Pede mais prazo...
Vencidos os primeiros 30 dias de prazo para manifestar se vai assumir a cadeira do então deputado José Henrique (PMDB), morto há pouco mais de um mês vítima de câncer, o prefeito de Teófilo Otoni (Nordeste de Minas), o também peemedebista Getúlio Neiva, pediu mais tempo para se decidir. O pedido de prorrogação por igual período foi protocolado ontem na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), sendo que agora, ele terá até dia 19 de outubro para uma posição definitiva.
Enquanto isso, a Assembleia segue com 76 deputados em seus quadros e em Uberaba, o vereador Tony Carlos (PMDB), próximo suplente, aguarda o desfecho do caso. Assim como ele, sua suplente na Câmara, Denise Max (PR), também está em compasso de espera. Em recente entrevista ao Jornal da Manhã, Getúlio havia dito que “tudo pesa a favor para eu voltar à Assembleia”, isto porque, como ex-deputado estadual (2006-2010) pretende se aposentar no cargo.
Ainda segundo ele, prefeitos não têm a mesma prerrogativa. E mais: à época ele revelou que assumiu a administração municipal com uma dívida da ordem de R$ 84 milhões. Getúlio Neiva foi eleito em 2012 com apoio de 35.842 eleitores, o equivalente a 86,1% dos votos válidos, índice pouco superior aos 82% que responderam na rede social, que desejam sua permanência na cadeira de prefeito, conforme pesquisa feita por ele.
O prefeito tentou agendar um encontro em Belo Horizonte com Tony Carlos, através do correligionário e deputado estadual Adalclever Lopes, mas o vereador não foi. Tony também evitou tecer comentários sobre o pedido de prorrogação feito por Neiva, que quer mais 30 dias de prazo para decidir se renuncia à chefia do Executivo de Teófilo Otoni ou desiste da cadeira de deputado.
Denise Max avalia que Getúlio Neiva deverá deixar o cargo de prefeito. “Se quisesse realmente ficar, já teria dito; não sei qual é a dele. Acho que está pensando apenas nele mesmo. O mau político pensa em si mesmo”, disse ele, que garante não ficar pensando em assumir a cadeira de vereadora. A republicana, contudo, admite que gostaria muito. Caso venha tomar posse, será a primeira mulher da atual legislatura.
“Tudo na vida tem seu tempo. Se Deus quiser eu serei [vereadora] e continuarei a mesma pessoa; não vou ficar acima de Deus, porque esse é um cargo tão digno quanto ser faxineiro da Prefeitura. Serei empregada do povo”, afirmou Denise, lembrando que entrou na disputa em 2012, depois de muita insistência do presidente do Partido, Eduardo Ferro.
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