Sara Albino dos Santos e Bernardo Albino, de 4 anos, foram atropelados no dia 12 de fevereiro, em Ponto Belo, no Norte do Espírito Santo. Motorista foi preso nesta quarta-feira (22), em Teófilo Otoni, Minas Gerais.
Por Fabiana Oliveira, g1 ES
Sara Albino dos Santos, atropelada com
Sara Albino dos Santos, atropelada com o filho, Bernardo Albino, de 4 anos, no último dia 12 por uma caminhonete na contramão, em Ponto Belo, no Norte do Espírito Santo, disse que após a prisão do motorista Gilvan Ferreira Viana espera que ele pague pelo o que aconteceu.
Em entrevista ao g1 na manhã desta quinta-feira (22), Sara
contou que ficou satisfeita com a prisão de Gilvan.
"Fiquei muito feliz. Que agora ele possa pagar tudo que
fez comigo e meu filho", disse Sara.
Após o acidente, mãe e filho ficaram internados em hospitais
diferentes. Bernardo recebeu alta no dia 14 e apareceu em um vídeo com um
curativo na testa.
Sara recebeu alta médica dois dias depois e na ocasião falou
sobre a expectativa para reencontrar o filho. Nesta quinta, a vítima relembrou
como foi o reencontro com Bernardo.
"Foi maravilhoso, chorei demais só de ver meu filho
perto de mim. Hoje liguei mais cedo e ele falou que ia pra escolinha e estava
todo alegre", contou Sara.
Sara e o filho Bernardo ainda estão em casa separadas porque ela se recupera na casa de tia em Vitória — Foto: Arquivo pessoal
Mãe e filho ainda estão vivendo em endereços diferentes porque Sara teve que voltar ao hospital depois da alta médica. Nesta terça-feira (22) ela fez vários exames no Hospital Estadual Jayme Santos Neves, na Serra, na Grande Vitória.
"Estava sentindo muitas dores e tive que que vir pra cá
pra fazer exames. Repeti todos os exames da cabeça e das minhas pernas. Não deu
nada, mas ainda estou sentindo muita dor e não consigo andar sozinha. Agora
estou me recuperando aqui na casa da minha tia, mas vou melhorar", disse
Sara.
Sara Albino, atropelada com o filho de 4 anos, se recupera na casa da tia em Vitória — Foto: Arquivo pessoal
Por enquanto, Bernardo está aos cuidados da avó em Ponto
Belo e Sara segue se recuperando na casa da tia em Vitória.
O irmão de Sara, Gabriel Santos, disse que o motorista se
disponibilizou a arcar com os gastos de medicamentos, alimentação e transporte
da irmã e do sobrinho após o acidente.
Prisão de motorista
Motorista atropelou mãe e filho e fugiu sem prestar sem socorro, no ES — Foto: Reprodução/TV Gazeta
O motorista Gilvan Ferreira Viana, suspeito de atropelar mãe
e filho com a caminhonete na contramão e fugir sem prestar socorro, foi preso
na tarde desta quarta-feira (22) em Teófilo Otoni, Minas Gerais.
De acordo com o delegado Eduardo Mota, Gilvan foi preso
pelas equipes policiais de Minas Gerais e deve ser transferido para o Espírito
Santo nesta quinta-feira (23).
"As equipes de Minas estão tratando ainda da parte
burocrática da prisão, a documentação, encaminhamento ao presídio daquela
cidade, onde ele ficará à disposição da Justiça do Espírito Santo", disse
o delegado nesta quarta.
Até a última atualização desta reportagem, a reportagem não
havia conseguido falar com a defesa de Gilvan.
O acidente
O acidente foi na tarde do dia 12 de fevereiro. No vídeo
(assista no começo da reportagem) é possível ver que mãe e filho saem de trás
de um carro que estava estacionado e passam por outro no meio da rua.
A caminhonete, que seguia em sentido contrário, não para e
atinge Sara Albino dos Santos e o filho Bernardo Albino, de 4 anos.
De acordo com a Polícia Militar, testemunhas contaram que o
condutor fugiu depois do acidente sem prestar socorro.
Quando os policiais chegaram no local do acidente, as
vítimas já estavam sendo atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu).
No dia do atropelamento, a Polícia Militar realizou buscas
na região, encontrou a caminhonete com três pneus furados, o capô do carro
amassado e cabelo agarrado na placa da frente. O condutor não foi encontrado e
o veículo foi encaminhado para o pátio do Detran.
Inicialmente, mãe e filho foram levados para um hospital da
região de Mucurici e depois transferidos para outros hospitais.
Michelle Bolsonaro: suspeita de caixa 2, morte de carpas e “pastor-capeta” recolhendo moedas
Ex-primeira-dama é listada em diversas polêmicas em reportagens do site Metrópoles
A ex-primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, tem tido seu nome relacionado a novas polêmicas nas últimas semanas, incluindo uma suspeita de escândalo de caixa 2 e morte de carpas do Palácio da Alvorada. O Guia do Ex-Negativado atualiza as notícias para você hoje!
Ao longo dos quatro anos da gestão Bolsonaro na presidência da República, o nome de Michelle foi atrelada e diversas polêmicas. As mais recentes, no entanto, aparecem mesmo após o fim do mandato do ex-presidente.
Suspeita de caixa 2 de Michelle Bolsonaro é revelada
Uma reportagem publicada pelo jornalista Rodrigo Rangel, do site Metrópoles, reuniu uma série de denúncias feitas por ex-funcionários do Palácio da Alvorada, entre elas supostas transações financeiras ilegais.
Uma das acusações é de que o então tenente-coronel do Exército, Mauro Cesar Barbosa Cid, teria utilizado um cartão de crédito emitido em nome de uma amiga de Michelle Bolsonaro, usado, inclusive, para custar despesas da ex-primeira-dama.
A amiga se chama Rosimary Cardoso Cordeiro, assessora do senador Roberto Rocha (PTB-MA).
A reportagem publica ainda que o mesmo tenente por vezes era solicitado para auxiliar em transações com dinheiro em mãos.
Uma troca de mensagens de um assessor da ex-primeira-dama com Cid mostra um pedido feito por “Dona Michelle” para pagar um boleto.
Em outra mensagem obtida pelo site Metrópoles, é revelado um pedido de transferência de dinheiro feito em nome de Michelle Bolsonaro, bem como um comprovante de depósito creditado à Michelle.
A acusação, portanto, é de um suposto esquema de “rachadinha” envolvendo assessores, um tenente-coronel do Exército e funcionários.
Há ainda uma acusação novamente ligada a Rosimary Cardoso Cordeiro, que enviaria pacotes para a ex-primeira-dama por meio de trabalhadores do Palácio.
Michelle Bolsonaro é ligada a morte de carpas no Palácio e retirada de moedas para doar para igreja
O espelho d’água do Palácio da Alvorada é um dos cenários mais bem cuidados pela presidência da República. Turistas costumam visitar o local e jogar moedas na superfície da água. Este gesto é visto como uma forma de trazer sorte.
No entanto, ainda em denúncia feita por um funcionário do Palácio ao colunista Rodrigo Rangel, do site Metrópoles, é afirmado que houve uma ação longe do normal ordenada pela ex-primeira-dama brasileira.
De acordo com o entrevistado pela coluna, Michelle Bolsonaro ordenou que fosse retirada a água do lago artificial do Palácio, o que resultou, portanto, na morte de vários peixes da espécie carpas, que podem valer milhares de reais e possuem um significado especial.
Algumas carpas foram presente do imperador Hirohito, do Japão, há exatos 32 anos, quando o Brasil ainda era presidido por Fernando Collor de Mello.
Segundo a denúncia, os peixes foram mortos por Francisco de Assis Castelo Branco, sob ordem de Michelle. Ele era conhecido nos bastidores como “pastor-capeta”, em função de suas ações rígidas com os funcionários.
O motivo da ação? Retirar todas as moedas acumuladas no lago com a justificativa de que seria doação para igreja.
“Ele (pastor-capeta) mandou secar o espelho d’água, matou, porque a carpa é bem sensível, as carpas morreram, e mandou retirar todas as moedas e colocar em um balde de 20 litros. E falou que foi a mando da Michelle, que aquelas moedas eram para doação da igreja (…) levou todas as moedas”, diz o funcionário.
O que dizem Michelle e Jair Bolsonaro a respeito das acusações?
Sobre a denúncia feita pelos supostos pacotes enviados por Rosimary, por meio de funcionários do Planalto, Michelle diz que quem a denunciou sabe que o conteúdo da entrega era legal.
“Como Deus é bom e não nos deixa enganados de absolutamente nada. Temos todos os áudios do ex-funcionário que insinuava que eu estava recebendo ‘propina’ de minha amiga na matéria publicada. Ele sabe muito bem que ele ia deixar roupas, acessórios que eu emprestava para ela, e a última vez, ele trouxe um pijama de presente de Natal”.
O clã Bolsonaro tem se mantido distante de entrevistas. Sobre as acusações de caixa 2 em seu governo, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirma que não havia saques feitos do cartão corporativo pessoal para despesas da ex-primeira-dama.
Ao Metrópoles, ele enviou respostas em escrito sobre alguns temas:
“Os ajudantes de ordens nunca tiveram acesso a nenhum cartão corporativo de nenhum órgão e muito menos de nenhuma organização militar. Isso é facilmente comprovado no Portal da Transparência”.
“A primeira dama utilizou o cartão adicional de uma amiga de longa data. A utilização se deu porque a Michelle não possuía limites de créditos disponíveis. A última utilização foi em julho de 2021, cuja fatura resultou em quatrocentos e oito reais e três centavos. (…) A senhora Rosemary Cordeiro é amiga da Michelle há mais de 15 anos”.
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