terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Criança de 3 anos morre em hospital

E família suspeita de erro médico...

Menino estava internado há 3 dias com dores na barriga.
Corpo passou por necropsia e laudo deve sair em até 60 dias.

Diego Souza Do G1 Vales de Minas Gerais

Gabriel tinha três anos e era o caçula de
três irmãos (Foto: Arquivo Pessoal)

Um menino de três anos morreu na tarde desta quarta-feira (05), no Hospital Municipal de Governador Valadares, no Leste de Minas Gerais. A família da criança acredita em erro médico e disse que ele estava internado há três dias, com dores na barriga.
De acordo com a mãe, a doméstica Pâmela Luiza Ferreira Barbosa, Gabriel Henrique Barbosa Amaro morreu cerca de dez minutos depois de ser encaminhado para a sala de cirurgia.
"Na manhã de quarta-feira ele estava bem, falando comigo, dizia que queria ir embora, mas depois que deram um medicamento para ele, a barriga inchou e ele começou a se coçar. Aí o médico resolveu que iria operá-lo. Eu levei ele para o bloco cirúrgico e fui comprar uma água, quando voltei, cerca de dez minutos depois, o médico disse que não iria mais fazer a operação porque o quadro do meu filho havia piorado e que ele tinha morrido”, conta a mãe do menino.

Pâmela Barbosa, mãe da criança acredita em
erro médico (Foto: Diego Souza/G1)

Pâmela afirma que o filho já havia sido operado pelo mesmo médico quando ainda tinha três meses de idade por obstrução intestinal, mas que segundo o médico desta vez o problema não tinha nada a ver com o caso.
“No domingo (02) ele participou de uma festinha de aniversário e a noite se queixou de dores na barriga. Na madrugada de segunda-feira (03) levamos ele para o hospital onde ele foi internado. Foram feitos exames e o médico disse que não havia sido diagnosticado nada e que não seria necessário fazer cirurgia, depois resolveu operá-lo”, diz Pâmela.
Na declaração de óbito emitida pelo Hospital Municipal a causa da morte de Gabriel seria uma septicemia, também chamada de choque séptico, uma infecção generalizada por todo o corpo causada por bactérias que infectam o sangue.
Investigação

O médico legista do IML, Elsias Nascentes pede
cautela na apuração do caso (Foto: Diego Souza/G1)

A família de Gabriel acredita que tenha ocorrido um erro médico e pede uma investigação do caso. Segundo a mãe da criança ele teria sido sedado antes da cirurgia e essa sedação pode ter levado o menino a um coma rápido e posteriormente à morte.
Pâmela garante que o filho estava falando normalmente quando ela o levou para a sala de cirurgia e que dez minutos depois ele estava morto.
Na tarde desta quinta-feira (06), o corpo do menino passou por uma necropsia que apontará se houve erro médico ou não.
“Após a necropsia é colhido material que posteriormente será enviado para a realização de exames complementares. Dentro de 30 a 60 dias recebermos o resultado para assim poderemos concluir o laudo pericial. É preciso apurar esse caso adequadamente e com muita cautela”, declara o médico legista do Instituo Médico Legal (IML) de Governador Valadares, Elsias Nascentes Coelho Neto.
Nota

No fim da tarde desta quinta-feira o Hospital Municipal
divulgou nota sobre o ocorrido (Foto: Diego Souza/G1)

Em nota emitida no fim da tarde desta quinta-feira, o Hospital Municipal de Valadares informa que o paciente Gabriel Henrique Barbosa foi prontamente atendido pelo pediatra e por um cirurgião pediátrico.
“Fez exames pertinentes ao caso, como de sangue, raio x e ultra som, foi acompanhado adequadamente, evoluiu com sepse e choque séptico, vindo a falecer no dia 5. A direção do Hospital entende o difícil luto dos familiares, mas, pela análise do caso, os profissionais agiram corretamente, baseados em normas técnicas e científicas”. Assinam a nota os médicos Paulo César Marques, siretor clínico do Hospital Municipal e César Tassis, diretor técnico.
Gabriel era o mais novo dos três filhos de Pâmela Barbosa que está no quinto mês de gestação.
O delegado Cleriston Lopes Amorim confirmou que a Polícia Civil vai investigar o caso e que o inquérito policial será instaurado nesta sexta-feira (7), na 5ª Delegacia Regional de Polícia de Governador Valadares.
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