Do Mucuri |
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22/02/2012 - 06:34 | ||
Termo de Cooperação Técnica firmado em janeiro entre o Governo de Minas e o Banco do Nordeste, através do qual serão investidos R$ 1,55 bilhão na implementação do Plano Agrícola 2012/2015 voltado para a região do Grande Norte – que compreende os vales do Jequitinhonha e do Mucuri e o Norte de Minas, poderá viabilizar já neste ano o plantio de 30 mil hectares de florestas renováveis na região do semiárido. Os investimentos previstos pela Associação Mineira de Silvicultura (AMS) são da ordem de R$ 180 milhões, com cada hectare plantado custando, em média, R$ 6 mil.
O diretor superintendente da AMS, Antônio Tarcizo de Andrade e Silva
destaca que o fortalecimento da parceria entre o Banco do Nordeste e o
Governo de Minas abre perspectiva promissora para o incremento da
silvicultura em Minas Gerais, com geração de emprego e renda, inclusive,
para o segmento da agricultura familiar.
“O Banco do Nordeste é um grande parceiro no incremento da
silvicultura em Minas Gerais, especialmente nas regiões do Norte e
vales do Jequitinhonha e Mucuri. A disponibilização de recursos para o
incremento da produção agropecuária da região, especialmente para a
silvicultura, cria expectativas favoráveis para o desenvolvimento com o
aproveitamento de uma atividade que atualmente gera cerca de oito mil
empregos diretos e outros 18 mil postos de trabalho indiretos”, destaca
Andrade.
Além do plantio de novas áreas de florestas renováveis por parte de
grupos empresariais que objetivam atender a demanda de empresas do
segmento de ferro gusa, no ano passado a Associação Mineira de
Silvicultura firmou parceria com o escritório da Emater de Januária
através da qual foram distribuídas mais de 42 mil mudas de árvores para
pequenos produtores rurais. As mudas estão sendo utilizadas no
reflorestamento de áreas nos municípios de Ibiracatu, Itacarambi,
Chapada Gaúcha, Manga, Miravânia, Lontra e Japonvar. Do total de mudas
disponibilizadas, mais de duas mil foram destinadas à ampliação do
Programa de Integração Lavoura, Pecuária, Florestas (ILPF).
Em janeiro,a AMS ampliou parceria firmada com a Emater com o repasse
de mais 200 mil mudas para cerca de 30 mil agricultores do Norte de
Minas. O objetivo é possibilitar a famílias de pequenos produtores
rurais nova alternativa para geração de renda, com a venda de madeira e a
diminuição de custos da pecuária leiteira, através do ILPF.
Incentivos
Durante o lançamento do Plano Agrícola de Minas Gerais, em janeiro, o
governador Antonio Anastasia afirmou que a região do Grande Norte –
que compreende os vales do Jequitinhonha e do Mucuri e o Norte de Minas
– têm toda confiança e crédito de que conseguirá responder de forma
positiva ao apoio que vem recebendo do Governo do Estado para que
consiga superar as desigualdades sociais e econômicas ainda
existentes.“Toda semente ali plantada frutifica e, por esse motivo, não
temos dúvidas de que a região se constitui na nova fronteira de
desenvolvimento de Minas Gerais”, assinalou o governador.
Por sua vez o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do
Estado de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões disse, no mesmo evento,
que ainiciativa do Governo de Minas em fortalecer atuação com o Banco do
Nordeste tem condições de acelerar o desenvolvimento dos vales do
Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas. “A região tem muitas
potencialidades, mas a superação das desigualdades econômicas e sociais
só será viabilizada através de investimentos. O apoio à produção
agropecuária é um importante segmento a ser explorado, dentro da meta de
se procurar igualar o desenvolvimento do Grande Norte às demais regiões
do Estado”, afirmou.
Já o secretário de Estado de Desenvolvimento dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas, Gil Pereira, comentou a
importância da relação estabelecida entre o Governo de Minas e o Banco
do Nordeste do Brasil (BNB): "O investimento em silvicultura previsto
pelo Banco para o período 2012/2015 é muito significativo para o Grande
Norte, que vive momento positivo em que são absolutamente estratégicas
as parcerias financeiras. Neste caso, a geração de empregos é um dos
pontos mais relevantes a serem destacados".
BNB prevê aporte de R$ 250 milhões até 2015
Para o período de 2012/2015, a Superintendência do Banco do Nordeste
em Minas Gerais tem previsão de investir R$ 250 milhões na expansão da
silvicultura na região do Grande Norte. A instituição iniciou o ano com
uma demanda de R$ 18 milhões para o plantio de 5,5 mil hectares de
florestas na região do semiárido. Para 2012 a projeção de aportes do
Banco para a silvicultura é da ordem de R$ 50 milhões.
No ano passado o BNB liberou mais de R$ 47,4 milhões de
financiamentos para o plantio de uma área superior a 24,1 mil hectares
de florestas renováveis em Minas. Os municípios onde o BNB possui
agências que disponibilizaram maior volume de recursos para a cadeia
produtiva da silvicultura foram Capelinha, Salinas, Pirapora, Januária,
Montes Claros e Brasília de Minas. Nestas regiões a extensão das áreas
plantadas variou de 7,3 mil a 1,3 mil hectares.
O superintendente do BNB em Minas Gerais, José Mendes Batista avalia
que “as parcerias firmadas pela instituição com o Governo de Minas tem
alcançado resultados positivos visto que, pela primeira vez, em 2011, o
Banco conseguiu bater o recorde na liberação de financiamentos no
Estado, totalizando quase R$ 1 bilhão. Só através do Fundo
Constitucional do Nordeste (FNE) o total de financiamentos liberados em
2011 chegou a R$ 500 milhões”.
Plano Agrícola
O Plano Agrícola 2012/2015 da região do Grande Norte se destina ao
custeio, investimento e comercialização das atividades agropecuárias,
entre elas a bovinocultura de leite e corte, fruticultura, produção de
cachaça e silvicultura. O montante de financiamento será distribuído num
prazo de quatro anos sendo, R$ 300 milhões a serem aplicados em 2011 e
R$ 350 milhões em 2013. Para 2014 a previsão é de que sejam
disponibilizados R$ 400 milhões, montante que aumentará para R$ 500
milhões em 2015.
No mínimo 50% dos recursos serão destinados ao financiamento de mini e
pequenos produtores rurais, incluindo a agricultura familiar por meio
do Plano Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). No
máximo, 20% dos recursos serão destinados ao financiamento de grandes
produtores rurais.
Para a agricultura familiar o prazo para pagamento dos financiamentos
poderá chegar a até dez anos, incluindo cinco anos de carência. A taxa
de juros vai variar entre 1% e 5% ao ano, com bônus de 25% para parcelas
pagas pontualmente.
Os agricultores do segmento de médios e grandes produtores rurais,
que não fazem parte do Pronaf, poderão pagar os financiamentos num de
até 12 anos, incluindo quatro anos de carência. As atividades de
reflorestamento têm prazo diferenciado, podendo chegar a 16 anos, já
contemplados sete anos de carência. Os juros variam de 5% a 8,5% ao ano,
com bônus de 25% para parcelas pagas pontualmente.
Fonte: Agência Minas
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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Silvicultura terá incremento no Vale
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