Bolsonarista Júlia Zanatta (PL-SC) é alvo de ações no Supremo após fazer postagem em que aparece segurando uma metralhadora e vestindo uma camiseta que faz referência ao presidente da República
A deputada federal bolsonarista Júlia Zanatta (PL), de Santa
Catarina, deve se tornar alvo de investigações do Supremo Tribunal Federal
(STF) após postagem nas redes sociais em que incentiva a violência contra o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na última sexta-feira (17), a parlamentar publicou uma foto em que aparece segurando uma metralhadora e vestindo uma camiseta com a imagem de uma mão com quatro dedos, em referência a Lula, perfurada por três tiros.
“Não podemos baixar a guarda. Infelizmente a situação não é fácil. Com Lula no poder, deixamos um sonho de liberdade para passar para uma defesa única e exclusiva dos empregos, do pessoal que investiu no setor de armas. Estamos agora falando em socorrer empregos”, escreveu ela, junto à foto.
Para o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), a postagem de Júlia Zanatta é "apologia ao assassinato" de Lula. O parlamentar, através das redes sociais, anunciou que protocolou notícia-crime no STF contra a bolsonarista. "Fascismo precisa ser contido. Basta de violência", escreveu Valente.
"A liberdade de expressão e manifestação tem limites constitucionais,
inclusive na imunidade parlamentar. Então, se você faz apologia ao crime ou a
um ato criminoso, precisa ser investigado", declarou ainda o psolista.
O deputado federal Alencar Santana Braga (PT-SP) e o líder
da bancada petista na Câmara, Zeca Dirceu (PR), também acionaram o STF contra
Júlia Zanatta. Na representação, os parlamentares apontam que a publicação da
bolsonarista configura "uma conduta que para além da prática criminosa de
per si, reafirma, infelizmente, uma visão de mundo permeada pelo ódio e
desinteligência democrática, que tragicamente tentou se implementar na
sociedade brasileira no período de 2019/2022 e cujas raízes tóxicas ainda não
foram totalmente extirpadas".
"A Representada, com as ameaças perpetradas, busca a todo custo manter viva uma cultura armamentista já repudiada pela sociedade brasileira, estimula, sob um falso discurso de liberdade, a divisão maniqueísta da sociedade, fomentando, com o uso de armas de fogo, o ódio e a intimidação como instrumentos disputas democráticas", escrevem os parlamentares.
Além de pedirem para que o STF investigue a conduta de Júlia Zanatta, que segundo eles pode ser enquadrada nos crimes de ameaça, incitação e apologia ao crime, passíveis de pena de prisão, os deputados do PT solicitam, ainda, que a Corte adote "medidas legais pertinentes para se verificar as licenças que permitem à Representada a posse, porte ou utilização de armas de fogo, verificação da 9 regularidade das armas que detém e regularidade do clube de tiro que frequenta".
Deputada responde
A deputada Júlia Zanatta mandou uma nota através de sua assessoria afirmando que “os ataques que tenho sofrido não se justificam. Não é razoável que minha honra e meu mandato sejam questionados pela interpretação de uma imagem. O correto é se ater aos fatos e o fato é que, na ânsia de me desqualificar, a presidente do PT, Gleisi Hoffman, evocou algo muito grave ao me chamar de nazista. Isso reflete não só em mim, mas no estado que me elegeu.”
A Fórum, no entanto, reitera que a mensagem da camiseta da deputada é clara e sua justificativa para um erro na interpretação da imagem não faz o menor sentido. Ela está, sim, promovendo a violência contra Lula ao divulgar uma foto armada e com a camiseta fazendo alusão a tiros no presidente.
Para não pagar pensão, homem mata mulher em Novo Cruzeiro
Jovem, de 25 anos, confessou para a polícia que matou a vítima, de 20 anos, que estava desaparecida desde a última quinta-feira (13). Ele marcou um encontro para cometer o crime.
Por Fran RIbeiro e Ronalt Lessa, g1 Vales de Minas Gerais —
Governador Valadares
Jovem desaparecida é encontrada morta na zona rural de Novo Cruzeiro — Foto: Redes sociais
O corpo de uma jovem, de 20 anos, que estava desaparecida desde a última quinta-feira (16), foi encontrado em um matagal na tarde desta segunda-feira (20), na região do Lufas, Córergo Diamantina, zona rural de Novo Cruzeiro. Segundo a Polícia Civil, Rosângela Rodrigues de Souza, foi morta estrangulada, um jovem, de 25 anos, que teria um relacionamento com ela confessou o crime.
O delegado que está à frente das investigações, Diego
Menezes Quintino, informou que familiares denunciaram o desaparecimento. A
partir das diligências, os policiais encontraram prints com um encontro marcado
entre os dois.
O jovem que é casado, teve um filho com a vítima e, não queria
ser descoberto, nem registrar a criança que tem oito meses. Conforme o
delegado, ele combinou esse encontro para cometer o crime.
"Ele era casado e teve um caso extraconjugal com ela.
Eles tiveram um filho desse relacionamento, e ele se sentiu pressionado da
questão de pensão. Marcou um encontro com ela e cometeu o crime", explicou
o delegado.
Ainda conforme a Polícia Civil, o rapaz foi preso em casa.
Inicialmente ele negou o crime. Depois confessou que matou a vítima e a
estrangulou com um golpe conhecido como “mata-leão”.
Em seguida, puxou o corpo da vítima para dentro da mata,
arrastou por alguns metros, e o jogou dentro de uma vala, próximo a uma estrada
vicinal, no dia do desaparecimento, 16 de março de 2023, por volta das 18
horas.
Jovem morta estrangulada na zona rural de Novo Cruzeiro — Foto: Arquivo pessoal/Redes sociais
O jovem foi preso por ocultação de cadáver, e nos próximos
dias, será indiciado por feminicídio.
O corpo foi encaminhado para o IML de Teófilo Otoni.
Mata o corpo da jovem foi escondido após o assassinato — Foto: Polícia Civil
Vídeos do Leste e Nordeste de MG
Nenhum comentário:
Postar um comentário