Dados sobre violência
- Publicado em Domingo, 19 Fevereiro 2012 12:50
- Escrito por Diário de Teófilo Otoni
A cúpula da Polícia Militar proibiu os comandantes das 18 regiões
da corporação em Minas de divulgarem a imprensa qualquer estatística que
revele os índices de criminalidade no Estado. Mas por determinação do
Governo estadual, a proibição foi suspensa
DA
REDAÇÃO - A cúpula da Polícia Militar proibiu que os comandantes das 18
regiões da corporação em Minas, entre elas, a de Teófilo Otoni de
divulgarem a imprensa qualquer estatística que revele os índices de
criminalidade no Estado. Mas, pouco tempo demais, o governo mineiro
decidiu que fossem divulgados os dados.
Um jornal de Belo Horizonte chegou a publicar uma reportagem dizendo
sobre suposta maquiagem de dados criminais, com manipulação de Boletins
de Ocorrências. Em vez de homicídio, encontro de cadáver. No lugar de
tentativa de homicídio, lesão corporal ou disparo em via pública. Com
essa atitude, o objetivo seria baixar os índices de criminalidade no
Estado. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) desmente as
denúncias.
Recuo
O governador Antonio Augusto Anastasia voltou atrás e determinou que os
dados sobre a criminalidade em Minas Gerais, referentes a 2011, sejam
divulgados pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) no próximo
dia 27. Conforme decisão do governador, a partir de agora as
estatísticas de homicídios, tentativas de homicídios, estupros, roubos e
roubos à mão armada terão que ser divulgadas mensalmente.
A divulgação dos números sobre a criminalidade violenta no Estado é
divulgada pela Seds, assim como ocorre em São Paulo, Rio de Janeiro,
Espírito Santo, Bahia e Paraná. As demais estatísticas de criminalidade,
de acordo com o Governo, podem ser consultadas por meio de informações
da Diretoria de Estatísticas da Seds, nos batalhões e delegacias
regionais das 18 Regiões Integradas de Segurança Pública (Risps) de
Minas.
Memorando
O memorando intitulado de "Divulgação de dados estatísticos", o assessor
da corporação explica que "as unidades, quando demandadas pelos órgãos
de imprensa, poderão fornecer informações sobre as estatísticas afetas
às demais modalidades criminosas, não classificadas como violentas,
desde que os dados solicitados sejam previamente analisados pelos
respectivos comandantes quanto à provável repercussão da divulgação e
reflexo na sensação de segurança da população.
Antes do Memorando
Antes do memorando, supostamente os policiais militares seriam obrigados
a redigir ocorrências como se os crimes fossem os menos agressivos, por
recomendações de seus comandantes, para “melhorar” os indicadores. O
objetivo, segundo denúncias, seria reduzir estatísticas de crimes
violentos e cumprir metas anuais da Seds.
Para tanto, um homicídio era registrado como encontro de cadáver e uma
tentativa de homicídio virava lesão corporal. Por sua vez, lesão
corporal passava a ser registrada como agressão e, agressão, virava
atrito verbal. Já o roubo (com emprego de arma) seria lavrado como um
simples furto (sem uso de arma).
Imagem meramente iluatrativa.....
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