Após repercussão negativa a dona de loja de roupas femininas apagou o vídeo de seu Instagram, mas não se desculpou com seus seguidores.
Por Eduardo Andrade Tavares
10/08/2021 13:39
Uma empresária residente em Patos de Minas, dona de uma loja de roupas femininas, publicou em seu Instagram um vídeo de natureza racista. Após grande repercussão negativa, a lojista removeu o vídeo, mas internautas indignados já haviam copiado o conteúdo. Nas imagens o pai da empresária, que é dono de uma empresa de máqinas agrícolas em Carmo do Paranaíba, aparece contando piada racista, e imitando de maneira pejorativa o andar de um negro. No fim do vídeo ainda é possível ouvir alguém dizendo que “branco sem noção é preto”! O que torna o caso ainda mais grave é o fato de o racismo ter sido praticado na presença de crianças, e ser divulgado em rede social.
O homem do vídeo acima diz que “preto quando põe um dinherim no bolso, ele muda até o andado” (SIC). Em seguida o cidadão começa a andar de maneira ufanista, imitando o “preto com dinheiro”. Essa fala reproduz o pensamento preconceituoso de que os negros não nasceram pra ganhar bem e serem bem sucedidos, pois isso não está no caráter deles, mas o branco não muda seu jeito de ser quando ganha dinheiro, pois teria um caráter superior, e seria mais propenso ao sucesso. Resumidamente a brincadeira sem graça, e criminosa, é racismo puro. Na gravação é possível ouvir todos rindo, com exceção das crianças que estão naquele ambiente tóxico, e que poderia se chamar "Clube do racismo".
O que assusta é o fato dessa "empresária" de roupas femininas ter achado essa manifestação racista digna de ser publicada em seu Instagram. Será que ela imaginou que seus seguidores iriam gostar dessa piada sem graça? É lamentável que uma família branca, com boa situação financeira, viva na miséria moral e intelectual. Sim, miséria moral e intelectual, pois o racismo reflete a falta de cultura e conhecimento, e mostra também uma grande debilidade de caráter, e até mesmo uma personalidade adoecida. Fico imaginando como agem essa senhora e seu pai na hora de contratar algum funcionário, será que tratam os candidatos negros do mesmo modo que tratam os brancos? Só espero que as crianças que estavam naquele ambiente repugnante, possam encontrar bons professores para educá-las, pois se a formação moral delas depender apenas dos adultos que lá estavam receio que será catastrófica.
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