quinta-feira, 7 de março de 2024

CNJ adia julgamento da juíza Gabriela Hardt


Luis Felipe Salomão e Luis Roberto Barroso, em sessão do CNJ.

 Esmael Morais 5 de março de 2024 - 20:06  No Comments  

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sob a presidência do ministro Luís Roberto Barroso, enfrentou obstáculos na análise da reclamação disciplinar contra a juíza Gabriela Hardt, substituta do ex-juiz Sergio Moro na Operação Lava Jato.

Na pauta desta terça-feira (5/3), estavam previstos 12 itens relacionados a questões disciplinares envolvendo magistrados, sendo o caso da juíza Gabriela Hardt o destaque da sessão.

A Reclamação Disciplinar em questão, identificada como 0001799-44.2019.2.00.0000, tem como relator o conselheiro Luis Felipe Salomão.

Os requerentes, notavelmente parlamentares do PT como Gleisi Hoffmann, Paulo Pimenta, Humberto Costa e Paulo Teixeira, apresentaram a demanda contra Gabriela Hardt.

O processo aborda a apuração de infração disciplinar relacionada a magistrados do TRF da 4ª Região, focando na homologação do Acordo de Assunção de Compromisso pelo Ministério Público Federal em casos envolvendo a Petrobrás.

Em 2019, a então juíza substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba, Gabriela Hardt, assinou e homologou a criação de um fundo de R$ 2,5 bilhões com recursos da Petrobras, administrado pelos procuradores da extinta Operação Lava Jato.

Os parlamentares petistas acusaram a magistrada de infração disciplinar, alegando atuação fora de sua competência.

O Blog do Esmael buscou a opinião de juristas sobre o caso Gabriela Hardt. Segundo eles, a não apreciação do processo da juíza indica uma possível mudança de cenário, sugerindo que “o clima esquentou” e apontando para uma possível condenação.

Até o momento, o presidente do CNJ não definiu a pauta da próxima sessão, deixando em aberto os desdobramentos deste caso que ecoa no cenário político e judicial brasileiro.

O adiamento do julgamento da juíza Gabriela Hardt pelo CNJ destaca a complexidade e a sensibilidade do caso, refletindo uma movimentação intensa nos bastidores da justiça brasileira.

A análise da Reclamação Disciplinar, apresentada por membros do PT, ressalta a importância de se observar rigorosamente os limites de atuação dos magistrados, especialmente em questões envolvendo a Petrobras e a Operação Lava Jato.

O desfecho desse processo permanece incerto, gerando expectativas e debates dentro e fora do meio jurídico.

A não apreciação imediata sugere uma possível mudança de dinâmica no cenário político, conforme apontado por juristas consultados pelo Blog do Esmael.

A decisão do CNJ será aguardada com atenção, pois pode influenciar não apenas o destino da juíza Gabriela Hardt, mas também ecoar nas discussões sobre a atuação do judiciário em casos de grande relevância nacional.


https://www.esmaelmorais.com.br/cnj-adia-julgamento-da-juiza-gabriela-hardt/

                                                                                  


Polícia conclui que Jéssica Canedo criou e divulgou montagem de conversa com Whindersson Nunes

 Caso ganhou repercussão nas redes sociais após o perfil Choquei divulgar os prints das conversas. A jovem de Araguari tinha depressão e se matou. O humorista lamentou a morte e pediu lei sobre postagens fakes.

Por Gabriel Reis, Michele Ferreira, g1 Triângulo e TV Integração — Araguari

00:00/05:07

Jéssica Canedo criou e divulgou montagem de conversa com Whindersson Nunes, diz polícia

Jéssica Canedo criou e divulgou montagem de conversa com Whindersson Nunes, diz polícia

  

A Polícia Civil apresentou nesta quarta-feira (6) a conclusão do inquérito que investigava as circunstâncias da morte de Jéssica Canedo, estudante de 22 anos de Araguari, no Triângulo Mineiro, no dia 22 de dezembro do ano passado.

 

As investigações apontaram que a própria Jéssica criou e divulgou conteúdos do suposto relacionamento com o humorista Whindersson Nunes. Antes de tirar a vida, Jéssica publicou uma mensagem em sua conta no Instagram revelando que estava sofrendo ataques na internet.


"Durante as investigações foi apurado e concluído que todas as fofocas veiculadas pelas páginas foram criadas e divulgadas pela própria jovem. Ela fez toda a montagem e divulgou para as páginas de notícias sobre o seu relacionamento com o humorista", disse o delegado Felipe Oliveira Monteiro.

  • O delegado informou que Jéssica tinha depressão e estava em tratamento, como a família já havia afirmado.

Ao todo, Jéssica criou três perfis falsos. Nas conversas com as páginas, a jovem se passava por outras pessoas e dizia ter um "furo". Em seguida, ela enviava prints de uma suposta conversa entre ela e Whindersson.

Jéssica Canedo — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Jéssica Canedo — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Durante as investigações, as páginas de fofoca apresentaram conversas que tiveram com a própria Jéssica. Em uma delas, a jovem confirmou o envolvimento com o humorista, dizendo que realmente havia conversado com ele, contudo, o conteúdo divulgado estava sendo distorcido.

Já em outra troca de mensagem com uma das páginas, Jéssica nega o envolvimento com Whindersson Nunes.

Dias antes de morrer, Jéssica publicou uma mensagem em sua conta no Instagram revelando que estava sofrendo ataques na internet. Ela pediu a exclusão dos posts contendo os prints falsos que estariam indicando um relacionamento entre a mineira e o humorista.

Na época, ambos negaram a autenticidade das mensagens, alegando serem fake news, e afirmaram que não se conheciam.

Cronologia do caso Jéssica divulgado pela Polícia Civil — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Cronologia do caso Jéssica divulgado pela Polícia Civil — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Indiciamento de jovem de RJ

As informações sobre o inquérito foram divulgadas nesta quarta-feira pela Polícia Civil  — Foto: Michele Ferreira/Tv Integração

As informações sobre o inquérito foram divulgadas nesta quarta-feira pela Polícia Civil — Foto: Michele Ferreira/Tv Integração

Segundo a polícia, uma jovem de 18 anos, que vive na cidade do Rio das Ostras (RJ), está sendo indiciada por incentivar o suicídio de Jéssica.

A responsável pelo comentário responderá em liberdade pelo crime de incentivo ao suicídio e, se condenada, pode ter de 2 a 6 anos de reclusão. O nome da jovem não foi divulgado pela Polícia Civil.

Páginas de fofoca

As páginas de fofoca que divulgaram a suposta relação da menina com Whindersson Nunes, como a Choquei, não serão indiciadas. Segundo o delegado, disseminar fake news ainda não é um crime no Brasil.

Elas só serão investigadas por atentarem contra a honra, caso a família de Jéssica demonstre interesse, o que não aconteceu até o momento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário