quarta-feira, 31 de julho de 2019

Sede do América é leiloada por quantia irrisória

A sede do tradicional Clube América, de Teófilo Otôni-MG, foi leiloada ontem (25/07/19) por uma quantia considerada irrisória por observadores ligados ao ramo imobiliário. Apenas R$ 1.200.000,00 foi o lance máximo conseguido pelo imóvel, que, assim, passa do domínio do clube para as mãos do Sr. José Francisco Alcântara.
O leilão é judicial, resultante de dívidas de indenizações trabalhistas da agremiação para com jogadores de futebol.
O presidente do América, Sr. Jonga, declarou que os advogados do clube vão preparar um recurso, e que, dentro do prazo legal de 20 dias, irão apresentá-lo à Justiça, com vistas a reverter a situação, anulando o pregão.
Com relação ao leilão do Estádio “Nassri Mattar”, também de propriedade do América, o pregão não deverá despertar a atenção dos investidores imobiliários, pois uma lei de autoria do presidente da Câmara, vereador Felipe Costa, o considerou como patrimônio histórico. Desta forma, não pode sofrer alterações, como ser loteado e receber construções. (Foto: na internet, livre publicação
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‘Crueldade e falta de empatia’, diz presidente da OAB sobre Bolsonaro

Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, afirmou, por meio de nota que as declarações do presidente Jair Bolsonaro demonstram ‘crueldade e falta de empatia’. O presidente falou sobre o desaparecimento do pai de Santa Cruz, preso pelas forças de segurança do Estado durante a ditadura militar e até hoje desaparecido.
LEIA TAMBÉM: Bolsonaro: ‘Se presidente da OAB quiser saber como o pai dele sumiu, eu conto’


Santa Cruz afirma que, ‘como orgulhoso filho de FERNANDO SANTA CRUZ, quero inicialmente agradecer pelas manifestações de solidariedade que estou recebendo em razão das inqualificáveis declarações do presidente Jair Bolsonaro’. “O mandatário da República deixa patente seu desconhecimento sobre a diferença entre público e privado, demonstrando mais uma vez traços de caráter graves em um governante: a crueldade e a falta de empatia. É de se estranhar tal comportamento em um homem que se diz cristão”.


“Lamentavelmente, temos um presidente que trata a perda de um pai como se fosse assunto corriqueiro – e debocha do assassinato de um jovem aos 26 anos”, diz.

“Meu pai era da juventude católica de Pernambuco, funcionário público, casado, aluno de Direito. Minha avó acaba de falecer, aos 105 anos, sem saber como o filho foi assassinado. Se o presidente sabe, por “vivência”, tanto sobre o presente caso quanto com relação aos de todos os demais “desaparecidos”, nossas famílias querem saber”, afirma Santa Cruz.
O presidente da OAB ainda afirma que a ‘respeito da defesa das prerrogativas da advocacia brasileira, nossa principal missão, asseguro que permaneceremos irredutíveis na garantia do sigilo da comunicação entre advogado e cliente’. “Garantia que é do cidadão, e não do advogado. Vale salientar que, no episódio citado na infeliz coletiva presidencial, apenas o celular de seu representante legal foi protegido. Jamais o do autor, sendo essa mais uma notícia falsa a se somar a tantas”.

“O que realmente incomoda Bolsonaro é a defesa que fazemos da advocacia, dos direitos humanos, do meio ambiente, das minorias e de outros temas da cidadania que ele insiste em atacar. Temas que, aliás, sempre estiveram – e sempre estarão – sob a salvaguarda da Ordem do Advogados do Brasil”, diz.
“Por fim, afirmo que o que une nossas gerações, a minha e a do meu pai, é o compromisso inarredável com a democracia, e por ela estamos prontos aos maiores sacrifícios. Goste ou não o presidente”, conclui.
OAB Nacional
A OAB também se manifestou a respeito, em nota assinada pela Diretoria do Conselho Federal, Colégio de Presidentes e o Conselho Pleno.

“A diretoria, o Conselho Pleno do Conselho Federal da OAB e o Colégio de Presidentes das 27 Seccionais da OAB repudiam as declarações do Senhor Presidente da República e permanecerão se posicionando contra qualquer tipo de retrocesso, na luta pela construção de uma sociedade livre, justa e solidária, e contra a violação das prerrogativas profissionais”, diz a entidade.


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Governo suspende fornecimento de 19 medicamentos | SBT Brasil (16/07/19)

O Ministério da Saúde suspendeu o fornecimento de dezenove medicamentos distribuídos sem custo para a população. A medida poderá afetar trinta milhões de pessoas.

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O programa Farmácia Popular foi criado pelo governo Lula e beneficiou milhões de brasileiros. Agora, sob a gestão de Temer, a população convive com a escassez de remédios.
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Frei Betto: “É uma ilusão e um engano achar que a ditadura foi melhor”

Religioso dominicano vai a Natal e fala sobre participação, ditadura e Bolsonaro

Kennet Anderson

Brasil de Fato | Natal (RN) | 16 de Julho de 2019 às 11:08

Frei Betto no 11° Encontro Nacional de Fé e Política - Concita Alves

Política e fé não são dissociadas. É o que diz o frade dominicano, jornalista e escritor brasileiro Carlos Alberto Libânio Christo, ou Frei Betto. Conhecido por ser um dos religiosos presos políticos durante a ditadura militar, inclusive sendo representado pelo ator Daniel de Oliveira no filme Batismo de Sangue (adaptação da obra literária homônima), ele avalia ser necessário se posicionar politicamente nos dias de hoje, principalmente diante de uma série de ataques aos direitos sociais.

 

Em entrevista ao Brasil de Fato RN, durante o 11° Encontro Nacional de Fé e Política, o religioso também explica que essa omissão política leva a população a apoiar determinadas atitudes que serão prejudiciais a ela. Exemplo disso é a defesa da ditadura militar e da reforma da Previdência, classificada pelo frade como uma “ilusão” e um “engano”.

 

Propagador da Teologia da Libertação, Frei Betto também aponta a necessidade desse segmento religioso dentro da fé cristã, por abordar a “questão social no Brasil e na América Latina” e “lutar contra a opressão e pela libertação da maioria do povo”.

 

Confira os melhores momentos da entrevista:

 

Brasil de Fato: Muito se fala sobre o tabu de que “política e religião não se discutem”, mas o senhor prega justamente o contrário. Então, por que falar sobre isso?

 

Frei Betto: Primeiro que, em nossas vidas, as duas dimensões não se distinguem. Uma pessoa adepta de qualquer religião é também um ser político, ainda que não tenha consciência disso. Não existe ninguém neutro em política. Política todos nós fazemos, ou por participação ou por omissão. E acrescento: quem tem “nojo” de política é governado por quem não tem. E uma pessoa que é política, tem fé em alguma coisa. Mesmo que não seja uma fé explicitamente religiosa.

 

Mas acrescento um fator ainda mais importante. Todos nós cristãos somos discípulos de um prisioneiro político. Jesus foi preso, torturado, interrogado e condenado, por dois poderes políticos, à pena de morte. E por que ele foi tão barbaramente assassinado? Porque dentro do reino de César, Jesus anunciava um outro reino possível: o de Deus. Isso era considerado altamente subversivo. É como dentro de uma ditadura, alguém anunciar a democracia.

 

Falando em ditadura, hoje em dia é possível de observar que muitas pessoas estão voltando a defendê-la. Como que o senhor, ex-preso político na época da ditadura militar no Brasil, vê esse processo?

 

É uma ilusão e um engano achar que a ditadura foi melhor. Não, ela foi tão ruim que fracassou e deixou muitos estragos na economia, na política e em todas as dimensões da vida nacional. Tanto que os militares passaram a ter vergonha disso. Agora que estão tentando recuperar a sua imagem, mas amarraram o burro na corda errada: que é a do governo Bolsonaro. Porque é um governo que sonha com aquela ditadura, que criminosamente apoia a tortura e exalta torturadores.

 

E a gente viu que, infelizmente, esse governo que afirmava não adotar as mesmas práticas de gestões anteriores, as faz agora na reforma da Previdência, liberando muito dinheiro para os deputados federais com emendas parlamentares. Eles “emBolsonaram” a grana, e deram o voto favorável. É uma reforma que vai prejudicar os trabalhadores do Brasil e, sobretudo, da classe média baixa e pobre. Essas pessoas estão iludidas quando aplaudem essa reforma, e mostram que há um total desconhecimento de seu conteúdo.

 

Como um grande propagador da Teologia da Libertação, como que isso pode analisar o grande avanço do conservadorismo que enfrentamos hoje em dia?

 

A Teologia da Libertação é a teologia que parte da questão social no Brasil e na América Latina. Qual é o principal problema que temos hoje?

 

A desigualdade social, que exclui muitas pessoas de acesso aos bens essenciais a uma vida digna. Então, elas precisam ser libertadas disso. Portanto, ela parte do princípio que ser cristão no Brasil e na América Latina é lutar contra a opressão e pela libertação da maioria do povo que se encontra com seus direitos fundamentais ameaçados ou lesados.

 

A religião, assim como a política, é uma faca de dois gumes: pode ser usada para libertar ou para oprimir. Então, há setores identificados com os privilégios dos mais ricos que utilizam a religião para consolidar essa desigualdade. Mas eles não percebem que o importante é criar uma sociedade de justiça, onde não haverá nem gente sumamente rica nem pobre, porque os bens serão partilhados e solidarizados.


OUTRAS NOTÍCIAS

 

Edição: Marcos Barbosa

 

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https://www.brasildefato.com.br/2019/07/16/frei-betto-e-uma-ilusao-e-um-engano-achar-que-a-ditadura-foi-melhor

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