Os gastos da verba indenizatória do senador Aécio Neves no primeiro semestre de 2011 custaram aos cofres públicos R$ 58.285,68.
Deste
total, R$ 56.013,99 foram utilizados para pagar as despesas do seu
escritório político em MG (uma vez que, desde abril deste ano, a Mesa Diretora do Senado só autoriza um escritório político por estado para cada senador).
O
que causa espanto é que, enquanto Aécio Neves pagou com dinheiro
público, em média, R$ 9.335,66 por mês com o aluguel e a manutenção do
seu escritório, o prédio do IPSEMG (edifício de 12 andares e 12 mil
metros quadrados de área construída) localizado na Praça da Liberdade –
uma das regiões mais valorizadas de Belo Horizonte – será alugado pelo
Governo de Minas para um grupo de empresários do setor hoteleiro pela
bagatela de R$ 13.000,00.
O contrato, elaborado enquanto Aécio Neves ainda era governador de MG, foi firmado sob suspeita de fraude na licitação. O consórcio vencedor foi o Hotel Fasano, cujos sócios são Alexandre Accioly e Rogério Fasano, notórios amigos do ex-governador.
Quais as conclusões o cidadão mineiro pode chegar diante destes dados?
1.
Ou o senador Aécio Neves está gastando de forma ineficaz o dinheiro
público, pagando pelo aluguel de seu escritório político um valor acima
do mercado; ou está gastando de forma imprópria, superfaturando o valor
do aluguel.
2. Ou o Governo de
Minas, sob a gestão de Aécio Neves e Antônio Anastasia, não soube
administrar o patrimônio público, realizando um péssimo negócio com o
grupo do Hotel Fasano; ou está cobrando um preço abaixo do valor de
mercado pelo aluguel do prédio do IPSEMG para beneficiar os amigos do
ex-governador.
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