Tentativa de homicídio foi no mês de outubro e a vítima foi atingida por nove tiros. Investigações apontaram que o crime foi motivado por causa de troca de mensagens entre a vítima e a filha do militar pelas redes sociais há quatro anos.
Por Marina Pereira, g1 Grande Minas
apresenta inquérito do caso do bombeiro que atirou em jovem em bar
A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou o subtenente do Corpo de Bombeiros que atirou em um jovem, de 21 anos, em Montes Claros, por homicídio tentado triplamente qualificado. O crime foi no mês de outubro e a vítima foi atingida por nove tiros dentro de um bar.
Na época, havia relatos de testemunhas de que o crime foi motivado porque a vítima teria importunado sexualmente a filha do suspeito, mas essa hipótese foi descartada durante as investigações. Segundo o delegado Bruno Rezende, houve apenas uma troca de mensagens entre os dois há quatro anos quando a vítima tinha 17 anos e a filha do bombeiro 10. Eles eram colegas de escola.
“O contato entre eles por mensagens não implicou em contato físico, contato sexual, importunação sexual, em violência sexual, nada disso. Nem compartilhamento de nada que implicasse qualquer circunstância em relação a ambos. O que se tem na investigação é que esse contato gerou uma discussão familiar”, disse o delegado em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (16).
No dia do crime, o militar estava no bar com a esposa e a filha. Depois de pagar a conta, ele puxou uma cadeira e sentou na mesa da vítima. Após uma discussão, o investigado deu um soco no rosto do jovem que se levantou e entrou no bar, onde foi atingido pelos tiros.
“O atentado foi segundo o investigado pelas circunstâncias do contato da sua filha com essa vítima anos atrás por redes sociais. A partir disso, teria gerado um transtorno familiar e que teria causado um transtorno tanto na adolescente como na família. Naquele momento no bar, o autor nutrido desse sentimento teria tentado conversar com a vítima e segundo o autor teria sido provocado, mas isso foi descartado. Ao adentrar no estabelecimento comercial, ele descarrega a arma de fogo na vítima”.
Um dia após a tentativa de homicídio, o militar se
apresentou à Polícia Civil, confessou ter atirado e entregou a arma que teria
sido utilizada no crime. Como não havia mais flagrante, ele foi ouvido e
liberado.
Jovem é ferido com vários tiros após discussão em bar, em
Montes Claros
Bombeiro se apresenta à Polícia Civil e confessa que atirou
contra rapaz em Montes Claros
De acordo com o delegado, 19 pessoas foram ouvidas no inquérito e a Polícia Civil representou pela prisão temporária do investigado, mas a Justiça entendeu que ele pode responder em liberdade. A vítima ficou internada por mais de um mês e recebeu alta na última semana.
“A Polícia Civil encerrou as investigações e representou pela decretação da prisão entendendo que havia necessidade do acautelamento pelo risco de novo atentado. A Justiça deferiu medidas cautelares diversas da prisão, impedindo que o autor se aproxime da vítima e dos seus familiares. A Justiça entendeu que não houve modificação fática a partir do episódio e que não há justificativa nesse momento para decretação da prisão, respondendo portanto, o autor em liberdade”, explicou o delegado.
O que diz o Corpo de Bombeiros e a defesa
O Coronel Fernando Augusto Alves Ferreira, Comandante do 4º Comando Operacional dos Bombeiros, também participou da entrevista coletiva e esclareceu que todas as medidas administrativas estão sendo tomadas.
“O militar foi afastado das suas funções operacionais e vem exercendo funções administrativas. Agora a gente aguarda o desdobramento na Justiça. O Corpo de Bombeiros participou lado a lado com a Polícia Civil contribuindo para que fosse feito o devido inquérito policial na maior transparência e responsabilidade que o fato requer”.
Em nota, o advogado de defesa, César Ricardo de Oliveira Guimarães, disse que respeita as conclusões da autoridade policial, “ainda não elas não retratem adequadamente os fundamentos jurídicos aplicados ao caso". O advogado também manifestou compreensão à dor da família da vítima e disse que o “assunto irá agora para apreciação do Poder Judiciário, onde a Defesa Técnica será apresentada a fim de melhor esclarecer os fatos e as circunstâncias motivadovadoras”.
Cabo da Polícia Militar de Teófilo Otoni morre em acidente
na BR-116
De acordo com a PRF, ela voltava do trabalho quando foi
atingida por um ônibus.
Por g1 Vales de Minas Gerais — Teófilo Otoni
16/12/2021 16h38
Atualizado há 2 semanas
De acordo com a PRF, ela voltava do trabalho quando foi atingida por um ônibus.
Por g1 Vales de Minas Gerais — Teófilo Otoni
Cabo Vânia Schirlei Silva Nascimento morreu em um acidente na BR-116 — Foto: Reprodução
MINHA HOMENAGEM AO CABO Cabo Vânia Schirlei Silva Nascimento
Uma cabo da Polícia Militar de Teófilo Otoni morreu em um
acidente na BR-116, na madrugada desta quinta-feira (16).
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, Vânia Schirlei
Silva Nascimento havia acabado de deixar o serviço e retornava para casa.
Próximo à entrada do bairro Palmeiras, um ônibus desviou de um buraco e bateu
na motocicleta da vítima, que perdeu o controle da direção.
A policial foi socorrida com vida ao Hospital Santa Rosália,
mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante o atendimento médico.
Em nota, a Polícia Militar disse que se solidariza com os
familiares e amigos, e expressa as condolências pela perda.
Conheça as conclusões da Polícia Civil sobre os 9 tiros disparados no Bairro de S. José, em Montes Claros, por sargento do Corpo de Bombeiros
Quinta 16/12/21 - 14h55
Divulgação da Polícia Civil de Minas:
Polícia Civil indicia bombeiro militar suspeito de tentar matar jovem
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apresentou, durante coletiva de imprensa nessa quinta-feira (15/12), informações sobre a conclusão do inquérito policial instaurado para apurar uma tentativa de homicídio envolvendo um bombeiro militar.
O crime ocorreu no dia 27 de outubro, no bairro São José, em Montes Claros, região Norte do estado.
O suspeito, um sargento do Corpo de Bombeiro Militar, teria desferido nove tiros na vítima, um jovem, de 21 anos, no interior de um bar.
O crime foi filmado por câmeras de segurança do estabelecimento comercial e por pessoas que estavam no local no momento dos fatos.
Para apurar o delito, foi instaurado um inquérito policial pela Delegacia Adjunta de Repressão a Crimes contra a Vida.
Durante as diligências, os policiais civis verificaram que a vítima teria trocado mensagens íntimas com a filha do suspeito, cerca de quatro anos atrás.
Na época, a menina tinha 10 anos, e a vítima, 17.
O jovem teria contado para amigos em comum com os familiares da menor sobre as fotos, episódio que chegou ao conhecimento dos pais dela, que decidiram não registrar ocorrência.
Dinâmica
Sobre a dinâmica no dia do crime, o delegado Bruno Rezende explicou que, durante a noite, o suspeito estava com a família em um bar e a filha dele avistou a vítima no local.
O investigado decidiu conversar com o jovem e uma discussão foi iniciada entre eles.
“A discussão ficou mais acirrada entre a esposa do suspeito e a vítima. Nesse momento, o bombeiro desferiu um soco no jovem, que se levantou da mesa e foi em direção ao banheiro”, explicou.
O investigado foi atrás da vítima e efetuou vários disparos.
Foi realizado exame de corpo de delito, o qual apontou nove ferimentos por entrada de arma de fogo na vítima, inclusive na região lombar.
O jovem foi socorrido em um hospital da cidade e permaneceu internado por várias semanas.
O bombeiro deixou o local com a família e não foi localizado.
No dia seguinte, se apresentou na Delegacia de Homicídios, onde prestou declaração e entregou a arma utilizada por ele, uma pistola calibre 9mm.
A esposa do suspeito e a filha dele também foram ouvidas na unidade.
Investigações
Resende informou que o investigado alegou que agiu em legítima defesa, estratégia que não se sustentou, em virtude dos depoimentos prestados e das imagens recolhidas do local.
“Ele teve várias oportunidades para parar com as agressões e descarregou a arma em direção ao jovem, inclusive quando a vítima estava de costas”, afirmou o delegado.
No inquérito policial, foram formalizadas 19 oitivas, entre elas da vítima, com juntada de laudos e outros levantamentos.
Resende esclarece que apresentou ao Poder Judiciário pedido para a decretação da prisão temporária e, depois, representou pela preventiva do suspeito, mas a Justiça deferiu medidas restritivas distintas da prisão.
Participou da coletiva o comandante do 4º Cob do Bombeiro Militar, tenente-coronel Fernando Augusto Alves Ferreira.
Ele informou que remanejou o bombeiro para exercer função interna.
Esclareceu ainda que os fatos estão sendo apurados na seara administrativa da corporação e aguardam a sentença judicial sobre o caso.
A PCMG concluiu a investigação e indiciou o suspeito por homicídio triplamente qualificado na forma tentada. O inquérito policial foi remetido ao Poder Judiciário no início deste mês.
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Jornal "O Tempo", de BH:
Sargento dos bombeiros é indiciado por tentar matar jovem com 9 tiros, em MG
A motivação para o crime é que a vítima teria trocado mensagens íntimas com a filha do sargento, há quatro anos, quando a menina tinha 10 anos e o jovem baleado tinha 17
Por NATÁLIA OLIVEIRA
Um sargento do Corpo de Bombeiros foi indiciado pela Polícia Civil por tentativa de homicídio contra um jovem de 21 anos, dentro de um bar em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. O crime ocorreu em 27 de outubro e o indiciamento foi divulgado nesta quinta-feira (15).
De acordo com as apurações da Polícia Civil, o bombeiro deu nove tiros na vítima dentro de um bar. A motivação para o crime é que a vítima teria trocado mensagens íntimas com a filha do sargento, há quatro anos, quando a menina tinha 10 anos e o jovem baleado tinha 17.
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Ainda segundo as apurações da polícia sobre a tentativa de homicídio, o adolescente contou para amigos em comum com a família da menina de 10 anos sobre a troca de mensagens íntimas com ela. A informação chegou até o bombeiro e a mulher dele, que, na época, optaram por não registrar boletim de ocorrência.
O crime
Segundo o delegado Bruno Rezende, o suspeito estava com a família em um bar quando a menina avistou o jovem e falou para o pai. O investigado decidiu conversar com a vítima e houve uma discussão entre os dois. “A discussão ficou mais acirrada entre a esposa do suspeito e a vítima. Nesse momento, o bombeiro desferiu um soco no jovem, que se levantou da mesa e foi em direção ao banheiro”, explicou.
O sargento foi atrás dele e efetuou os tiros. O jovem foi socorrido a um hospital da cidade e ficou várias semanas internado. O crime foi filmado por imagens de segurança do estabelecimento e por testemunhas que estavam no local. O bombeiro fugiu no dia do crime, mas depois se apresentou na delegacia e entregou a arma utilizada na tentativa de homicídio.
As investigações
O delegado contou que, em seu depoimento, o sargento alegou que o crime foi em legítima defesa, mas a tese não se sustentou devido às imagens do local e a outros depoimentos de testemunhas. “Ele teve várias oportunidades para parar com as agressões e descarregou a arma em direção ao jovem, inclusive quando a vítima estava de costas”, afirmou o delegado.
A Polícia Civil pediu a prisão do suspeito, mas a Justiça deferiu medidas restritivas distintas da prisão. Ele foi remanejado para exercer funções internas dentro do Corpo de Bombeiros. Apurações são feitas dentro da corporação sobre o fato.