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11 de Mai de 2011 - 09h28min | ||
Bombeiros e policiais militares reivindicaram ontem (11), em Belo Horizonte, piso salarial de R$ 4 mil para a categoria. Um ônibus contratado pelo Centro Social dos Cabos e Soldados (CSCS) de T. Otoni levou um grupo de policiais e bombeiros até a capital mineira. No total, 30 ônibus chegaram em BH para os protestos. A classe cobra reajuste salarial como forma de valorização profissional. O piso salarial dos militares do Estado é de R$ 2.041, valor do vencimento pago aos soldados em início de carreira. Outra reivindicação da categoria é a paridade salarial entre servidores da ativa e os inativos. As entidades de classe repudiam o pagamento do bônus de produtividade apenas para os militares da ativa, como propõe o governo. A reclamação comum a todas as lideranças que participarão da reunião é a desvalorização profissional, tendo em vista que Minas Gerais é o Estado com a terceira maior arrecadação do País. O sargento Jonas Brandão, presidente do CSCS destaca que uma negociação com o governo foi realizada no último dia 05 de maio para pedir a melhoria dos salários da PM. “A mobilização está muito grande porque ocorre em todo o Estado de Minas Gerais. Todas as regionais de Cabos e Soldados participarão. Já tivemos negociações na semana anterior com os secretários de Estado de Defesa Social, Lafayette de Andrada, e de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena. Por enquanto, o governo já está aberto a conversa e negociar o impasse, mas não vamos divulgar por enquanto o valor que o governo quer oferecer para os policiais”, completa. Menor do país No ranking das remunerações dos policiais militares do país, Minas Gerais ocupa a 17a posição, quando se considera o salário pago aos soldados. Quando se considera o salário dos oficiais, o Estado sobre para a 12a posição. O piso dos oficiais é de R$ 4,3 mil, pagos a quem tem a graduação de 2o-tenente. Além dos baixos salários e dos riscos inerentes à profissão, tanto bombeiros quanto policiais militares, eles reclamam da sobrecarga de trabalho e das condições de vida precárias. Polícia Civil Já os policiais civis iniciaram na terça-feira (10), uma greve por tempo indeterminado. A categoria reivindica melhores salários e condições de trabalho. A decisão da paralisação aconteceu em assembléia no dia 29 de abril. O agente de polícia Sandemberg Soares (‘Bel’), disse que a paralisação vai contribuir para a que mais uma vez os representantes da categoria tentem negociar uma melhoria de salário e condições de trabalho dos policiais. “Infelizmente, não atenderam as necessidades, as exigências que estamos reivindicando. Temos a falta de recursos, material humano, falta de viatura. Nós estamos com viaturas trabalhando sem a menor condição. Ainda sim, a Polícia Civil vêm desempenhando seu trabalho, os agentes fazendo o possível para atender a população”, conta ele. Funcionamento De acordo com a Polícia Civil, as unidades não vão ser fechadas, mas alguns serviços não vão ser oferecidos à população. Em caso de acidente sem mortos, a Polícia Civil não vai comparecer para realizar a perícia. Exames de corpo de delito, de responsabilidade do Instituto Médico Legal (IML), também não serão realizados. Ainda segundo a polícia, durante a greve, não serão feitas intimações para depoimentos e não serão instaurados inquéritos, com exceção de casos que envolvam réus e flagrantes. Reivindicações Um dos pedidos da categoria é que o pagamento de escrivães e investigadores seja igualado ao dos peritos, cujo salário inicial é de R$ 4.420. Atualmente, eles recebem salário-base de R$ 2.040. A classe reivindica também a equiparação do pagamento dos delegados, que atualmente recebem salário-base de R$ 5.700, com os dos promotores públicos, que têm salário base de R$ 21 mil. A categoria pede, ainda, reajuste para os servidores administrativos, cujo salário-base é de cerca de R$ 540, segundo dados do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado (Sindipol-MG). Concurso A Polícia Civil anunciou na semana passada a abertura de um concurso para aumentar o efetivo de servidores. Mas, segundo o sindicato, este ato não atende às reivindicações da categoria, que apresenta defasagem de cerca de três mil servidores, de acordo com dados do Sindipol-MG. Os policiais pedem, ainda, a construção de um hospital para os servidores e a reformulação da estrutura de trabalho, com mais viaturas e prédios. PM e Bombeiros Os policiais civis aguardam uma assembleia dos policiais militares que devem reforçar os protestos contra o governo do estado. Segundo Antônio Marcos Pereira, a expectativa é que os militares também entrem em greve. Fonte: Diário de Teófilo Otoni |
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quarta-feira, 11 de maio de 2011
Bombeiros e Polícia Militar também ameaçam entrar em greve ...
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