Polícia recupera, em BH, carga roubada avaliada em R$ 300 mil
Smart TVs, notebooks, celulares e videogames, além de outros eletrodomésticos, estavam em uma van que vinha de Conselheiro Lafaiete, na região central de MG.
Carga avaliada em R$ 300 mil vinha de Conselheiro Lafaeite — Foto: Divulgação / Polícia Militar
Militares do 22° Batalhão de Belo Horizonte recuperaram carga roubada avaliada em R$ 300 mil. A polícia recebeu denúncia que uma van estaria envolvida em um roubo no município de Conselheiro Lafaiete, que estaria se deslocando rumo à capital. O veículo foi interceptado, na madrugada desta quarta-feira (20), e os ocupantes tentaram fugir, correndo por lotes próximos ao local.
Os quatro homens foram presos e conduzidos à Central de Flagrantes 3, no Barreiro. A Polícia Civil vai investigar o caso.
Televisores também foram apreendidos dentro da van — Foto: Reprodução / TV Globo
Vários celulares estavam na carga, roubada por quatro homens — Foto: Divulgação / Polícia Militar
Van onde estava a carga roubada: saiu de Conselheiro Lafaiete — Foto: Divulgação / Polícia Militar
Polícia recupera, em BH, carga roubada avaliada em R$ 300 mil | Minas Gerais | G1
Alvo de CPI, site de fake news com 903
anunciantes perde apoio com campanha
Aiuri Rebello
O "Jornal da Cidade Online", alvo da campanha na rede social, contou com 903 anunciantes em pouco mais de um ano por meio da plataforma de mídia programática do Google, revela relatório publicitário obtido pelo UOL.
O serviço de mídia programática proporciona aos anunciantes
a compra de espaços publicitários de acordo com dados de públicos-alvo. As
páginas e sites que recebem os anúncios automáticos são pagos por visualizações
e cliques na propaganda exibida.
O serviço é oferecido por plataformas como Facebook e
Google, dono do Adsense. Com a ajuda de filtros de público-alvo, as empresas ou
suas agências podem evitar que seus anúncios sejam veiculados em determinadas
páginas, entre outras restrições.
Estas empresas fizeram juntas 1.987 anúncios diferentes no
site no mesmo período. O maior anunciante foi o Banco do Brasil, com 28 peças
publicitárias diferentes veiculadas na página.
O banco público está entre as empresas que anunciaram a retirada de anúncios da página, mas houve reação no governo federal e na família do presidente Jair Bolsonaro (leia mais abaixo).
Os anúncios de cancelamento da publicidade digital aconteceram após uma campanha feita pela nova conta no Twitter contra o site viralizar e ganhar o apoio de famosos, como o apresentador Luciano Huck e o youtuber Felipe Neto. Além do site, as empresas retiram sua publicidade do canal mantido pelo Jornal da Cidade no YouTube e outras plataformas.
Jornal da Cidade no YouTube e outras plataformas.
Antes de ser alvo da campanha online, um requerimento assinado pelo senador Jean Paulo Prates e pela deputada federal Natália Bonavides, ambos do PT-RN, já pedia que o Google seja obrigado a fornecer todos os dados como valores, anunciantes e outros detalhes da operação de publicidade do site. O pedido ainda não foi votado na CPMI.
O "Jornal da Cidade Online" já foi condenado e é
alvo de ações na Justiça por publicação de notícias falsas ou distorcidas e
ataques a pessoas (leia mais abaixo). Procurados pela reportagem, por meio de
e-mail, os responsáveis pelo site não responderam até a publicação desta
reportagem.
Movimento nasceu nos EUA
O movimento "Sleeping Giants" nasceu nos EUA em
2016, criado por um publicitário chamado Matt Rivitz. De acordo com declarações
na imprensa norte-americana, ele não se conforma com o fato de que, com as
plataformas automatizadas de anúncio, muitas vezes os anunciantes não sabiam
que estavam financiando estes conteúdos.
Seu nome tornou-se conhecido apenas após ser exposto por um
dos sites dos quais conseguiu minar a renda publicitária.
O movimento no Brasil, criado por pessoas anônimas até o
momento, conta com o aval da "matriz" note-americana, conforme mostra
a postagem abaixo, feita pela conta verificada do "Sleeping Giants"
dos EUA.
"Visamos impedir que sites preconceituosos ou de fake news monetizem através da publicidade", diz a descrição da conta no Twitter. "Muitas empresas não sabem que isso acontece, é hora de informá-las."
Apesar disso, não explicou se vai focar sua campanha apenas
em sites de fake news de direita e extrema-direita ou vai estender a iniciativa
para endereços que adotam a mesma prática, só que em oposição ao governo
Bolsonaro, como já cobram algum apoiadores dele na internet.
"O movimento vai sempre manter o foco em um site por
tempo determinado, até realmente desmonetiza-lo - pois de início ao retirar um
anúncio o adsense apenas vai substituí-lo por outro", diz em uma postagem,
sobre a iniciativa de até agora concentrar a campanha no "Jornal da Cidade
Online".
CPMI das Fake News investiga site
O site escolhido pelo "Sleeping Giants Brasil"
para ser alvo da campanha já estava na mira da CPMI das Fake News do Congresso
desde pelo menos o início do ano.
Integrantes que participam das investigações da comissão
acreditam que o "Jornal da Cidade Online" e seu dono, o jornalista e
advogado José Pinheiro Tolentino Filho, fazem parte de uma espécie de milícia
digital montada para apoiar o presidente e seu governo e espalhar fake news e
ataques a adversários.
"Como resultado do processo investigativo, verificamos
indícios da prática de condutas ilegais do sr. José Pinheiro Tolentino Filho
por meio de seu projeto de comunicação Jornal da Cidade Online. Razão pela qual
se faz necessário o aprofundamento das investigações sobre a prática desse
agende, bem como identificação de possíveis cumplices e coautores de atos ora
investigados", afirma o requerimento apresentado na CPMI que ainda não foi
aprovado.
"Testemunhas e colaboradores que prestaram depoimento
na CPMI citaram o Jornal da Cidade Online como autor das práticas aqui
investigadas", afirma o documento.
Condenações e processos
Na Justiça, o Jornal da Cidade Online e seu dono são alvo de
processos e condenações pela publicação de notícias distorcidas e falsas, com
ataques a desembargadores do Rio de Janeiro, em 2018.
Dois magistrados processaram o site, e as indenizações por
danos morais foram fixadas em R$ 150 mil e R$ 120 mil.
Mais recentemente, no início de maio, o presidente da OAB
(Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, ganhou uma ação por danos
morais contra o site com indenização no valor de outros R$ 150 mil, também por
conta da publicação de uma notícia falsa.
Bolsonaristas reagem
Nas redes sociais, apoiadores do presidente Bolsonaro
reagiram à campanha contra o "Jornal da Cidade Online", e chegaram a
incluir uma hashtag contra uma das primeiras marcas que deixou de apoiar o
site, a Dell, nos principais tópicos do Twitter na quarta-feira (20).
Em resposta a uma reclamação de um blogueiro bolsonarista sobre o cancelamento do patrocínio do Banco do Brasil ao site, também nas redes sociais, o secretário de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten, afirmou que estudava um jeito de contornar o cancelamento da verba publicitária do Bando do Brasil injetada no site.
Questionado pelo UOL, por meio da assessoria de imprensa, o Planalto não explicou o que o secretário iria fazer sobre o assunto.
"O Jornal da Cidade Online faz um trabalho seríssimo.
As máscaras estão caindo. A censura ideológica usa vários disfarces, e os mais
comuns hoje são as agências de checagem e o jornalismo dito progressista",
afirmou.
Sangria não para
Ao longo desta quinta, diversos anunciantes publicaram em
suas redes sociais que retiraram seus anúncios da programação do site. A
reportagem contou pelo menos 20 grandes marcas, conhecidas do grande público
que anunciaram o cancelamento do patrocínio.
Todas as marcas e empresas citadas foram procuradas pela
reportagem.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Dell afirma que
"reforça que não tem qualquer orientação ideológica e/ou partidária.
Prezamos pela pluralidade de ideias, pela diversidade e pela liberdade de
imprensa."
"Utilizamos tecnologias de segmentação e veiculamos
campanhas por intermédio da compra indireta do inventário de mídia de grandes
parceiros de tecnologia", afirma o Telecine, também por meio de nota da
assessoria de imprensa. "As restrições que incluímos diminuem
drasticamente a probabilidade de termos nossas ações veiculadas em sites
voltados a disseminação de fake news, difamação e linguagem grosseira,
conteúdos sensacionalistas e chocantes, propagação de mensagens de ódio.
Paralelamente, nossos times estão sempre atentos para atuar de forma imediata,
caso seja identificada a veiculação em canais pontuais em desacordo com as
nossas diretrizes."
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