Religioso, que lança DVD após três anos de hiato, afirma que superou o mal com muita oração, exercícios físicos e com a música.
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José Augusto Barros
José Augusto Barros
jose.barros@diariogaucho.com.br
E é isso que ele faz no seu mais recente lançamento, o DVD
Imaculada, gravado no Santuário Mãe de Deus. Em entrevista exclusiva, ele
relembra momentos complicados e revela como os superou.
padre marcelo rossi.
Foto: Marcelo Hermes / Divulgação
Uma celebração especial
padre marcelo rossi.
O Padre, durante a gravação, em São Paulo
Foto: Marcos Hermes / Divulgação
O álbum Imaculada (R$ 25, preço médio, o CD e R$ 30, o DVD),
foi gravado em agosto deste ano, no Santuário Mãe de Deus, em São Paulo, em
celebração aos 300 anos da aparição da Imagem de Aparecida - ela foi encontrada
por pescadores em 1717 e acompanha o Brasil desde que o país era colônia de
Portugal.
O DVD reúne algumas canções inéditas de padre Marcelo, 50
anos, como Acaso Não Sabeis e Chuva de Graça e alguns sucessos dos 20 anos de
carreira do religioso, como Anjos de Deus e Erguei as Mãos e quebra um jejum de
três anos sem lançamentos musicais - o último havia sido o CD O Tempo de Deus,
em 2014.
Biografia de padre Marcelo Rossi fala de namorada antes de
ordenação
No período, lançou o livro Philia, em 2015, (Editora Globo,
R$ 20), que relata a cura de sua depressão, com exemplos práticos e orações,
ressaltando a importância do amor para superar males contemporâneos. Já o mais
recente livro, Ruah (2016, Editora Globo, R$ 30), no qual ele se propõe a
quebrar os paradigmas de que gordura é saúde e magreza é doença, por meio de
exemplos de alimentação saudável.
imaculada, novo disco de padre marcelo rossi.
Foto: Reprodução / Reprodução
O novo disco do paulista tem 18 faixas na versão em DVD e 14
no CD, e conta, ainda, com making of e missa comandada pelo sacerdote. Com
produção de Guto Graça Melo, culturado nome do meio musical, o álbum fez com
que o santuário se transformasse em um palco cheio de imagens católicas e teve
uma banda que acompanhou o padre, deixando o show com ares modernos. Por ironia
do destino, toda a estrutura usada para o espetáculo fez com que o padre
acabasse caindo no palco, enquanto cantava Sonhos de Deus, faixa de 2014.
Padre Marcelo, no Encontro com Fátima Bernardes: "perdi
o colorido da vida"
— Quando eu vi, não acreditei na estrutura. Tinham espelhos
e contra a luz, não dava para enxergar. Eu tenho o pé tamanho 47 e tinha um
trilho do tamanho exato do meu pé. Então, no início, eu estava com medo. Aí, eu
pisei em falso, cai e me liberei. O que está no DVD, incluindo a queda, mostra o
que eu sou — afirma Marcelo.
Em entrevista, Padre Marcelo Rossi revela que pensou em
cometer suicídio
De padre para padre
padre fabio de melo
Padre Fábio de Melo: síndrome do pânico e conselhos do amigo
Foto: Divulgação / Divulgação
Mesmo com a espiritualidade elevada, padre Marcelo não é o
único sacerdote famoso a sofrer com males tão terrenos. Companheiro de batina,
e tão famoso quanto, principalmente por conta de suas postagens bem-humoradas e
por ser considerado "padre-galã", Fábio de Melo confessou, em agosto,
ao Fantástico, que foi acometido de síndrome do pânico. No Instagram, o
religioso admitiu que ficou uma semana trancado em casa, com sensação de morte
e tristeza profunda:
— Pensei: "Não tenho mais coragem de enfrentar as pessoas"—
declarou Fábio, na época.
Fábio de Melo chegou a se esconder embaixo da cama por causa
do medo, mas agora está medicado e cumprindo seus compromissos. Próximo de
Fábio, Marcelo mostra preocupação com o amigo e conta que aconselhou o amigo a
se afastar da mídia.
— Ele também me ajudou, me aconselhou a entrar nas redes
sociais, onde eu posso ter um diálogo melhor com os jovens, que é um público
que eu quero atingir. Essa geração está muito sem propósito, não sabe o que
está fazendo na Terra. São coisas básicas que o ser humano está perdendo —
afirma Marcelo.
Voltando algumas casas
dgol , padre marcelo rossi , emagrecimento , suspeita de câncer , doença , depressão , diário gaúcho, 20102014
O religioso, antes e depois da depressão
Foto: Reprodução / Internet
Para entender os problemas que o padre cita nesta
entrevista, é preciso voltar alguns anos no tempo, quatro, mais precisamente.
Em 2013, o religioso sofreu de depressão e anorexia, uma série de problemas
decorrentes da fama, segundo ele.
— Passei minha pior fase (em 2013). De 80 e poucos quilos,
cheguei a uns 130. Depois, comecei a perder, perder, fiz uma dieta maluca,
comendo alface e hambúrguer. Aí, tomei um susto. Fui ficando a cada dia mais
magro. Mas não me via magro — afirmou o padre, em 2014, em entrevista ao Diário
Gaúcho, por conta do lançamento do disco O Tempo de Deus.
Na época, como agora, ele afirmava que, para superar a
depressão, o mal do milênio, segundo suas palavras, amparou-se na música, nas
orações e nos exercícios físicos, e negou a suspeita de fãs, de que o
emagrecimento tenha acontecido por alguma doença.
Padre Marcelo fala sobre sua magreza e depressão: "É o
mal do milênio. Sofri de tudo, sem vontade de viver"
"Eu estava vivenciando a minha libertação da depressão
que me atingiu"
padre marcelo rossi, gravação do dvd imaculada.
Foto: Marcos Hermes / Divulgação
Diário Gaúcho — Por que esse hiato tão grande entre o último
DVD e este?
Padre Marcelo Rossi — Eu estava vivenciando a minha
libertação da depressão que me atingiu. Passei pela depressão durante sete
meses e 22 dias, e me libertei no primeiro dia de outubro de 2013 (entenda o
caso ao lado). Esse DVD foi uma excelência mística e sobrenatural. Eu tive uma
segunda chance, um encontro com Cristo por meio da música. Percorri muitas
cidades brasileiras com o meu livro (Philia, Editora Globo, R$ 20), que relata
minha cura da depressão.
Diário — Por que o senhor trocou o horário de seu programa
(Momento de Fé) na Rádio Globo (antes, ia ao ar das 9h às 10h da manhã)? Agora,
vai da meia-noite até a 1h, de segunda a sábado.
Padre Marcelo — Durante a minha depressão, eu me acomodei.
Agora, quero chegar no público jovem. Quando propus a mudança, me disseram:
"Padre, você é louco". essa era a pior hora dos problemas que passei.
Eu ligava a tevê e não tinha nada para ver. Eu fiz uma promessa: "Um dia,
eu vou fazer um programa levando Deus para as pessoas". Sou eu, a palavra
de Deus e meu violão E você tem que ver, (a audiência) está bombando.
Diário — De que maneira o senhor acredita que chegou a esta
cura da depressão?
Padre Marcelo — Conversando com as pessoas, elas me diziam
coisas ótimas, cantavam para mim. Foi um grande processo de terapia. Venci a
depressão por meio da fé.
Diário — O senhor sempre destacou a importância da prática
de exercícios físicos na vida (o religioso se formou em Educação Física, em
1989). Acha que eles o ajudaram a sair da depressão?
Padre Marcelo — Vou lhe dizer uma coisa: a sensação de
prazer que a endorfina proporciona, de prazer, você só consegue comendo
chocolate, por exemplo. Mas, como o chocolate tem alguns problemas, como a
gordura que está presente nele, o segredo é o exercício cardiovascular. Faço, ao
menos, 60 minutos por dia. E não tomo mais nenhum remédio.
Diário — Para quem olha o senhor de fora, animando centenas
de pessoas em missa, passando mensagens positivas, é curioso saber que caiu em
depressão..
Padre Marcelo — Tive que me libertar de uma coisa que eu
achava que não existia. Aprendi que depressão existe, sim. Durante muitos anos,
eu ajudei as pessoas a se libertarem dela, e de outras angústicas. E eu fui
cair nela. Mas encaro tudo isso como uma segunda chance.
Diário — Como o senhor enxerga a fé nos dias de hoje? Aliás,
como o senhor enxerga os dias de hoje
Padre Marcelo — Acredito que as pessoas estejam vivendo um
mundo descartável, um mundo de fast food. Sabe aquela coisa, as pessoas não
comem (a comida), elas engolem? É isso que eu vejo hoje.
Diário — E a lição que fica de tudo isso?
Padre Marcelo — Digo isso para várias pessoas que me
perguntam. Se cuide, a longevidade passa muito pelos cuidados que você tem
consigo mesmo. Tudo depende de sua qualidade de vida. E eu estou sendo previdente
com a minha vida.
O padre em números e momentos especiais
—Marcelo Mendonça Rossi nasceu em 20 de maio de 1967, em São
Paulo.
— Em 1990, inspirado por uma minissérie sobre a vida do Papa
João Paulo II (1920-2005), decidiu dedicar-se ao sacerdócio. Formou-se em duas
faculdades além da anterior que havia feito, Educação Física: Filosofia e
Teologia.
— Foi ordenado padre em 1994.
— Estourou em 1997, quando lançou o CD Canções para Louvar
ao Senhor, com 3,5 milhões de cópias vendidas.
— Em 2000, reuniu uma multidão, calculada, na época, em mais
de dois milhões de pessoas, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, em uma
grande missa, batizada de Missa da Paz.
Foto dos fiéis que participaram da missa celebrada pelo Padre Marcelo Rossi, em Interlagos, São Paulo. FD.#PÁGINA: 40#EDIÇÃO: 2ªMISSA DO PADRE MARCELO ROSSI NO AUTODROMO DE INTERLAGOS, NO PERIODO DA MANHAPADRE4 S10 02/01/00 MISSA PADRE MARCELO GER MISSA DO PADRE MARCELO ROSSI NO AUTODROMO DE INTERLAGOS, NO PERIODO DA MANHA, QUE INICIOU-SE AS 11:00HS - GERAL DO PUBLICO FOTO SEBASTIAO MOREIRA/AE#PÁGINA:40 Fonte: AE Fotógrafo: SEBASTIÃO MOREIRA
Em Interlagos, multidão para ver o padre, em 2000
Foto: Ver Descrição / Ver Descrição
— Em 2003, estreou no cinema no papel do Anjo Gabriel, no
filme Maria, Mãe do Filho de Deus, visto por mais de 2 milhões de pessoas, com
nomes como Luigi Baricelli e Giovanna Antonelli. No ano seguinte, estrelou
Irmãos de Fé, no papel de um padre que catequiza um menor infrator da Febem
após lhe entregar uma Bíblia.
Cena do filme Maria Mãe do Filho de Deus, de Moacyr Góes, com os atores Luigi Baricelli e
Giovana Antonelli.
Luigi Baricelli em Giovanna Antonelli, em Maria, Mãe de Deus
Foto: Globo Filmes / Divulgação
— Todos os domingos, às 6h, apresenta na Rede Globo o
programa Santa Missa em seu Lar _ no Rio Grande do Sul, o programa não é
exibido.
— Em 2010, lançou seu primeiro livro, Ágape. No mesmo ano,
recebeu do Papa Bento XVI, no Vaticano, o prêmio Van Thuan 2010 - Solidariedade
e Desenvolvimento (Evangelizador Moderno 2010).
— Já lançou 12 CDs e 5 DVDs, que já venderam mais de 12
milhões de cópias.
— Entre os projetos futuros, está a produção do filme Médico
de Homens e Almas, uma biografia do apóstolo São Lucas, e a inauguração do
Santuário Marcelo Rossi, em São Paulo, com capacidade para mais de 100 mil
pessoas.
As últimas homenagens às sete vítimas do grave acidente com o ônibus da Viação Itapemirim na BR-418, próximo a Pedro Versiani, distrito de Teófilo Otoni, na Região do Vale do Mucuri, já são feitas por parentes e amigos. Dois corpos serão enterrados em cidades mineiras. Outras cinco pessoas serão sepultadas em São Paulo. O traslado deve ser realizado ainda nesta sexta-feira.
Uma das vítimas do acidente é o soldado da Polícia Militar (PM) Leonardo Ramos Martins, que estava de carona no ônibus. O corpo dele está sendo velado em uma capela de Teófilo Otoni. O sepultamento está marcado para acontecer no meio da tarde no Cemitério Vale das Flores, na mesma cidade. Já o corpo de Rosimeire Silva de Jesus será sepultado em Carlos Chagas, na mesma região. O em.com.br tentou contato com o cemitério da cidade para saber o horário, mas ninguém foi encontrado.
De acordo com a funerária que ficou responsável pelos corpos, cinco vítimas serão levadas para São Paulo. São elas: Carlos Eduardo Andrade Pires, Mariene Pereira de Souza, Ana Dias de Jesus, Jackson Cleyton Dias Felício e Luiz Gustavo Costa Guerra. As cidades onde acontecerão o velório e o sepultamento não foram informadas.
Veículo caiu em ribanceira de aproximadamente 50 metros
Segundo a Itapemirim, 13 pessoas foram encaminhadas para unidades de saúde da cidade. Do total, cinco receberam alta. O motorista do ônibus é um dos que permanece internado. Outras três pessoas passaram por cirurgia no Hospital Santa Rosália, e o estado de saúde delas era estável. De acordo com a assessoria de imprensa da viação, as vítimas que receberam alta foram encaminhadas para hoteis para depois voltarem para as cidades de origem.
O acidente ocorreu por volta das 16h30. O veículo saiu de Nanuque, na mesma região, e seguiria para São Paulo, com 18 pessoas a bordo. De acordo com os primeiros levantamentos, a ocorrência foi na altura do povoado de Homero Barbosa, próximo ao Distrito de Pedro Versiani. O veículo passou direto numa curva e caiu na ribanceira, de uma altura de 50 metros. Testemunhas disseram que o ônibus capotou por quatro vezes até chegar ao fundo do abismo.
A Viação Itapemirim, por meio de nota, lamentou o acidente. “Já estão no local funcionários da empresa dando total apoio aos parentes dos passageiros da linha Nanuque x São Paulo (13h)”, disse. A empresa disponibilizou um telefone exclusivo para os familiares das vítimas que funciona 24h por dia.
Corpos de vítimas de acidente de ônibus em Teófilo Otoni começam a ser sepultados - Gerais - Estado de Minas
TEÓFILO OTONI-MG - Policiais militares sofrem acidente durante ocorrência no Bairro Bela Vista
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