Pedrista invade igreja para cobrar dívida de mais de R$2 milhões de um padre em Teófilo Otoni
11-07-2017, 12:06h
O pedrista João Pedro Simões e o padre Joel Ferreira da Silva foram conduzidos à Delegacia de Polícia de Teófilo Otoni na tarde da última quinta-feira (06)
Padre JOEL FERREIRA DA SILVA (foto: SM Vídeo / Arquivo)
O comerciante João Pedro Simões teria invadido as instalações da sede da Paróquia de Fátima, em Teófilo Otoni, da qual o Padre Joel Ferreira da Silva é vigário geral, cobrando uma dívida do sacerdote no valor de R$ 2 milhões referente à compra de pedras preciosas e garimpo, bem como explicações sobre um documento falsificado que revertia a dívida para o pedrista.
Segundo a Polícia, ao chegar ao local, João Pedro teria chutado a porta da catedral e quebrado uma imagem de gesso de Nossa Senhora de Fátima. Os dois foram levados para a Delegacia.
De acordo com João Pedro, há mais de um ano vem cobrando a dívida do sacerdote, que se nega a pagar, repassando a ele documentos falsos de terrenos. “Não fiz ameaça nenhuma ao padre Joel; eu fui lá para cobrar uma dívida que ele tem comigo de mais de dois milhões de reais e um documento falso, porque ele falsificou minha letra e aí eu fiquei como devedor”, alegou João Pedro.
O Padre Joel negou as acusações e disse que seu comportamento é de vigília e oração. “Eu nunca comprei nada. Se eu tivesse dois milhões de reais na mão agora! A minha atitude é de vigília e oração porque é Deus que nos fortalece. Agora é melhor a justiça falar sobre isso”, disse o pároco.
(fonte: Rádio Teófilo Otoni online)
Pedrista invade igreja para cobrar dívida de mais de R$2 milhões de um padre em Teófilo Otoni – Minas Repórter
Direitos Humanos recebe denúncia de tortura e maus tratos a detentos do presídio de Caratinga
De acordo com a Secretaria, foi instalado inquérito policial para apuração dos fatos e caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público
CARATINGA- A Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac) recebeu denúncias de tortura e maus tratos a detentos do presídio de Caratinga. A informação foi confirmada pelo órgão ao DIÁRIO DE CARATINGA na última quarta-feira (5).
A Secretaria ainda destacou que fez os “devidos encaminhamentos” para a Delegacia de Polícia de Caratinga, a Ouvidoria do Sistema Prisional e o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos e Apoio Comunitário (CAO-DH), do Ministério Público de Minas Gerais, para que “sejam tomadas as providências necessárias”.
Em resposta ao encaminhamento, a Secretaria recebeu a informação que “foi instaurado inquérito policial para apuração dos fatos e que o caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público”.
A DENÚNCIA
O DIÁRIO teve acesso a denúncia de maus tratos a um dos detentos, que veio acompanhada ainda de comprovantes de atendimento para realização de raio-x no Centro de Assistência à Saúde (Casu), por ferimentos graves supostamente provocados pelo Grupo de Intervenção Rápida (GIR) ao detento P.H.S.
Segundo a denúncia, durante uma operação de controle de subversão à ordem dentro do presídio, quando o detento ameaçava colocar fogo em sua cela, o GIR foi acionado. “Tudo normal dentro do dia a dia, se não tivesse ocorrido o excesso onde mais de cinco homens imobilizaram o detento. Depois de algemado e contido no chão dentro da cela, levou um chute em seu braço, levando a fratura”.
O documento ainda cita que o detento foi encaminhado para o hospital, onde foi constatada fratura pelo “excesso acontecido durante a imobilização do preso”. “Não bastando isso, ao retornar para o presídio, o detento foi colocado em uma cela separada, no bloco C, pois juntaram os presos da cela, conhecida como ‘castigo’ e da cela conhecida como ‘triagem’, superlotando uma cela e deixando a outra vazia para receber o detento, na tentativa de abafar o acontecido. A cela se encontrava totalmente vazia sem colchões, roupas e cobertas”.
O denunciante ainda acrescentou que o preso teve que dormir “direto no concreto”. As denúncias ainda se estendem a outros detentos: “Situação também que vem acontecendo e está virando rotina é deixar todos os presos do castigo sem roupas e colchões na cela, principalmente agora com a aproximação do frio, dizendo que os mesmos merecem esse castigo. Isso está configurando tortura”.
Quanto ao caso do detento P.H.S, o denunciante ainda apontou que, para disfarçar o fato ocorrido, teriam sido elaborados vários “comunicados fictícios, desabonando a ação do preso e inventando situações inexistentes”. “Tentando se respaldarem e jogando como se o preso tivesse atacado fisicamente um dos guardas, para justificarem a ação. Os presos que se encontram no castigo cometeram realmente ações que não condizem com as normas internas, mas as sanções a eles já tinham sido aplicadas, não sendo necessário deixá-los em situação humilhante e desumana, principalmente, chegando ao fato de quebrarem o braço de um preso que se encontrava já imobilizado, configurando assim tortura. São direitos dos presos receberem materiais e vestimentas do Estado e o os tiram como castigo. Estão sendo aplicados castigos corporais, sanções coletivas, punição cruel, desumana e torturas a esses presos do bloco C no Presídio de Caratinga”.
A Reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), no entanto, até o fechamento desta edição não houve resposta sobre o assunto.
SITUAÇÃO DO PRESÍDIO DE CARATINGA
De acordo com informações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o presídio de Caratinga tem capacidade projetada para receber 12 detentos do sexo feminino e 202 do sexo masculino, totalizando 214 detentos. No entanto, abriga na lotação atual a 18 mulheres e 423 homens, totalizando 441 detentos, ou seja, mais que o dobro da capacidade.
São 201 presos provisórios (195 homens e seis mulheres) e 164 detentos cumprindo pena em regime fechado, sendo 10 do sexo feminino e 154 do sexo masculino; 70 presos em cumprimento de pena no regime semiaberto (uma do sexo feminino e 69 do sexo masculino) e seis presos em cumprimento de pena no regime aberto (uma pessoa do sexo feminino e cinco do sexo masculino).
Em uma inspeção realizada em maio deste ano no presídio, haviam 32 presos em medida disciplinar, 49 presos em celas de proteção, 13 presos em regime fechado em trabalho interno, três presos em regime semiaberto em trabalho interno, um preso em regime semiaberto em trabalho externo, 20 presos em estudo interno, 69 presos em regime semiaberto aguardando vaga para trabalho externo e seis presos em regime aberto aguardando vaga para trabalho externo.
BOX:
O GRUPO DE INTERVENÇÃO RÁPIDO
De acordo com o Regulamento e Normas de Procedimento do Sistema Prisional de Minas Gerais- ReNP, o GIR integra a equipe de segurança dos presídios e tem como atribuições: ao soar o alarme, ou sendo solicitado, dirigir-se de imediato ao local exato da ocorrência e verificar o tipo de emergência; quando se tratar de motim: a) solicitar ao coordenador de Segurança, se necessário, o apoio da equipe do canil e de outros recursos adicionais; b) conter a ação dos presos de modo a controlar a emergência; d) manter o diretor de Segurança informado das medidas adotadas; e e) controlada a emergência, apoiar os procedimentos de revista nos presos, nas celas e demais locais. Quando se tratar de rebelião, deve isolar a área estabelecendo perímetro de segurança, monitorar a movimentação dos presos até a chegada do COPE (Comando de Operações Especiais) e/ou Policia Militar; atuar, quando autorizado, sob a orientação do COPE e/ou Polícia Militar.
O documento ainda determina que são recursos e equipamentos de uso do GIR: rádio HT, lanterna, tonfa, capacete antitumulto e/ou balístico, – óculos táticos, colete balístico, caneleiras, joelheiras e cotoveleiras; máscara de gás, escudo antitumulto e/ou balístico, arma portátil com bandoleira (arma longa que requer o uso das duas mãos para operar), arma de choque, arma de porte – arma curta que requer o uso apenas de uma mão para operar quando em área externa; algemas, espargidor e granadas, munições químicas e não letais.
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https://www.youtube.com/watch?v=bYMH7kKIM2Y
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Tarobá News Publicado em 13 de jul de 2017
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