: Patrícia Ramos mostra ferimentos de suposta
briga com o ex
Armas do exército de São Paulo apreendidas no RJ — Foto: Reprodução
Outras operações
Nesta terça-feira (31), o Exército e a Polícia Militar de
São Paulo chegaram a fazer uma operação conjunta em Guarulhos, na Grande São
Paulo, para tentar localizar as últimas 4 metralhadoras furtadas.
Além dessas duas, outras 17 armas já tinham sido
reintegradas em outubro após operações conjuntas do Exército com as polícias do
Rio de Janeiro e São Paulo.
As autoridades informaram que as armas foram retiradas do quartel por militares (6 são investigados por suspeita de envolvimento direto com o furto delas). E que depois elas foram negociadas com facções criminosas, como o Comando Vermelho (CV), no Rio, e o Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo.
8 metralhadoras foram encontradas pela Polícia Civil do Rio
(foto à esquerda); e 9 armas acabaram achadas pela polícia de Carapicuíba,
Grande São Paulo. Todas as 17 foram furtadas do quartel do Exército em Barueri,
região metropolitana — Foto: Leslie Leitão/TV Globo e Polícia Civil/Divulgação
As apreensões até aqui
19 de outubro: 4 metralhadoras .50 e outras 4 MAGs, calibre
7.62, foram encontradas em um carro roubado e abandonado em um dos acessos da
Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio.
25 de outubro: 5 metralhadoras .50 e 4 MAGs escondidas em um
lamaçal em São Roque, no interior paulista, foram recuperadas.
https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2023/11/01/mais-armas-roubadas-sao-encontradas.ghtml
Nenhum comentário:
Postar um comentário