Minas ao mar...
por Matheus Mourão
A Princesinha do Vale do Jequitinhonha, ou simplesmente Teófilo Otoni – como é mais conhecida por todos –, tem hoje em sua cultura uma certa falta de incentivo em relação ao entretenimento e ao lazer proporcionados aos seus habitantes, pelo descaso da administração municipal. Entretanto, a cidade possui uma rica história, que mostra como ocorreu odesenvolvimento das Minas Gerais.
Paulo Miguez, cidadão teófilo-otonense, nos contou um pouco mais sobre a cronologia do município: ‘Quando o deputado Teophilo Benedicto Ottoni renunciou seu mandato em 1849, iniciou uma expedição em Minas Gerais, saindo da cidade do Serro, a fim de buscar uma forma de ligar o estado ao mar, encontrou najunção dos Vales do Mucuri, Jequitinhonha e São Mateus uma boa topografia para construir um centro propulsor e distribuidor do progresso no norte de Minas’.
A topografia plana fez com que o deputado construísse na região a cidade de Filadélfia, em homenagem a homônima norte-americana, tendo ocorrida a mudança de nome após a morte do político. Como não conseguiu ligar Minas ao mar, Otoni construiu a primeira estrada de rodagem do Brasil, ligando Minas ao litoral da Bahia e transformando a indústria e economia da região, a colocando como ponto estratégico do comércio local.
Os primeiros habitantes a povoarem a cidade foram imigrantes alemães, trazidos por uma excursão feita por Teófilo a Europa para colonizarem a região, e índios que foram aos poucos sumindo, restando hoje algumas tribos como a dos Maxacalis. Os alemães trouxeram muito progresso ao município, e deixaram a sua marca principalmente na religião, e por isso existem muitas igrejas luteranas pela cidade.
Tchó Tchó, como é apelidada pelos habitantes, cresceu muito desde então e se tornou grande influência para a região do Vale do Mucuri. Contudo, nos últimos tempos, a cidade tem sofrido muito não só com a falta de recursos para a cultura, como para a saúde, educação e saneamento.
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