Rogério Alkimim (PMN) é investigado pela Polícia Civil por outras acusações, como nepotismo e peculato;
As suspeitas sobre Alkimim incluem, ainda, o uso de carros oficiais da Câmara para viagens pelo interior mineiro e o destacamento de funcionários do gabinete para realizar atividades da organização não-governamental (ONG) ligada ao vereador. No ano passado, o vereador chegou a indicar a ONG, batizada Raio de Luz, para receber emenda solicitada por seu mandato. A verba, no entanto, não chegou a ser paga.
O caso foi revelado na última semana pela "Rádio Itatiaia". A apuração da Polícia Civil, porém, corre em segredo judicial. O inquérito é conduzido pelo Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes (Decof)
"Outras informações serão repassadas após a conclusão do procedimento de polícia judiciária, que segue em andamento", informou a corporação, ao Estado de Minas.
'Funcionários-fantasma'
A denúncia enviada por Mariel Marra lista, ainda, supostos "funcionários-fantasma" do gabinete de Alkimim. Os citados, embora nomeados como servidores do mandato, não dariam expediente na Câmara de BH. Segundo as peças de cassação, o vereador quebrou o decoro necessário aos parlamentares.
"Diante dos fatos narrados nesta Representação, mesmo que haja entendimento diverso nesta Câmara Municipal, não há como negar que as condutas do Representado [Alkimim] violam patentemente a honra coletiva e a dignidade da Câmara Municipal de Belo Horizonte, trazendo desprestígio aos membros desta casa legislativa, razão pela qual deve o Representado deve ser julgado pelos seus pares, conforme prevê o Decreto-Lei 201/67, o Regimento Interno da Câmara Municipal de Belo Horizonte juntamente com a Lei Orgânica Municipal", lê-se em trecho da denúncia de Marra, famoso por peticionar solicitações de impeachment.
"É flagrante a quebra de decoro parlamentar pelo denunciado, acusado de praticar nepotismo, rachadinha e falsidade ideológica, além de usar de forma indevida e ilegal bens públicos em benefício próprio, empregar funcionários fantasma em seu gabinete e tentar indecentemente favorecer a própria ONG por meio de emenda parlamentar".
Procuradoria analisa pedidos de cassação
Segundo a Câmara Municipal, os documentos contra Alkimim estão sob o guarda-chuva da Procuradoria do Legislativo. Depois, os pedidos serão analisados. Para prosperar, as uma das reivindicações precisa ser analisada por uma comissão especial e, depois, votada em plenário.
O EM procurou Rogério Alkimim por meio de mensagens e ligação telefônica. Em um dos contatos, um homem que se identificou como assessor do vereador atendeu e prometeu que Alkimim retornaria para se posicionar. O espaço para manifestação dele segue aberto. Em 2020, Alkimim recebeu pouco mais de seis mil votos. Ele é pré-candidato a deputado estadual.
STF arquiva pedido de Zambelli para que Lula
não se aproxime do Congresso
Ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal)Imagem: Nelson Jr/STF
O ministro
Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo
Tribunal Federal), arquivou
um pedido da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para que o
ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) seja impedido de se aproximar do
Congresso Nacional, em Brasília. O magistrado entendeu que "não há
elementos probatórios suficientes" para atender ao pedido.
"Diante de tal panorama,
outra conclusão não remanesce, como se vê, senão a de que não há elementos
probatórios suficientes (justa causa) para autorizar a deflagração da
persecução criminal", decidiu.
A solicitação em caráter de urgência foi enviada pela deputada bolsonarista no início de abril. Zambelli também pediu a adoção da medida cautelar para que o petista mantivesse uma distância mínima de 300 metros de qualquer deputado ou senador.
A
representação da deputada foi endossada por mais nove políticos da base de
apoio do presidente Jair
Bolsonaro (PL). O pedido foi uma resposta a um discurso em
que Lula incentivou apoiadores a irem até a casa de parlamentares para
"incomodar a tranquilidade" deles.
"Lula incitou seus aliados a
mapearem a residência dos parlamentares, inclusive indicando que as abordagens
devem ser direcionadas aos familiares dos agentes políticos", disse a
deputada.
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