Junto com a facilidade na aquisição de armas durante o governo Bolsonaro, também aumentou a violência contra a mulher.
Por Bom Dia Brasil
Crimes cometidos por CACs aumentou 745% nos últimos quatro anos — Foto: Reprodução TV Globo
Aumenta o número de
crimes cometidos por CACs
Depois da disparada da
concessão de armas para os chamados CACs (grupo formado por caçador, atirador e
colecionador) os crimes cometidos por quem tem esse tipo de registro aumentou
em quase oito vezes no Distrito Federal.
De acordo com dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação, no Distrito Federal, o registro de crimes cometidos por CACs aumentou 745% nos últimos quatro anos. E chama atenção o salto nas ocorrências enquadradas pela lei Maria da Penha, com aumento de 1.100%.
A tia da bombeira
Érika Tayná foi morta em fevereiro de 2023, baleada pelo próprio marido que
tinha uma arma em casa com o registro de CAC.
“Ele [atirador] era
completamente descontrolado emocionalmente, descontrolado psicologicamente. E
nessa autorização ele pedia a posse da arma para defender a família dele. Mas
com essa mesma arma, ele acabou com toda a família”, conta Érika.
Tia de Érika Tayná foi morta pelo marido, que tinha registro da CAC — Foto: Reprodução TV Globo
De 2019 a 2022, nos
quatro anos da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, houve uma explosão de
concessões para CACs. Foram 904 mil novos registros, média de 691 por dia ou 26
armas por hora. A maior parte foi liberada no ano passado
O atual governo
restringiu a aquisição de armas de uso restrito para CACs no início de 2023. E,
para fazer um diagnóstico sobre o armamento em circulação no país, iniciou um
recadastramento das armas.
Um levantamento da
Polícia Federal mostra que das 700 mil armas de uso permitido para civis, 430
mil foram recadastradas. Com relação às de uso restrito, que também podiam ser
adquiridas por civis com autorização das Forças de Segurança, 25 mil foram
recadastradas, de um total de 63 mil. O prazo termina em abril.
O policial federal
Roberto Uchoa, conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, afirma que
essa facilitação do acesso à arma de fogo, que ocorreu nos últimos anos, põe em
risco a sociedade.
“As armas de fogo elas
fragilizam. Fragilizam crianças com a possibilidade de acidentes domésticos,
fragilizam mulheres que já podem ser vítimas de violência doméstica e a arma
passa a ser mais um instrumento de opressão dessa mulher”, diz Roberto Uchoa.
Veja a reportagem
completa no vídeo acima.
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