Prossegue greve dos trabalhadores em educação
23 de Abr de 2010 - 09h30min
Os trabalhadores em educação de Minas Gerais permanecem em greve, iniciada em 8 de abril último em todo o Estado. A decisão foi definida em assembléia da categoria, ocorrida nessa quarta-feira, 21 de abril, Dia da Inconfidência Mineira, em São João del-Rei.
A principal reivindicação dos servidores é a implementação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) de R$1.312,00 (valor atual). A direção do Sindicato explica que o reajuste salarial de 10% anunciado pelo ex-governador Aécio Neves não atende os profissionais da educação. Afirma que, ao contrário do que foi divulgado pelo governador, atualmente temos um teto salarial e não piso salarial, ou seja, o valor de R$935,00 corresponde ao total da remuneração. Minas Gerais tem o 8º pior salário do país.
As atividades realizadas pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) acontecerem durante todo o dia. Pela manhã, no Teatro Municipal, teve reunião do Conselho Geral. Em seguida, uma comissão se reuniu com o Ministro da Educação, Fernando Haddad, na Universidade Federal de São João del-Rei. Na oportunidade, a coordenadora geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, denunciou que no estado o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) ainda não foi implementado. O Ministro se mostrou surpreso e lembrou que, em outros estados, o Piso já é realidade, a exemplo de Tocantis e Pernambuco.
Após a reunião, houve assembléia da categoria na Praça da Avenida Tancredo Neve. Participaram cerca de 10 mil trabalhadores/as de todas as regiões do estado e decidiram pela manutenção da greve. A próxima assembleia está marcada para o dia 29 de abril, em Belo Horizonte, seguida de manifestação. O local ainda será definido.
Outras atividades em prol do Piso Nacional foram discutidas, a exemplo do Dia D, no próximo dia 27. A data será marcada também por atividades em várias cidades pólos, distribuídas por todo o estado, coordenadas pelo Sind-UTE/MG.
Logo após a assembleia, houve ato público para celebrar o Dia da Inconfidência Mineira, no mesmo local. A coordenadora geral do Sind-UTE/MG afirmou que a data representa um marco para aqueles que querem justiça e liberdade. “O dia 21 de abril foi marcado por manifestações em São João del-Rei para denunciar que em Minas não se respira liberdade. Além da nossa luta pelo Piso, nossa maior bandeira, realizamos uma cerimônia simbólica para citar os vilões da escola e de toda a sociedade: o alto custo do vale-transporte e da cesta básica, entre outros. Por outro lado, entregamos a Medalha do Grito da Liberdade a pessoas ligadas à educação, que lutam no dia-a-dia pela qualidade do ensino público e pela valorização profissional.” Ela foi enfática ao afirmar: “sabemos que Minas Gerais é rico e por isso temos a convicção que falta vontade política para implementar o Piso Salarial Profissional Nacional no estado”, concluiu Beatriz Cerqueira.
Decisão pela continuidade da greve foi tomada em S.J.del Rei
http://www.radioteofilotoni.com.br/
RECONSTITUIÇÃO DO CRIME DE ALAN CARVALHO- (CARA FINA)
Leandro Brito Publicado em 21 de abr de 2010
DEFENSORES COLHEM DEPOIMENTOS NO PRESÍDIO DE TEÓFILO OTONI PARA APURAR DENÚNCIAS DE ESPANCAMENTO
Publicado por DPMG
DEFENSORES COLHEM DEPOIMENTOS NO PRESÍDIO DE TEÓFILO OTONI PARA APURAR DENÚNCIAS DE ESPANCAMENTO
Lá fora: A história das cotas raciais nos EUA
COTAS
Por Adriano Lesme
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No Brasil, uma das maiores polêmicas quando se fala em
segregação racial são as políticas de ações afirmativas que os governos colocam
em prática, a fim de suavizar os problemas que têm raízes muito mais
aprofundadas na cultura do país.
Não muito diferente do que ocorre em território brasileiro,
a discussão sobre cotas sociais e, principalmente raciais, são recorrentes
naquele que é conhecido como potência econômica e símbolo de desenvolvimento,
os Estados Unidos.
A história das ações afirmativas teve seu início nos EUA,
durante a época das lutas pelos direitos civis, em meados da década de 1960,
como forma de promover a igualdade social entre os negros e brancos
norte-americanos.
A partir de então, o presidente John Kennedy passou a
validar ações que tinham como objetivo auxiliar as pessoas pobres e diminuir a
desigualdade entre classes.
O que poucas pessoas sabem, é que os sistemas adotados pelo
governo dos EUA beneficiaram à classe média negra, ao invés de todas as classes
mais baixas da população do país.
De acordo com Jessé de Souza, o crescimento da classe média
negra entre 1970 e 1980 não interferiu na redução da porcentagem de famílias
negras pobres, que, atualmente oscila entre 30% da população negra do país.
Esse percentual de crescimento dos Estados Unidos explica-se
por meio da pesquisa que o economista americano Thomas Sowell conduziu pela
Universidade Stanford. De acordo com o estudo, é incorreto atribuir às ações
afirmativas, o progresso dos grupos beneficiados, já que esses, cresceram no período
anterior à implantação das mesmas.
No início, o que se pretendia com estas políticas, era
diminuir a discriminação social, advinda da diferença de pigmentação da pele e
dos combates entre o norte e sul do país. Mas, o que ficou evidente, foi a insuficiência
de tais ações para incluir toda a população negra.
A liderança do movimento de direitos civis tinha em mente,
propor reformas econômicas, além da execução de leis antidiscriminativas. Mas,
o declínio da economia na década de 1970, não permitiu que estas ideias fossem
colocadas em prática.
Hoje, os sistemas de cotas raciais que eram adotadas
principalmente em escolas nos EUA, foram abolidos. Em junho de 2007, a Suprema
Corte dos Estados Unidos decidiu que a raça de uma criança não seria mais requisito
preponderante para determinar onde ela deveria estudar.
Por Juliana Marton
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