De sequestro relâmpago em Juiz de Fora
Um auditor do Ministério do Trabalho foi vítima de um sequestro relâmpago em Juiz de Fora, na zona da mata mineira. O principal suspeito do crime é o irmão mais velho da vítima.
Funcionário público estaria sofrendo ameaças de morte por telefone há dois meses, conforme informou na manhã desta quarta à delegacia
Por Tribuna
O auditor fiscal do Ministério do Trabalho, 58 anos, sequestrado em
Juiz de Fora na terça-feira (24), estaria sofrendo ameaças de morte por
telefone há dois meses, conforme informou na manhã desta quarta (25) a
delegada responsável pela investigação, Sheila Oliveira. "Inclusive na
noite de terça-feira (24), após o ocorrido, a vítima recebeu outras
ligações ameaçadoras. Os telefonemas são originados sempre do mesmo
número, com prefixo 31, provavelmente da região de Belo Horizonte." De
acordo com a policial, a vítima já havia registrado ocorrência
relacionada às ameaças.
Já o homem, 61, preso em flagrante em Teófilo
Otoni sob suspeita de ser o mandante do sequestro-relâmpago do
funcionário público, é advogado e irmão da vítima.
Ainda segundo a titular do Núcleo de Ações Operacionais (Naop) da 1ª
Delegacia Regional e responsável pelo caso, Sheila Oliveira, o próprio
auditor descobriu o envolvimento do irmão no momento de fazer a
transferência financeira exigida pelos sequestradores. Pelo número do
CPF fornecido à vítima para fazer a movimentação on-line, o nome dele
teria aparecido na tela como titular da conta, surpreendendo o fiscal.
Conforme a delegada, o preso seria um advogado muito conhecido em
Teófilo Otoni e foi facilmente localizado. "Recebi informações de que
ele já teria antecedentes por extorsão mediante sequestro. Ele já teria
tido desentendimento anterior com o irmão por causa de herança, mas não a
esse ponto."
De acordo com o delegado chefe da PF em Juiz de Fora, Cláudio
Dornelas, a descoberta do parentesco derrubou a hipótese inicial de que o
crime estaria relacionado às profissões exercidas pelo auditor e por um
filho dele, que é policial federal. "Como havia indício de participação
do irmão da vítima, fizemos contato com a Polícia Civil em Teófilo
Otoni e fomos prontamente atendidos, tanto que a prisão dele foi feita
(naquela cidade) momentos depois." O advogado permanece preso no
município do Vale do Mucuri, no Nordeste de Minas, e deve ser
transferido para Juiz de Fora ainda hoje. O delegado disse que qualquer
crime envolvendo agente do Estado é de grande preocupação da Polícia
Federal.
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