Se o agricultor não controlar com agilidade e tecnologia as doenças, a produtividade da safra pode ficar comprometida
Por Equipe FieldView™
Até o momento, mais de 40 doenças foram identificadas nas lavouras do país, causando perdas de produtividade de 10% a 20% por safra. Para controlar essas ameaças, o produtor tem que agir com rapidez e usar estratégias de manejo integradas. Para tomar medidas mais eficientes de controle, uma boa dica é utilizar a agricultura digital
Explorar o máximo potencial produtivo da soja é o sonho de todo o produtor. Mas nem sempre isso é possível! Fungos, bactérias, nematoides e vírus podem atingir a lavoura, causando doenças que provocam sérios prejuízos à produtividade.
Segundo Cláudia Vieira Godoy, fitopatologista e pesquisadora da Embrapa Soja, doenças podem atingir todas as fases do ciclo da planta e têm condições de acarretar perdas de produtividade que variam de 10% a 20%, embora esse comprometimento possa chegar a 100% da produção, quando não há o manejo adequado.
“Aproximadamente 40 doenças na oleaginosa já foram identificadas no Brasil. A importância econômica de cada uma varia de ano para ano e de região para região, dependendo principalmente das condições climáticas da safra”, afirma.
Neste post, vamos abordar as 9 principais doenças da soja no país, destacando seus danos e métodos de controle. Confira!
Como identificar doenças da soja na lavoura?
As doenças são um dos principais limitantes para que a cultura obtenha altos rendimentos. Passaram a ter maior importância no país nos últimos anos, com o aumento da área semeada, a ampla janela de semeadura, a expansão da cultura para novas regiões e a entrada de novos patógenos.
Esse contexto tem exigido um nível cada vez maior de conhecimento técnico e acompanhamento da lavoura, além do desenvolvimento tecnológico e de novos métodos de manejo.
Cláudia observa que o aumento dos atuais patamares de produtividade da cultura é um desafio, uma vez que os problemas fitossanitários tendem a aumentar com o cultivo intensivo que é praticado no Brasil.
O primeiro passo para realizar um adequado programa de controle de doenças em soja é a correta identificação do problema existente na área. Isso é primordial porque cada enfermidade possui uma característica específica. Além disso, a detecção precoce pode ser decisiva para a realização de medidas de manejo eficientes.
Mas isso não é tarefa simples! “Devido à grande quantidade de doenças existentes no País, e os ataques que cada uma delas faz à planta, é difícil observar a olho nu a sua incidência na lavoura”, diz o pesquisador da Embrapa Soja, Ademir Assis Henning.
O produtor precisa estar atento a áreas que possam estar sofrendo com a ação de alguma enfermidade. Por isso, precisa ir a campo periodicamente a fim de fazer o monitoramento. E se encontrar, ao visitar a lavoura, características diferentes às de uma planta saudável, como folhas manchadas, murchas ou caídas, vagens pintadas com pontos negros, hastes com manchas ou necrosadas e partes do talhão com problema de desenvolvimento, é preciso ligar o sinal de alerta.
É necessário identificar a doença presente e tomar medidas assertivas de manejo e controle, a fim de minimizar as consequências do patógeno. Para executar essa tarefa, é crucial ter conhecimento das diferentes características das enfermidades prevalentes em soja, especialmente daquelas com histórico de incidência na área, além de consultar engenheiro agrônomo especializado no problema.
Para contribuir com o produtor, vamos conhecer a seguir algumas das principais doenças em soja no país, trazendo informações do “Manual de Identificação de Doenças de Soja”, da Embrapa, e do portal Agro Bayer.
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Ferrugem-asiática em soja (Phakopsora pachyrizi)
Na lista das principais doenças de soja, a ferrugem-asiática ocupa a primeira posição. Foi registrada no Brasil, pela primeira vez, em 2001, espalhando-se rapidamente pelas regiões produtoras. Por ser, hoje, a enfermidade com maior potencial de dano à cultura no país, vamos nos ater um pouco mais às suas características.
“Causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, seu principal dano é a desfolha precoce, o que impede a completa formação dos grãos, com consequente redução da produtividade”, relata Cláudia.
CONDIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO
Segundo ela, o fungo se dissemina pelo vento e pode incidir em qualquer estádio da cultura. Porém, é mais comum após o fechamento da folhagem, em razão do acúmulo de umidade e da menor incidência de radiação solar nas folhas baixas, por onde a doença tende a começar.
O processo de infecção depende da disponibilidade de água livre na superfície da folha, sendo necessárias, no mínimo, seis horas, com um máximo de infecção ocorrendo com 10 a 12 horas de molhamento foliar. Temperaturas entre 18 °C e 26,5 °C são favoráveis. Epidemias da doença são favorecidas por chuvas bem distribuídas ao longo da safra.
SINTOMAS
A ferrugem-asiática se inicia pelo terço inferior da planta. Os sintomas aparecem como minúsculas pontuações – no máximo 1 mm de diâmetro – mais escuras que o tecido sadio da folha, com coloração de esverdeada a cinza-esverdeada.
A confirmação é feita pela constatação, no verso da folha, de saliências semelhantes a pequenas feridas ou bolhas (são as estruturas de reprodução do fungo – urédias).
Com o passar do tempo, as folhas infectadas tornam-se amarelas, ficam secas e caem. Quanto mais cedo ocorrer a desfolha, menor será o tamanho dos grãos e, consequentemente, maior a perda do rendimento e da qualidade (grão verde).
Folhas infectadas pelo fungo da ferrugem-asiática tornam-se amarelas, ficam secas e caem
Podridão radicular de fitóftora (Phytophthora sojae)
Desde a safra 2005/06, quando mortes generalizadas de plantas de soja foram observadas no Brasil, o combate à podridão radicular por fitóftora registrou progressos importantes. Empresas de melhoramento de soja têm pesquisado cultivares tolerantes a essa doença e desenvolvido testes para caracterizar suas linhagens.
CONDIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO
O patógeno desenvolve estruturas de resistência, que permanecem viáveis em restos de cultura e no solo por muitos anos. Em estádios mais avançados, os sintomas variam com o nível de resistência/tolerância da cultivar.
As condições climáticas ideais para ocorrência de falhas na emergência e do tombamento em plântulas são temperaturas em torno de 25 °C e elevada umidade no solo durante a semeadura e a emergência. Solos compactados e semeadura direta também aumentam a intensidade da podridão.
SINTOMAS
Podem ser observados desde a pré-emergência até a fase adulta, sendo que plantas mais jovens têm maior suscetibilidade e morrem rapidamente. Em pré-emergência, pode ocorrer apodrecimento de sementes ou flacidez e escurecimento na radícula e nos cotilédones. Sementes infectadas germinam lentamente e, quase sempre, as plântulas morrem na emergência.
As folhas ficam amareladas, e a planta murcha, seca e morre, permanecendo as folhas presas à planta, voltadas para baixo. Promove a destruição quase completa de raízes secundárias e o apodrecimento da raiz principal, que adquire coloração marrom-escura. Plantas infectadas podem aparecer isoladas entre plantas sadias, geralmente onde há acúmulo de umidade no solo.
Planta com podridão-radicular (Foto: Embrapa)
Antracnose (Colletotrichum truncatum)
Um dos principais problemas da soja no Cerrado é a antracnose. Essa doença afeta a fase inicial de formação de vagens, podendo causar sua queda ou mesmo a deterioração das sementes. Pode acarretar a perda total da produção, mas, com maior frequência, causa redução do número de vagens.
CONDIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO
A alta umidade e a temperatura, características da região Centro-Oeste do país, criam condições para o surgimento da doença. O uso de sementes infectadas e deficiências nutricionais, principalmente de potássio, contribuem para a sua ocorrência. Sementes oriundas de lavouras que sofreram atraso de colheita, por causa de chuvas, podem apresentar índices mais elevados de infecção.
SINTOMAS
Pode causar morte de plântulas e manchas negras nas nervuras das folhas, hastes e vagens. Pode haver queda total das vagens ou deterioração das sementes quando há atraso na colheita. As vagens infectadas nos estádios R3-R4 adquirem coloração castanho-escura a negra e ficam retorcidas.
Nas vagens em granação, as lesões iniciam-se por estrias e evoluem para manchas negras. As partes infectadas, geralmente, apresentam várias pontuações negras, que são as frutificações do fungo.
Vagens atingidas pela antracnose (Fotos: J. Yonirori/ Embrapa)
Mancha-alvo (Corynespora cassicola)
Doença com incidência cada vez maior nas lavouras é a mancha-alvo. Isto ocorre, segundo Cláudia, em razão do aumento da semeadura de cultivares suscetíveis e da baixa eficiência dos fungicidas mais comumente utilizados na cultura. Áreas de soja nos estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Maranhão e Piauí têm sido as mais severamente atacadas, onde tem provocado perdas entre 15% e 25%.
CONDIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO
O fungo é encontrado em praticamente todas as regiões de cultivo de soja do Brasil. Aparentemente, infecta um grande número de plantas nativas e cultivadas. Pode sobreviver em restos de cultura e semente infectada. Umidade é favorável à infecção na folha.
SINTOMAS
Causada por um fungo, essa enfermidade apresenta, como sintomas mais comuns, manchas circulares de coloração castanha e com pontuação no centro, semelhante a um alvo. “Daí o nome da doença”, evidencia Cláudia.
As lesões atingem até 2 cm de diâmetro. Cultivares suscetíveis podem sofrer severa desfolha. Também surgem manchas pardo-avermelhadas na haste e nas vagens, e raízes podem ser infectadas.
Os primeiros sintomas são comumente observados após o fechamento do dossel da soja e da formação de microclima favorável. No entanto, dependendo da cultivar e das condições de clima, podem ocorrer ainda no período vegetativo.
Mancha-alvo tem provocado perdas entre 15% e 25% da lavoura (Foto: Agro Bayer)
Mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum)
Também conhecida como podridão-de-esclerotinia, essa doença tem grande importância econômica no Brasil, com perdas estimadas na soja em mais de 30%.
CONDIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO
De acordo com Cláudia, ocorre, principalmente, em regiões com altitude superior a 700 m, uma vez que o fungo é dependente de temperaturas amenas e alta umidade para se desenvolver.
Uma das principais formas de introdução do patógeno na área é por meio de sementes contaminadas. Após introduzido o fungo na área, a erradicação se torna mais difícil. Por isso, medidas de prevenção são importantes.
Esse patógeno pode sobreviver no solo por muitos anos na forma de escleródios. Quando há condições favoráveis, germinam e produzem esporos de infecção. É considerado um dos patógenos mais importantes do mundo, ocorrendo em todas regiões produtoras, sejam temperadas, subtropicais ou tropicais.
SINTOMAS
Ao longo do ciclo da lavoura, pode atacar toda a planta, incluindo hastes, ramos, flores e raízes. Causa podridão da região atacada, normalmente em hastes e ramos, amarelando, murchando e secando as folhas. Pode, inclusive, ocasionar a morte da planta.
Os sintomas iniciais do ataque do fungo são lesões encharcadas onde afeta. Produz, sob as áreas atacadas, uma massa de micélio branco, de aspecto cotonoso, característica marcante da doença.
O período crítico para infecção inicia com a floração. Dessa forma, anterior às primeiras flores, é importante o monitoramento para definição do momento de aplicação de fungicidas, os quais devem ser aplicados preventivamente.
Mofo-branco (Fotos: Agro Bayer/Elevagro)
Oídio (Microsphaera diffusa)
É uma das doenças mais comuns na soja. Ocorre em regiões com maior altitude e temperatura mais amena. Causada por um fungo que tem fácil dispersão pelo vento, a enfermidade ataca a parte aérea da planta.
CONDIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO
A infecção pode ocorrer em qualquer estádio de desenvolvimento da planta. Porém, é mais comum no início da floração. Condições de baixa umidade relativa do ar e temperaturas amenas (18 °C a 24 °C) são favoráveis ao desenvolvimento do fungo.
SINTOMAS
Apresenta uma fina cobertura esbranquiçada. Nas folhas, com o passar do tempo, a coloração branca do fungo muda para castanho-acinzentada e, em condições de infecção severa, pode causar o secamento e a queda prematura das folhas.
Inicialmente, o oídio causa uma fina cobertura esbranquiçada sobre a folha (Foto: Agro Bayer)
Podridão-de-carvão (Macrophomina phaseolina)
Causada pelo fungo Macrophomina phaseolina, é a doença radicular mais comumente encontrada nas áreas cultivadas com soja. Pode ocorrer após o florescimento em condições de estresse hídrico, sendo mais importante em anos com veranicos prolongados e temperaturas elevadas.
CONDIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO
Nas lavouras onde o preparo do solo não é adequado, com formação de camada compactada, as plantas desenvolvem sistema radicular superficial, não suportando deficiência hídrica e tornando-se mais vulneráveis ao ataque do fungo.
SINTOMAS
O principal sintoma na lavoura são plantas com folhas inicialmente descoradas, que secam e tornam-se marrons. Quando as plantas são retiradas do solo, é possível observar que as raízes ficam cinza. Já a epiderme fica destacada, mostrando massa de microescleródios negros.
A infecção das raízes pode ocorrer desde o início da germinação, já que o fungo é um habitante natural dos solos. Lesões no colo da planta são de coloração marrom-avermelhada e superficiais.
Podridão-de-carvão (Foto: Elevagro)
Crestamento foliar de cercospora (Cercospora kikuchii)
No final de ciclo, quando ocorre a maturação das plantas, há uma maior incidência do crestamento foliar de cercospora. Essa enfermidade faz parte de um complexo chamado de doenças de final de ciclo (DFCs), que podem antecipar a desfolha da lavoura, causando redução de produtividade.
CONDIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO
O fungo está disseminado por todas as regiões produtoras de soja do país. Porém, é mais severo nas que são mais quentes e chuvosas. É o fungo mais frequentemente encontrado em lotes de sementes, embora não afete a germinação. Pode ser introduzido na lavoura por meio de semente infectada, se não for tratada com fungicida. Pode sobreviver em restos culturais. A doença é favorecida por temperaturas entre 23 °C e 27 °C e alta umidade.
SINTOMAS
O fungo ataca todas as partes da planta. Nas folhas, os sintomas são caracterizados por pontuações escuras (castanho-avermelhadas) e bordas difusas, as quais formam grandes manchas escuras que resultam crestamento (queimadura superficial) e desfolha prematura.
Nas vagens, aparecem pontuações vermelhas que evoluem para manchas castanho-avermelhadas. Por meio da vagem, o fungo atinge a semente e causa uma mancha púrpura no tegumento. Nas hastes, provoca manchas vermelhas, geralmente superficiais. Quando a infecção ocorre em nós, o fungo pode penetrar na haste e causar necrose de coloração avermelhada.
Crestamento foliar de cercospora (Crédito: C Godoy; M Meyer; A Henning/ Embrapa)
Mancha-parda ou septoriose (Septoria glycines)
É uma mancha foliar causada por um fungo que reside em restos de cultura. A planta pode apresentar os primeiros sinais em seu ciclo inicial, mas apresenta maior incidência na fase de maturação das plantas, associada ao crestamento foliar de cercospora. Essa enfermidade faz parte do complexo de doenças de final de ciclo (CFCs).
CONDIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO
A infecção e o desenvolvimento da doença são favorecidos por condições quentes e úmidas. A dispersão dos esporos ocorre pela ação da água e do vento. O fungo necessita de um período mínimo de molhamento de 6 horas e temperaturas entre 15 °C e 30 °C para desenvolver sintomas.
SINTOMAS
Aparecem cerca de duas semanas após a emergência, como pequenas pontuações ou manchas de contornos angulares, castanho-avermelhadas, nas folhas unifolioladas. Em situações favoráveis, a doença pode atingir os primeiros trifólios e causar severa desfolha. Nas folhas, surgem pontuações pardas, menores que 1 mm de diâmetro, as quais evoluem e formam manchas com halos amarelados e centro de contorno angular, de coloração castanha em ambas as faces, medindo até 4 mm de diâmetro. Em infecções severas, causa desfolha e maturação precoce.
Mancha-parda (Fotos: M Meyer; R Soares; J Yorinori/ Embrapa)
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Quais são as boas práticas de manejo para doenças em soja
Para controlar as enfermidades incidentes na cultura da soja e, ao mesmo tempo, realizar um sistema produtivo sustentável, o agricultor pode adotar um modelo integrado, conhecido como Manejo Integrado de Doenças (MID). Consiste num conjunto de estratégias que evitam ou controlam doenças na lavoura, conciliando métodos que levam em consideração o custo de produção e o impacto sobre o ambiente.
Dentre as ações propostas pelo MID, estão:
- Rotação e sucessão de culturas;
- Adubação baseada em análises químicas;
- Semeadura com população adequada;
- Utilização de cultivares resistentes;
- Plantio de sementes certificadas e sadias;
- Atenção à época de plantio, ao controle cultural e ao vazio sanitário;
- Uso do controle biológico e controle químico, quando recomendado;
- Adequar a nutrição das plantas;
- Fazer bom uso dos fungicidas no que diz respeito a: posicionamento, doses, intervalos de aplicação e misturas;
- Fazer uso de fungicidas de reforço para aumentar o controle e reduzir risco de resistência;
- Melhoria das condições físico-químicas do solo;
- Em solos compactados, fazer escarificação para facilitar a penetração das raízes, o que pode fazer diferença contra doenças radiculares;
- Limpeza de maquinários para evitar presença do patógeno;
- Adequada cobertura do solo com restos de cultura;
- Controle de plantas daninhas hospedeiras;
- Contra alguns patógenos, pode ser importante aumentar o espaçamento de entrelinhas, plantar cultivares eretas e com menor área foliar;
- Adequação da densidade populacional da área;
- Melhorar condições de drenagem do solo.
É importante utilizar fungicidas antes ou no início do estabelecimento do patógeno, visando maior eficácia de controle. Além disso, é necessário rotacionar mecanismos de ação e ingredientes ativos.
Segundo Cláudia, todas as estratégias de controle devem ser utilizadas conjuntamente, desde o planejamento da lavoura, e sempre levando em conta as principais doenças presentes na região.
De qualquer forma, todas as medidas de manejo e controle adotadas na lavoura devem estar em sintonia com as características de cada enfermidade.
A agricultura digital pode ajudar no controle de doenças em soja
O controle eficiente das doenças em soja é um desafio permanente. Crucial para o aumento dos atuais patamares de produtividade da cultura, segundo Cláudia. Ela destaca outra questão preocupante: a perda de ferramentas químicas em razão da seleção de inimigos resistentes.
“Os fungos que incidem na cultura vêm sendo selecionados para resistência aos principais fungicidas sítio-específicos utilizados. Considerando a ferrugem-asiática, que é a doença que tem o maior potencial de dano para a cultura, a redução de eficiência de controle tem um impacto direto na produtividade”, alerta a pesquisadora.
O produtor não pode dar nenhuma brecha às doenças por conta dos riscos que oferecem à lavoura. Precisa monitorar periodicamente e com detalhes os talhões. Uma boa pedida é utilizar as ferramentas da agricultura digital, como as funcionalidades da plataforma Climate FieldView™, da Bayer.
Ao analisar os mapas e imagens do Diagnóstico FieldView™, por exemplo, o produtor tem condições de detectar pontos da lavoura com problemas de desenvolvimento, o que pode ser um indicativo de áreas com presença de patógenos.
Com o apoio das funcionalidades da agricultura digital, é possível acompanhar de perto todas as fases da soja, fornecendo dados precisos e com agilidade, ajudando o agricultor a tomar medidas assertivas, sempre que necessário. Para o controle e manejo de doenças, esse suporte pode ser decisivo.
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