Indivíduo confessou que transportaria o entorpecente oriundo da fronteira até o interior de Minas Gerais.
Entorpecente estava escondido junto a sacos de fécula de mandioca. (Foto: Reprodução/PRF) -PRF (Polícia Rodoviária Federal) apreendeu, na madrugada de quarta-feira (1º), 9.675 de maconha durante fiscalização na BR-158, sentido Paranaíba, a 408 quilômetros de Campo Grande. O caminhão utilizado para o transporte estava carregado com fécula de mandioca.
De acordo com a nota enviada à imprensa, a equipe abordou o condutor no KM-95 da rodovia. Na verificação, foi constatado que a carga estava mal distribuída na carroceria, o que poderia causar risco à segurança nas estradas.
Na entrevista, o homem que não teve a identidade divulgada mostrou nervosismo antes de confessar que entregaria o entorpecente no interior de Minas Gerais. O material seria oriundo da fronteira.
A ocorrência foi encaminhada para a Polícia Civil de Paranaíba. O prejuízo foi estimado em R$ 8 milhões. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
Metralhadoras estavam em carro de negociante de armas para o
Comando Vermelho
São Paulo
01/11/2023 18h28
Uma operação conjunta de policiais civis do Rio e de
militares do Exército levou ao encontro de mais duas metralhadoras calibre .50
furtadas do Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri. Um fuzil FAL calibre
7,62 mm também foi recuperado, cuja origem está sendo investigada. As armas
estavam em um carro estacionado na Avenida Lúcio Costa, na Praia da Reserva, na
zona oeste carioca, em um carro.
O veículo pertenceria a Jesse Marques Fidelix, o homem
apontado pelos investigadores como sendo o intermediário entre os responsáveis
pelo desvio das metralhadoras e a venda das armas para traficantes de drogas do
Comando Vermelho. Com o encontro de mais duas metralhadoras, já são 19 as armas
recuperadas - 11 Browning calibre .50 e oito MAG de calibre 7,62 mm. Faltam
apenas duas metralhadoras calibre .50 para serem encontradas.
A suspeita dos militares é de que todas essas armas tenham
sido negociadas com integrantes do Comando Vermelho (CV) e do Primeiro Comando
da Capital (PCC). Na manhã desta quarta-feira, dia 1º, homens do Comando
Militar do Sudeste e da PM de São Paulo fizeram uma nova operação de buscas na
favela da Vila Nova Galvão, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Foram 30 homens da Polícia do Exército e 15 do Comando de
Operações Especiais (COE), da PM. Os militares apreenderam celulares e
computadores de suspeitos de ligação com o tráfico na comunidade. Os aparelhos
serão examinados pela perícia. Segundo o general de brigada Maurício Vieira
Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste (CMSE), as duas armas
ainda desaparecidas estariam em São Paulo. "Consideramos o episódio
inaceitável."
Esta foi a segunda operação consecutiva do Exército para
fazer buscas na mesma favela. Na manhã de ontem, um outro mandado de busca na
mesma comunidade foi cumprido por militares do Exército e da PM. Os militares
cumpriam mandados de buscas e apreensão expedidos pela Justiça Militar no
âmbito do Inquérito Policial-Militar (IPM) que apura o desvio das metralhadoras
do arsenal.
De acordo com o general, os militares e a polícia usaram
mais uma vez "a estratégia da dissuasão". Ou seja, a ameaça de
sufocar as ações dos bandidos levou ao encontro de mais uma parte do armamento.
Ainda segundo ele, a apuração sobre as circunstâncias do encontro das duas
metralhadoras no Rio ficará a cargo do IPM aberto pelo Comando Militar do
Leste. O IPM deve ainda verificar a origem do fuzil apreendido. Sua numeração
estava raspada. "Não temos registro de desaparecimento de um fuzil. Ele
pode não ser do Exército" afirmou o general
De acordo com as investigações do Exército, as metralhadoras
foram furtadas entre os dias 5 e 8 de setembro. Houve violação de lacre e de
cadeados da reserva das armas onde elas ficam guardadas. Além disso, os
militares envolvidos no crime desligaram as câmeras de segurança do lugar, mas
as impressões digitais de um dos suspeitos foram encontradas no lugar.
As primeiras oito metralhadoras foram recuperadas depois que
o Exército ameaçou ocupar comunidades controladas pelo Comando Vermelho no Rio.
No dia 19 de outubro, bandidos abandonaram quatro metralhadoras calibre .50 e
outras quatro calibre 7,62 mm em um carro na favela Gardênia Azul, na zona
oeste do Rio. No dia 21 de outubro, outras cinco armas de calibre .50 e quatro
7,62 mm foram recuperadas depois que bandidos ligados ao PCC abandonaram as
armas na área próxima ao poço profundo Mombaça, da Sabesp, em São Roque, na
Grande São Paulo.
A investigação do caso levou ainda à punição disciplinar de
em São Paulo de 19 militares - 16 dos quais oficiais - em razão da negligência
ou falha na guarda das armas no arsenal. Eles receberam punições de um a 20
dias de prisão. O Exército ainda não decidiu se deve ou não abrir conselho de
justificação para expulsar eventuais acusados. Outros seis tiveram a prisão
preventiva pedida pelo CMSE à Justiça Militar, que ainda não se decidiu.
O principal suspeito de ter articulado o furto das armas é o
cabo Vagner Tandu. Ele trabalhava como motorista do comandante da unidade, o
tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, que foi afastado do cargo por
ordem do comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.
De acordo com policiais do Departamento Estadual de
Investigações Criminais (Deic), que auxilia nas investigações, dois civis são
suspeitos de terem negociado as metralhadoras furtadas do Exército em São
Paulo. São eles: Alexandre Cardoso, de 41 anos, conhecido como Gordo, e Messias
Barbosa de Pádua, o Velho, de 60 anos. Velho seria o chefe do tráfico na Vila
Galvão, onde foram cumpridas os mandados de busca e apreensão. O general
afirmou que não podia dizer se Velho foi um dos alvos das buscas.
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