Venda de motos
Ministério da Saúde quer restringir venda de motos
A iniciativa serve para a diminuição de acidentes. Atualmente,
mesmo sem habilitação, qualquer pessoa pode comprar uma moto ou outro
veículo. Especialistas de trânsito no Brasil falam que a compra não está
relacionada ao documento de porte obrigatório do motorista, o que é
errado
DA REDAÇÃO – O Ministério da Saúde preocupado com o aumento do número de
acidentes com motos quer limitar a venda de motocicletas aos motoristas
que tenham habilitação específica para o veículo. Hoje, qualquer
pessoa, mesmo sem habilitação, pode comprar uma moto ou outro veículo. E
essa compra de automóveis no Brasil não está relacionada à carteira de
habilitação.
Objetivo
O objetivo é reduzir o número de acidentes. Dados preliminares do
Ministério da Saúde mostram um aumento de 27% no número de acidentes com
motos no país entre 2009 e 2010. Nos últimos dois anos, o salto foi de
quase 75%.
De acordo com o ministério, em 2010, os acidentes de trânsito geraram R$
190 milhões em despesas para o SUS em procedimentos cirúrgicos. Somente
os acidentes envolvendo motocicletas, segundo Padilha, provocaram 145
mil internações.
Acidentes
Conforme dados, os acidentes fatais com motocicletas em sua maioria
envolvem os homens. São cerca de 90% das vítimas. Mas, a quantidade de
mulheres que perdem a vida nesse tipo de acidente vem aumentando cada
vez mais. O Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da
Saúde revela que, de 1996 a 2010, a quantidade de vítimas fatais do
sexo feminino em acidentes com motocicletas cresceu 16 vezes, enquanto o
número de homens que morreram nesses acidentes aumentou 13 vezes no
mesmo período. E ainda, que cerca de 80% das vítimas fatais têm entre 15
e 39 anos. Um dos fatores preponderantes é o aumento da frota de
motocicletas, meio de transporte utilizado por 10,2 mil dos 41 mil
brasileiros que perderam a vida no trânsito em 2010.
Outro agravante é apontado pela pesquisa Vigitel (Vigilância de Risco e
Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) 2010 que o
percentual de homens que afirmaram ter dirigido após o consumo abusivo
de álcool ainda é superior ao das mulheres, de 3% contra 0,2%. Porém o
consumo abusivo de bebidas alcoólicas por mulheres vem apresentando
tendência de crescimento.
A pesquisa Vigitel também mostra que, em ambos os sexos, a frequência do
consumo abusivo de bebidas alcoólicas aumenta com a escolaridade. Com
relação a faixa etária, a frequência foi maior entre os mais jovens,
alcançando mais de 30% dos homens e mais de 10% das mulheres entre 18 e
44 anos de idade.
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