sábado, 30 de abril de 2022

Coronel do Exército diz sentir nojo de Bolsonaro

 “Sinto melancolia em ver boa parte dos oficiais de minha geração e ex-comandantes participando de um governo chefiado por uma pessoa política e intelectualmente despreparada”, afirmou Marcelo Pimentel Jorge de Souza, militar da reserva


Escrito en POLÍTICA el 

Marcelo Pimentel Jorge de Souza, coronel da reserva do Exército, postou, em sua página no Facebook, um texto contundente contra o presidente brasileiro. O militar afirma sentir nojo de Jair Bolsonaro e vergonha por ter se formado na mesma Academia Militar que ele.

Um governo chefiado por uma pessoa política e intelectualmente despreparada”


O coronel diz, ainda, que Bolsonaro e seus ministros militares desmoralizam as Forças Armadas. “Sinto melancolia em ver boa parte dos oficiais de minha geração e ex-comandantes participando de um governo chefiado por uma pessoa política e intelectualmente despreparada”.

Leia a íntegra do texto:

Como oficial da reserva do Exército e de acordo c/o direito que me é assegurado pela Lei 7.524/86, declaro ter/sentir:

– NOJO da pessoa que preside meu país;

– DESPREZO por quem participa de seu governo;

– REPÚDIO por quem ainda hoje o apoia;

– ASCO em escutar sua voz ou a pronúncia de seu nome;

– VERGONHA de que tenha um dia passado pela mesma Academia Militar que me formou oficial do EXÉRCITO BRASILEIRO;

– CONTRARIEDADE com quem, minimamente informado, votou nessa pessoa pra ser PRESIDENTE DO BRASIL;

– MELANCOLIA em ver boa parte dos oficiais de minha geração e ex-comandantes participando de um governo chefiado por uma pessoa política e intelectualmente despreparada, inepta e incompetente, além de desumana e extremamente grosseira e mal-educada;

– DESESPERANÇA em perceber que grande parte dos oficiais e praças das novas gerações está seguindo o MAU exemplo de alguns chefes e ex-chefes insensatos, ambiciosos, tolos ou idênticos ao capitão manobrado por generais;

– MEDO que o Exército, por intermédio da maioria de seus integrantes, seja transformado numa instituição à imagem e semelhança de seu atual ‘comandante supremo’, que continua sendo tratado como ‘MITO’ nos quartéis em que comparece, SEMPRE acompanhado por generais-ministros políticos que COMANDAVAM, CHEFIAVAM e GUIAVAM as forças armadas brasileiras… até outro dia; e

– DESCONFIANÇA de que alguns generais que se apresentam hoje como ‘dissidentes do governo’ e críticos (exclusivos) ao presidente, mesmo sendo, antes das eleições, as pessoas que mais o conheciam na face da Terra exceto a própria família (dele), sejam apenas aproveitadores de nova ocasião para manutenção do ‘PARTIDO MILITAR’ no centro do poder e do cenário político nacional, agravando o processo de POLITIZAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS e seu reverso – MILITARIZAÇÃO DA POLÍTICA e da SOCIEDADE -, ambos nocivos para as Forças Armadas (DEFESA) e o BRASIL (ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO)…hoje, amanhã e SEMPRE.

(a) Marcelo Pimentel J. de Souza, cel R-1 EB.

Observações:

1) indico posto hierárquico na manifestação de meu pensamento político (coronel), em contrariedade ao estabelecido na Lei 6.880/80 (Estatuto dos Militares), Art 28, inciso XVIII (determina q o oficial da reserva se abstenha de usar seu posto qdo ocupar cargo público ou ‘discutir política’ publicamente), SIMPLES e EXCLUSIVAMENTE para demonstrar o poder do ‘MAU EXEMPLO’ de inúmeros generais (veja o perfil pessoal de rede social do gen villas boas ou heleno, pra citar apenas dois) que descumprem os preceitos ÉTICOS (é disso que trata o Art 28 do Estatuto dos Militares) mais elementares, traduzido num raciocínio bem simples: “SE UM GENERAL FAZ, QUALQUER OUTRO MILITAR PODE FAZER TAMBÉM” – eu fiz tão somente para mostrar a impropriedade dessa conduta;

2) é o mesmo que dizer… ‘SE UM GENERAL DA ATIVA FAZ POLÍTICA’ (é/era o que fazem/faziam – os generais Pazuello, Ramos, Braga Netto, Rego Barros, respectivamente ministros da saúde, secretaria de governo, casa civil e ‘porta-voz’) ‘QUALQUER MILITAR, DE CORONEL A SOLDADO, PODE FAZER TAMBÉM’;

3) o marechal Osório, comandante da força terrestre na Guerra da Tríplice Aliança, já dizia: “É FÁCIL A MISSÃO DE COMANDAR HOMENS LIVRES; BASTA MOSTRAR-LHES O CAMINHO DO DEVER”;

4) o dever do militar das forças armadas NÃO é governar (independentemente de sua visão político-ideológica, e é livre para tê-la) nem, muito menos, tutelar o poder político civil;

5) lugar de militares e de forças armadas é no ‘fundo do palco’, não protagonizando as lutas políticas normais e legítimas de uma sociedade;

6) pra ajudar a resolver ‘polarizações’ não se deve aderir a um dos polos, muito menos estimular, apoiar ou criar um;

7) ISENÇÃO funcional, NEUTRALIDADE política, IMPARCIALIDADE ideológica, APARTIDARISMO absoluto, PROFISSIONALISMO estrito e CONSTITUCIONALIDADE são os ‘ingredientes’ da argamassa que sustenta o MURO que deve (deveria) separar forças armadas da política. Quem é ou foi chefe e comandante, que ‘PRECEDE, GUIA e LIDERA’ seus subordinados, DEVERIA ser o primeiro a PRATICAR esses 6 princípios, posto que o ‘EXEMPLO ARRASTA’ – ‘ARRASTA’ para a trilha do DEVER profissional ou para as profundezas do ABISMO institucional.

8) eu e muitos oficiais de minha geração formada na AMAN/1987 ajudamos a reerguer aquele MURO nos 30 anos que se seguiram à Constituição que fundou o Estado Democrático de Direito. Ajudamos a reconstruir a IMAGEM POSITIVA de credibilidade, confiança e respeito da sociedade em seu Exército, após 21 anos de autoritarismo inaugurados e protagonizados por chefes militares que se formaram no ‘Estado de Indisciplina Crônico’ dos quartéis nos anos 1920-60 e que, percebendo ou não, transformaram-se em generais ‘DITADORES’ nos anos 1960-70;

9) falo porque é necessário reparar, URGENTEMENTE, as muitas avarias no ‘MURO’, antes que desmorone por completo e tenhamos risco de retroceder institucionalmente àquele ‘Estado de Indisciplina Crônico’ anos pré-64 ou, por outro lado, que se transformem as forças armadas num monolito político-ideológico de sustentação a desvarios autoritários como no período 1964-68-77-85. Como dizia o General Peri Bevilacqua, Ministro do STM cassado pelo AI-5: ‘QUANDO A POLÍTICA ENTRA NO QUARTEL POR UMA PORTA, A DISCIPLINA SAI PELA OUTRA’);

10) falo porque tive (e tenho) a ‘melhor profissão do mundo’ – a de oficial do Exército Brasileiro e, por isso, tenho consciência plena que aquele MURO só será reparado se contar com a participação mutuamente cooperativa das chefias militares das forças armadas e das lideranças políticas da sociedade civil.

Como fazer isso? É resposta ao mesmo tempo SIMPLES e COMPLEXA. Apresentarei somente a parte SIMPLES e IMEDIATA:

– a saída, mais breve possível, de todos (TODOS) os militares da ATIVA que exercem cargos de natureza política e/ou que não tenham claríssima relação com as atividades essencialmente militares (o que inclui atividades administrativas);

– a saída gradual de todos (ou quase todos) militares da RESERVA dos cargos para os quais foram nomeados no governo, estatais, autarquias, fundações, fundos de pensões, embaixadas, tribunais etc., nas mesmas condições dos da ativa; e

– o mais SIMPLES de tudo –> Basta os GENERAIS darem o EXEMPLO. Dar EXEMPLO é fazer primeiro ou junto!

A HISTÓRIA grita aos nossos ouvidos!

Ouçamo-la!




                                                                      



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Comitê da ONU afirma que prisão de Lula e proibição de disputar eleições em 2018 foram atos “arbitrários”


O Comitê da ONU já havia considerado que a atuação do ex-juiz Sergio Moro e dos procuradores da Operação Lava Jato nos processos contra o ex-presidente foram parciais | Foto: Reprodução

Postado em: 28-04-2022 às 12h12
Por: Ícaro Gonçalves

Por 16 votos a 2, o Comitê de Direitos Humanos da ONU decidiu que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve seus direitos políticos violados em 2018 e que sua proibição de concorrer às eleições naquele ano foram “arbitrárias”. Na decisão publicada nesta quinta-feira (28/4), o órgão pede ainda que o Brasil garanta medidas para que outras arbitrariedades não sejam cometidas em outros procedimentos contra Lula.

O comitê é encarregado de supervisionar o cumprimento do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, assinado e ratificado pelo Brasil. “O Comitê também considerou que tais violações processuais tornaram arbitrária a proibição a Lula de concorrer à presidência e, portanto, em violação de seus direitos políticos, incluindo seu direito de apresentar candidatura a eleições para cargos públicos”, disse a entidade em comunicado.

Conforme informações do Uol, o órgão da ONU já havia considerado que a atuação do ex-juiz Sergio Moro e dos procuradores da Operação Lava Jato nos processos contra o ex-presidente foram parciais.

“A investigação e o processo penal contra o ex-presidente Lula da Silva violaram seu direito a ser julgado por um tribunal imparcial, seu direito à privacidade e seus direitos políticos, concluiu o Comitê de Direitos Humanos da ONU”, diz.

“Embora os Estados tenham o dever de investigar e processar os atos de corrupção e manter a população informada, especialmente em relação a um ex-chefe de Estado, tais ações devem ser conduzidas de forma justa e respeitar as garantias do devido processo legal”, disse o membro do Comitê, Arif Bulkan.

“Durante as investigações, o ex-juiz Moro aprovou um pedido de procuradores para interceptar os telefones de Lula, de seus familiares e advogados. Ele também divulgou o conteúdo das gravações antes de instaurar formalmente as acusações. O juiz também emitiu um mandado de condução coercitiva para levar Lula a prestar depoimento. O mandado foi vazado à imprensa e, na sequência, fotografias de Lula foram tiradas pela mídia como se ele estivesse preso”, disse.

Em coletiva de imprensa feita nesta quinta-feira (28/4), os advogados de Lula, Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins, reforçaram a defesa que o ex-presidente não teve um julgamento imparcial. “Foi julgado por um juiz parcial, Sergio Moro. E mais, o Presidente Lula foi privado indevidamente de participar das eleições de 2018”, afirmaram os advogados.


Moraes: "Estamos chegando aos financiadores" das fake news

 Moraes nega intenção de arquivar inquérito e diz que apuração está perto de descobrir quem banca a divulgação de notícias falsas

Luana Patriolino
Vinicius Doria
postado em 30/04/2022 06:00
(crédito: STF/Divulgação)
(crédito: STF/Divulgação)

Um dos mais sensíveis pontos de atrito entre o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), o inquérito das fake news seguirá independentemente das pressões políticas para que seja finalizado. O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, disse, ontem, que as investigações estão perto de revelar quem são os financiadores da produção e dos disparos em massa de notícias falsas. "Liberdade de expressão não é liberdade de agressão", declarou Moraes, em palestra a um grupo de estudantes de uma faculdade paulista.

"A desinformação é tanta que, às vezes, a imprensa tradicional repete fake news. Hoje (ontem), saiu uma notícia que o Supremo quer arquivar o inquérito das fake news. Isso é uma fake news", frisou. "Não vai arquivar porque nós estamos chegando aos financiadores. A investigação tem seu momento público e o momento sigiloso, que, na maioria das vezes, é mais importante, em que vai costurando as atividades ilícitas que a Polícia Federal está investigando em relação a isso."

O inquérito das fake news foi aberto em março de 2019, por decisão do então presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, para investigar notícias fraudulentas, ofensas e ameaças a ministros do STF. O processo avançou para a apuração sobre a disseminação de mentiras a respeito da segurança das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi incluído na ação como investigado, assim como um dos filhos dele, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), entre outros políticos. A apuração levará em conta os ataques, sem provas, feitos pelo chefe do Executivo às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral do país.

Segundo Moraes, o combate à desinformação é o maior desafio do Judiciário nas eleições deste ano. "A verdade é que (em 2018) ninguém esperava isso, ninguém estava preparado. Como disse, o maior erro é subestimar e ficar repetindo 'só falam para as bolhas', 'ah, quem tem cabeça olha, sabe que a notícia é falsa'. Não é verdade, é tudo direcionado por algoritmos", argumentou.

Para evitar uma crise institucional, um grupo de senadores passou a semana articulando uma espécie de proteção política do Supremo diante dos ataques que partem do Planalto. Entre terça e quarta-feira, Renan Calheiros (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-PA), Marcelo Castro (MDB-PI) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) conversaram com praticamente todos os ministros do STF, incluindo o presidente da Corte, Luiz Fux. Depois, o grupo se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A ideia do grupo, segundo apurou o Correio, é criar uma "barreira de contenção política" para que o debate se dê no palco apropriado. "O STF não pode ficar na linha de frente desse bate-boca, o embate político se faz na arena política, que é o Congresso", comentou uma fonte que acompanhou os senadores nesses encontros.

As últimas declarações de Pacheco defendendo a lisura do processo eleitoral foram vistas como uma boa sinalização dessa estratégia. A mesma leitura está sendo feita em relação à postura do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), diante da indicação do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) para integrar cinco comissões da Casa, incluindo a poderosa Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Lira fez chegar a ministros do STF a informação de que Silveira não integrará as comissões. O deputado foi condenado à prisão pelo Supremo, mas recebeu indulto de Bolsonaro.

O inquérito das fake news, comandado por Alexandre de Moraes, ainda é um empecilho a esse esforço político. Parlamentares de várias legendas defendem a tese de que esse processo não deve se prolongar indefinidamente.

"A atuação do Supremo merece reparos, o inquérito das fake news se arrasta por mais de dois anos, muito além dos limites tradicionais do direito brasileiro. O Supremo tem que caminhar para o encerramento do inquérito", disse ao Correio o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), que chegou a apresentar um pedido de impeachment do ministro Moraes, em 2019, quando da instauração do processo. Posteriormente, o próprio Supremo considerou a investigação constitucional.

Vieira defende que o Senado seja a "Casa da ponderação", que cumpra a função de "pacificar esse cenário por meio da construção de acordos políticos e legislativos".

"Se eu discordo do Supremo, que permitiu a instauração do inquérito que, na minha visão, é absolutamente arbitrário, o que cabe é mudar a Constituição em um processo legislativo", destacou.

Funcionários de empresas aéreas estão revoltados com tiro de ex-ministro

 O incidente ocorreu no guichê de check in da Latam. Ribeiro caiu do Ministério da Educação depois de denúncias de corrupção na pasta

O pastor violou regras básicas de segurança para quem porta armas(foto: EVARISTO SA / AFP)
O clima é de comoção no Aeroporto de Brasília com o tiro disparado acidentalmente, na segunda-feira (25/04), pela arma do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. O pastor violou regras básicas de segurança para quem porta armas e pôs em risco a vida de centenas de pessoas que transitavam pelo saguão principal. polícia
O desmuniciamento (retirada da munição da arma) deveria ter sido feito em uma sala específica da Polícia Federal, preparada para essa finalidade. Segundo testemunhas, para não se submeter ao procedimento legal, Ribeiro tentou retirar a munição em pleno saguão. “Se fosse outra pessoa, teria sido presa imediatamente”, lamentou um aeroviário.

https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2022/04/26/interna_politica,1362553/funcionarios-de-empresas-aereas-estao-revoltados-com-tiro-de-ex-ministro.shtml                                                                   


O Bom Para Todos desta quinta-feira conta com a participação do jornalista Miguel Stédile comentando as notícias do dia.
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