quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Alto escalão da PM é acusado de omitir...

  Dados sobre violência

A cúpula da Polícia Militar proibiu os comandantes das 18 regiões da corporação em Minas de divulgarem a imprensa qualquer estatística que revele os índices de criminalidade no Estado. Mas por determinação do Governo estadual, a proibição foi suspensa DA REDAÇÃO - A cúpula da Polícia Militar proibiu que os comandantes das 18 regiões da corporação em Minas, entre elas, a de Teófilo Otoni de divulgarem a imprensa qualquer estatística que revele os índices de criminalidade no Estado. Mas, pouco tempo demais, o governo mineiro decidiu que fossem divulgados os dados. Um jornal de Belo Horizonte chegou a publicar uma reportagem dizendo sobre suposta maquiagem de dados criminais, com manipulação de Boletins de Ocorrências. Em vez de homicídio, encontro de cadáver. No lugar de tentativa de homicídio, lesão corporal ou disparo em via pública. Com essa atitude, o objetivo seria baixar os índices de criminalidade no Estado. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) desmente as denúncias. Recuo O governador Antonio Augusto Anastasia voltou atrás e determinou que os dados sobre a criminalidade em Minas Gerais, referentes a 2011, sejam divulgados pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) no próximo dia 27. Conforme decisão do governador, a partir de agora as estatísticas de homicídios, tentativas de homicídios, estupros, roubos e roubos à mão armada terão que ser divulgadas mensalmente. A divulgação dos números sobre a criminalidade violenta no Estado é divulgada pela Seds, assim como ocorre em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Paraná. As demais estatísticas de criminalidade, de acordo com o Governo, podem ser consultadas por meio de informações da Diretoria de Estatísticas da Seds, nos batalhões e delegacias regionais das 18 Regiões Integradas de Segurança Pública (Risps) de Minas. Memorando O memorando intitulado de "Divulgação de dados estatísticos", o assessor da corporação explica que "as unidades, quando demandadas pelos órgãos de imprensa, poderão fornecer informações sobre as estatísticas afetas às demais modalidades criminosas, não classificadas como violentas, desde que os dados solicitados sejam previamente analisados pelos respectivos comandantes quanto à provável repercussão da divulgação e reflexo na sensação de segurança da população. Antes do Memorando Antes do memorando, supostamente os policiais militares seriam obrigados a redigir ocorrências como se os crimes fossem os menos agressivos, por recomendações de seus comandantes, para “melhorar” os indicadores. O objetivo, segundo denúncias, seria reduzir estatísticas de crimes violentos e cumprir metas anuais da Seds. Para tanto, um homicídio era registrado como encontro de cadáver e uma tentativa de homicídio virava lesão corporal. Por sua vez, lesão corporal passava a ser registrada como agressão e, agressão, virava atrito verbal. Já o roubo (com emprego de arma) seria lavrado como um simples furto (sem uso de arma). 
 Imagem meramente iluatrativa.....
 
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