sábado, 14 de novembro de 2020

Felipe Neto: jovem, multimilionário e inimigo número 1 de Bolsonaro

 

Apenas com seu canal no Youtube, o influenciador faturou cerca de R$ 30 milhões em 2019. Outros negócios vão desde empresas de alimentação, jogos online e até brinquedos. Apenas um dos bonecos, do irmão Luccas Neto, vendeu mais que bonecas Barbie e carrinhos Hot Weels no Dia das Crianças do ano passado


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DECO BANCILLON* | BRASÍLIA

Se você é brasileiro, acima de 5 anos de idade e acompanha redes sociais e notícias na TV, provavelmente já ouviu falar em um nome: Felipe Neto. O youtuber de 32 anos não é apenas um garoto magrelo de cabelos azuis e camiseta preta que ganha a vida postando paródias musicais na internet e fazendo gameplay de Minecraft.

Felipe Neto é também um dos jovens empresários mais ricos e bem-sucedidos do país, dono de uma rede de empresas e negócios diversos e que faturou, só em 2019, cerca de R$ 30 milhões apenas com o seu canal no Youtube, plataforma que acumula impressionantes 40 milhões de inscritos. Um de seus produtos mais lucrativos, por exemplo, é o personagem Luccas Neto, interpretado pelo irmão de Felipe, e que também possui invejáveis 32 milhões de inscritos no Youtube.

Um novo produto: o irmão Luccas Neto

A diferença é que, enquanto Felipe busca alcançar quem já está entrando na adolescência, Luccas foca no público infantil, o que lhe permite lucrar com licenciamento de brinquedos, desenhos animados e filmes infantis. Prova disso é que apenas um produto desse portifólio, o boneco do Luccas, vendeu mais do que as bonecas Barbie e os carrinhos da marca Hot Weels no Dia das Crianças de 2019.

E, se não bastasse ter acumulado milhões de seguidores e de reais em sua conta bancária, o youtuber nascido no bairro do Engenho Novo, subúrbio do Rio de Janeiro, passou a incomodar também o meio político de Brasília.

Felipe Neto e o Twitter

Aos seus mais de 12 milhões de seguidores no Twitter, Neto passou a escrever sobre política, direitos humanos, defesa do meio ambiente e combate às desigualdades sociais. Autodeclarado “de esquerda”, o youtuber conseguiu fazer na plataforma de textos curtos uma bem-sucedida separação de públicos, abocanhando, com isso, mais um nicho de mercado: o de eleitores adultos identificados com pautas progressistas.

Em uma recente entrevista para a agência AFP, Neto explicou o porquê da incursão no Twitter, onde fala basicamente sobre política e “assuntos sérios”. “Sou um criador de conteúdo e empresário do ramo do entretenimento. Crio vídeos para a família, gosto de divertir, fazer rir, ajudar a aliviar o dia estressante das pessoas. Contudo, no meu Twitter e na vida pessoal, sou um cidadão brasileiro como qualquer outro, manifestando o que penso a respeito das coisas que acontecem. O que incomoda de fato os governantes é o fato de milhões de pessoas concordarem com minha visão sobre o bolsonarismo, ainda mais por ser justamente no ambiente que eles se acostumaram a dominar completamente, que é o digital”, disse.

Vídeo para o NYT

Essa nova incursão na política, que tanto tem incomodado parte dos eleitores de direita, fez de Felipe uma espécie de porta-voz da nova esquerda no Brasil. Com isso, não há semana em que o influenciador não figure entre os assuntos mais comentados do Twitter, geralmente por postar críticas ao governo Bolsonaro, de quem Felipe se diz ser opositor declarado, ou por entrar em debates acalorados com a militância de direita. A polêmica mais recente dessa lista foi um vídeo do jornal The New York Times em que Felipe acusa Bolsonaro de ser o “pior presidente do mundo”.

Habilidoso com as palavras e conhecedor dos segredos das redes sociais, o youtuber já sabia bem qual o impacto que seu posicionamento, feito em inglês, teria no debate político mundial. Assim, não deu outra: na mais recente lista da revista Time, apenas dois brasileiros figuraram no ranking das 100 pessoas mais influentes do mundo: justamente o presidente Jair Bolsonaro e…. Felipe Neto!

Carreira

Ator, comunicador e empresário, Felipe é um dos cinco youtubers mais ricos do país. Estima-se que ele tenha acumulado, apenas com seus vídeos, cerca de R$ 200 milhões.

Essa já seria uma marca e tanto para um jovem de 32 anos nascido e criado no subúrbio do Rio de Janeiro, mas Neto vai além e também recebe por palestras, shows de comédia, campanhas publicitárias e venda de seus livros.

R$ 1 milhão apenas em benefícios trabalhistas

Isso para não falar dos lucros de suas quatro empresas, que empregam mais de 300 pessoas e que pagam, apenas em benefícios trabalhistas, mais de R$ 1 milhão por ano, segundo informou o próprio Felipe.

Em 2021, diz o influenciador, ele quer pagar bem mais a seus funcionários o triplo desse valor, R$ 3 milhões. O motivo? Colocar de pé um audacioso plano que prevê bônus de R$ 10 mil sempre que um funcionário tiver um filho, além de oferecer, por conta da empresa, licenças-maternidade ou paternidade ilimitadas, permitindo aos funcionários se ausentem do trabalho pelo tempo que julgarem necessário.

Não é só isso. Felipe também tem apoiado influenciadores que produzem conteúdo relacionado a pautas raciais, questões de gênero e assuntos relacionadas ao meio ambiente. E se engana quem pensa que com essa incursão na temática progressista o youtuber esteja realizando uma espécie de ação solidária, digamos assim.

Diversidade, um novo nicho de mercado

Por trás do chamado hub de diversidade criado por uma de suas empresas, a Play9, está uma bem montada estratégia de criação de conteúdos e venda de publicidade para marcas internacionais que buscam esse tipo de contato com o público jovem, o que permitirá ao empresário Felipe Neto faturar alguns milhões nos próximos anos.

Prova disso é o time que se juntou ao youtuber na empreitada: o ex-chefão dos Esportes da Globo, João Pedro Paes Leme, e Marcus Vinícius Simões Freire, ex-esportista que já atuou como diretor executivo de esportes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e CEO do Fluminense Football Club.

Essa trajetória ambiciosa nos negócios, no entanto, passou a correr riscos quando o youtuber passou a se manifestar politicamente. Afinal, em um país dividido, se há quem aprove os comentários do influenciador, há, certamente, quem também os despreze, motivo pelo qual Felipe passou a enfrentar uma chuva de críticas e boicotes por parte de pais que proibiram seus filhos de consumir qualquer conteúdo produzido pelos irmãos Neto.

Impacto das polêmicas nos negócios

Na mesma entrevista à AFP, o influenciador falou sobre o impacto do boicote nos seus negócios. “Financeiramente (o impacto), foi altíssimo. Neste exato momento, eu não tenho um único contrato sequer de patrocínio de longo prazo. As empresas se afastaram, as que tinham contrato acabaram não renovando, mesmo com meus números batendo todos os recordes de engajamento e retorno para as marcas. Foram milhões de reais em contratos perdidos. Além disso, tem também o custo de liberdade, pois tenho que ter um fortíssimo esquema de segurança para lidar com as ameaças. Além do medo pelos meus familiares. Contudo, não me arrependo de nada, pois eu durmo tranquilo todas as noites, sabendo que estou dando tudo de mim no combate ao fascismo”, disse.

O youtuber, no entanto, não pensa em baixar o tom das críticas ao governo e especialmente a Bolsonaro, a quem o youtuber considera “o pior presidente do mundo”. “O bolsonarismo consegue ser ruim em basicamente tudo. A economia do país vai de mal a pior (…), nossa política internacional é inexistente, viramos piada no mundo inteiro, a inflação está assustadora. O Brasil está afundando”.

Se o youtuber vai ganhar essa disputa contra o presidente e seus milhões de seguidores e eleitores, é difícil saber.

Mas uma coisa é certa: entre honrarias e polêmicas, Felipe Neto segue acumulando likes e haters e, com isso, fazendo com que seu nome fique ainda mais conhecido no Brasil. Não importa se você tenha 5 ou 50 anos. Você vai continuar ouvindo falar em Felipe Neto. Para o bem ou para o mal.

*Colaborou Junior Meirelles.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Acusado pela morte de Rachel Genofre deve ir a júri popular

Por CBN

 Sexta-Feira, 13/11/2020, 17h03

Acusado pela morte de Rachel Genofre deve ir a júri popular

Foto: Acervo Pessoal

A Justiça determinou que o acusado pela morte de Rachel Genofre vá a Júri Popular por tentativa de estupro, atentado violento ao pudor e homicídio triplamente qualificado por meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e crime para assegurar a impunidade. A data ainda não foi definida. A decisão é da Juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri da Região Metropolitana da Comarca, publicada nesta quinta-feira (12).


A menina foi encontrada morta dentro de uma mala na rodoferroviária de Curitiba, em novembro de 2008. No início deste mês o caso completou 12 anos.


A sentença ainda determina que, Carlos Eduardo dos Santos, de 52 anos, identificado como sendo o autor do assassinato, que está preso na Casa de Custódia de Curitiba, deva ser transferido para a Penitenciária de Sorocaba, em São Paulo, onde já cumpria pena por crimes como estupro de vulnerável e estelionato.

 

Carlos Eduardo dos Santos foi identificado em setembro do ano passado após o cruzamento do material genético encontrado na vítima com o dele, após a inclusão em um banco nacional de materiais genéticos.

 

Ao ser interrogado pela Polícia Civil, o homem confessou ser o assassino de Rachel Genofre.

 

Durante as investigações, os policiais civis descobriram que Carlos cometeu, pelo menos, outros seis crimes de estupro contra crianças de 4 a 14 anos de idade, mas a única criança que ele matou, foi Genofre.

 



Repórter Grasiani Jacomini

https://cbncuritiba.com/acusado-pela-morte-de-rachel-genofre-deve-ir-a-juri-popular/

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