Do Secnidazol
A Fundação Ezequiel Dias - FUNED enviou
para autoridades em Teófilo Otoni os laudos de analises de amostras
coletadas em corpos de possíveis vítimas do remédio Secnidazol 500 mg,
manipulado pela Farmácia Fórmula Pharma.
As análises foram solicitadas pela Polícia Civil para
comprovar se as 10 vítimas fatais de suposta ingestão do remédio,
morreram em função da utilização do Secnidazol. Para coleta das
amostras, foram realizadas exumações de vítimas no íncio de dezembro
passado por uma equipe de especialistas da Pooícia Civil.
A mesma FUNED comprovou que o remédio para combater
vermes foi preparado de forma errônea com princípio ativo de anti
hipertensivo denominado Alodipiona. A dosagem do princípio ativo era 100
vezes maior que o específico para o remédio. Por isso as pessoas que
tomavam o suposto remédio para vermes tinham reação imediata e morriam
horas após por violenta queda de pressão.
A empresa sediada em Teófilo Otoni produziu o lote do
Secnidazol com 140 unidades no início de novembro. De forma irregular,
pequenos lotes do Secnidazol foram enviados a municípios vizinhos como
Novo Cruzeiro, Catuji.
Ao início das investigações a sede da Phormula Farma
foi interidatada pela Vigilância Sanitária até conclusão das atividades.
Com envio dos laudos, a FUNED permite que a Superintendência Regional
de Saúde conclua o inquérito administrativos sobre o ocorrido na
Phormula Farma. Por isso o Ministério Público pediu novas diligências e
anexar de documentos para apurar responsabilidades administrativas no
episódio.
Em seguida todo o compêndio de informações será
enviado a Polícia Civil, onde os delegados Herta Coimbra e João Ferraz,
concluem as investigações criminais sobre a intoxicação de pacientes
pelo Secnidazol.
Ao fim dos trabalhos todas as informações serão
enviadas ao Ministério Público, com possível indiciamento de suspeitos
pelas mortes e lesões corporais em vítimas do remédio manipulado pela
Phormula Farma.
Fonte: Rádio Teófilo Otoni
Remédio foi preparado com substância errada, aponta laudo da Funed
Polícia Civil investiga o caso e nesta quinta exumou mais seis corpos de pessoas que morreram após ingerir as cápsulas
Leonardo Morais
O Secnidazol 500mg manipulado pela Fórmula Pharma foi feito com a substância errada
De acordo com a SES, a análise foi feita em amostras apreendidas pela Vigilância Sanitária Estadual e pela Polícia Civil mineira na casa de pacientes que consumiram o medicamento. O material foi avaliado pelo Serviço de Medicamentos, Saneantes e Cosméticos da Funed na presença inclusive do dono da Fórmula Pharma, Ricardo Luís Portilho, acompanhado de dois advogados.
Segundo a SES, a primeira etapa da análise confirmou que não havia presença do antiparasitário Secnidazol no medicamento manipulado no estabelecimento em 14 de novembro. Em seguida, os técnicos analisaram e confirmaram a presença do anti-hipertensivo - já havia a suspeita dessa contaminação cruzada por causa dos sintomas apresentados pelas vítimas. A Funed ainda vai confirmar a concentração da substância.
O secretário de Estado da Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, avaliou que, apesar de o laudo definitivo só ficar pronto em aproximadamente 30 dias, a confirmação da presença do anti-hipertensivo nas cápsulas dá uma "clareza do erro técnico grave" ocorrido na manipulação do medicamento. "Nos solidarizamos com as famílias que sofreram com a perda dos seus entes queridos. Agora, o problema se torna um caso de polícia", afirmou.
A Polícia Civil também já investiga o episódio e nesta quinta-feira realizou a exumação de seis pessoas que morreram após ingerir as cápsulas acreditando tratar-se do medicamento Secnidazol. Duas exumações já haviam sido realizadas ontem. Material coletado entre os restos mortais das vítimas será encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte para confirmar se o anti-hipertensivo causou as mortes.
As últimas duas mortes foram as de Adélia Lopes da Paixão, de 49 anos, e sua filha Letícia Lopes dos Santos, de 22, registradas nos dias 9 e 11 deste mês, respectivamente. Elas foram submetidas a necropsia. As outras vítimas morreram entre 20 e 28 de novembro, todas em municípios do Vale do Mucuri. O IML ainda não concluiu nenhum dos laudos, mas, segundo a polícia, Portilho pode ser indiciado por homicídio caso seja confirmado erro na manipulação do medicamento. A Fórmula Pharma foi interditada pela Vigilância Sanitária Estadual, assim como outras farmácias de manipulação da região que funcionavam sem autorização ou tinham indícios de produzir medicamentos em escala industrial.
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Fonte:
http://www.matipoweb.com.br/noticias/brasil/680-remedio-foi-preparado-com-substancia-errada-aponta-laudo-da-funed.html
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