Onze pessoas foram presas no final da tarde de terça-feira(29) em Almenara, no Vale do Jequitonhonha, após confronto entre membros do Movimento Sem Terra (MST), comunidade dos Quilombolas Marobá dos Teixeira, proprietários das Fazendas Marobá e Singapura.
Com os suspeitos foram apreendidos dois revólveres e sete armas brancas, entre facas e facões. Segundo relatos, os proprietários da fazenda estariam contratando pessoas armadas para tomara posse da fazenda.
A Polícia Militar recebeu as denúncias e atuou preventivamente, evitando a formação dos grupos e o agravamento dos conflitos.
Desde 2004, 30 famílias do MST estão acampadas na Fazenda Marobá, que tem área de 3 mil hectares e está localizada a 33 km de Almenara.
O INCRA tem interesse na área para fins de reforma agrária e assentamento de 60 famílias. O Instituto de Terras de Minas Gerais (ITER-MG) também tem interesses na área, além da Fundação Cultural Palmares, que reconheceu em 2009 a existência de uma comunidade quilombola que vive na localidade há mais de 100 anos.
O gado foi solto na rodovia que liga Almenara à Bandeira/MG. Um boletim policial foi registrado contra o fazendeiro, acusado de expor pessoas à perigo com animais em via pública. O gado foi recolhido e apenas dois animais desapareceram.
Segundo os membros do MST , do Acampamento 16 de Abril , e ocupantes da Comunidade dos Quilombolas, um dos vaqueiros da fazenda efetuou vários tiros intimidando os ocupantes durante a retirada do gado.
Os proprietários da Fazenda afirmam que foi tentada uma negociação com os ocupantes que se recusaram a vender ou a retirar o gado das terras.
A partir das denúncias, a Polícia Militar desencadeou operação com o intuito de prevenir atuação de grupos armados.
O delegado de Almenara, Felipe Uti abriu inquérito para apurar o caso. Apenas uma pessoa permenece presa.Ela vai responder processo por posse ilegal de armas
Fonte: Gazeta de Araçuai
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