Em Teófilo Otoni.....
Prédio está fechado há 4 anos.
Município e Estado estudam possibilidade de reabrir Hospital São Lucas.
O prédio que fica na região central de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, tem sistema de segurança, mas mesmo assim não inibe a ação dos vândalos. No local, por cerca de 30 anos funcionou o Hospital São Lucas. Ao todo eram 120 leitos com oito de UTI's. Depois do fechamento há quatro anos o prédio chegou a ser leiloado, mas um dos sócios entrou com um pedido de anulação na justiça. Atualmente o local sofre com ações de vândalos. Um dos fundadores do hospital, Wilson Pieres Neves, lamenta a situação.
“Esse hospital é como um filho para mim. Imagine você ver um filho destruído, todo mutilado? É o que eu estou sentindo. Fico nervoso com isso. A gente perde a esperança. Há quatro anos o juiz deu uma liminar dizendo que nada aconteceria, mas eu previa que isso iria acontecer e aconteceu”, diz Neves.
Outra preocupação no local é com relação a um máquina de Raio-X. O equipamento, com potência de 120 mil amperes, tem um custo aproximado de R$ 250 mil. O comando e o transformador foram destruídos. Segundo o técnico Getúlio da Silva Santos, a máquina não possui material radioativo e não oferece risco de contaminação.
“Ela é uma ampola envolvida em uma carcaça blindada e não há risco nenhum. Se a pessoa for desativá-la, o que vai acontecer é derramar um óleo no qual esta ampola está imergida”, afirma o técnico.
A secretaria de saúde do município também enviou uma equipe da vigilância sanitária para analisar os riscos. Diferentemente dos boatos que surgiram recentemente, o secretário de saúde Edimar Oliveira explica que não foi identificado nenhum risco de contaminação e que os donos do hospital já foram notificados.
“Foi constatado que o equipamento não possui material radioativo dentro, mas foi encaminhado ao grupo que adquiriu o hospital para que ele dê a devida destinação final desse equipamento que não está mais em uso", esclarece Oliveira.
Reabertura
Ainda de acordo com o secretário, o município já iniciou o processo de desapropriação do imóvel para tentar reativar o hospital.
“É uma situação que depende de uma providência do Governo do Estado de Minas Gerais. Foi iniciado um processo de desapropriação daquele imóvel por parte do município e também foi firmado um convênio com o governo estadual para a liberação de recursos para pagamento dessa desapropriação. A partir daí, seria iniciado um estudo para ver a viabilidade de abertura ou não daquela unidade hospitalar”, explica o secretário de saúde.
O Governo do Estado ratificou, através de nota, o interesse em reabrir o hospital, mas disse que está em fase de negociação com o município, já que há pendências jurídicas no processo a serem sanadas.
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