De Joaquim Barbosa

O presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa não é unanimidade entre os partidos políticos para uma eventual candidatura nas próximas eleições. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, 16 das 32 legendas do Brasil dizem que não filiariam Barbosa para a disputa do Planalto em 2014. Oito siglas afirmam que precisariam discutir bastante o assunto antes da decisão e apenas sete, todas elas nanicas, dizem que abririam as portas para ele. Entre os partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o único a não responder ao levantamento foi o PT.
Caso o ministro resolva entrar para alguma legenda, ele poderá fazer isso até o dia 5 de abril do ano que vem. Em outubro, durante um evento no Rio, Barbosa afirmou que não pensa em se candidatar agora, mas deixou as portas abertas. Com a incerteza de Barbosa, o nome do ministro vinha deixando os cenários da disputa presidencial nas pesquisas dos últimos meses. No sábado, porém, o Datafolha divulgou um novo levantamento que testa o desempenho de Barbosa diante dos eleitores.  No cenário, Barbosa aparece em 2º lugar, com 15%, ficando atrás da presidente Dilma, com 44%.
Segundo a assessoria de imprensa do presidente do Supremo, ele não foi procurado oficialmente por nenhum partido até agora. Em algumas de suas declarações, Barbosa fez duras críticas ao atual quadro político brasileiro e já demonstrou ser um defensor de candidaturas avulsas, em que não é necessária filiação, algo proibido no Brasil.
Partidos diretamente envolvidos no escândalo do mensalão são mais enfáticos em rejeitar Barbosa, segundo o jornal. "No PR não. Deus me livre", diz o presidente da sigla, senador Alfredo Nascimento (AM). "No PP, não", diz o presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI). A sigla também tem condenados no mensalão.
Para Benito Gama (BA), presidente interino do PTB, partido também envolvido, as siglas precisam fugir das filiações "oportunistas" que envolvem gente famosa: "Não queremos isso". "O PT não faz comentários sobre esse assunto", diz o presidente da sigla, Rui Falcão. O partido é o maior crítico de como Barbosa conduziu o julgamento e a prisão de sua antiga cúpula.
Mesmo a oposição ao governo avalia não haver espaços para Barbosa. Presidente do PSDB, Aécio Neves afirmou que ele contribui mais para o País no STF. "O ministro cumpre um papel como presidente do STF que honra os brasileiros. Nosso respeito pelo ministro é tão grande que nem sequer aventamos essa hipótese."
Terra