Um
investigador da Polícia Civil foi preso por suspeita de extorquir o
dono de um ferro- velho na região do Barreiro, em Belo Horizonte. O
caso, mantido sob sigilo pela corregedoria da corporação, responsável
pela prisão do acusado, ocorreu no último dia 3. No entanto, acabou
vazando e chegou ao conhecimento da reportagem do Super,
que teve acesso com exclusividade a várias denúncias contra Mário
Lucílio da Silva, incluindo a venda de armas da polícia para criminosos
de alta periculosidade.
Conforme
as investigações, a prisão aconteceu no momento em que ele se
encontrava com o dono do ferro-velho para receber uma quantia em
dinheiro, não revelada. O motivo da extorsão é mantido em segredo porque
pode envolver outras vítimas, segundo informou uma fonte da Polícia
Civil que prefere não ser identificada. Após o flagrante, o investigador
foi levado à Casa do Policial Civil, no bairro Horto, na região Leste
da capital. No local ficam presos policiais envolvidos em "desvio de
conduta".
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Polícia Civil confirmou a prisão e disse que o caso é acompanhado pela corregedoria.
Lotado
na Superintendência da Polícia Civil, Silva é investigador de classe
especial, com quase 28 anos de serviço. Em dezembro, se afastou do
trabalho por problemas de saúde. "Ele estava em uma viatura. Quando
desceu do carro, a sua arma, uma pistola ponto 40, disparou, atingindo o
seu braço, que ficou com vários ferimentos. O curioso é que a arma tem
uma trava de segurança e só dispara se o gatilho for acionado. O tiro
pode ter sido uma estratégia para conseguir um afastamento, diante das
denúncias", suspeita um policial. O "acidente" também virou alvo de
investigação da Superintendência da Polícia Civil.
Fonte
http://noticiadacaserna.blogspot.com/
Investigador está preso na Casa do Policial Civil, na capital mineira
Venda de armas para criminosos
O
episódio do disparo "acidental" ocorreu pouco tempo após Mário Lucílio
da Silva ser apontado em uma investigação como responsável por vender
para Ermínio Gomes de Souza duas armas da Polícia Civil. Segundo a
polícia, Ermínio Souza fornecia armas e munições para uma quadrilha
acusada de tráfico de drogas e assassinatos na região metropolitana de
Belo Horizonte.
Na
negociação, foram vendidas uma carabina calibre ponto 40 e uma
sub-metralhadora HK calibre 9 milímetros. O valor da transação teria
sido de cerca de R$ 15 mil para cada arma. Além disso, também foram
vendidos um colete a prova de balas da corporação e carregadores de
munição.
Todo
o armamento foi recuperado pouco tempo depois, durante uma operação da
Polícia Civil que desarticulou a quadrilha de Ermínio Souza.
"Durante
o depoimento, o suspeito (Ermímio) disse que as armas foram negociadas
com o policial", garantiu uma outra fonte da Polícia Civil, que também
pediu para não ter o nome revelado.
Pelo jeito parece que a policia virou
sócia do meu blog...
Nenhum comentário:
Postar um comentário