SERRANÓPOLIS DE MINAS
Vereador que arrastou mulher pelo pescoço é condenado, mas acaba solto em Minas
Já está em liberdade Adva Avelino da Silva (PSD), de 44 anos, vereador de Serranópolis de Minas, cidade do Norte de Minas, que foi preso em setembro de 2021 depois de amarrar a mulher pelo pescoço em um tronco e arrastá-la por 20 metros com uma corda. A informação foi confirmada nesta terça-feira (19) pelo advogado do político, que foi inocentado do crime de tentativa de feminicídio pelo Tribunal do Júri de Porteirinha, na segunda-feira (18).
Apesar da não condenação pelo crime mais grave - que tem pena de 8 anos de reclusão -, o parlamentar acabou condenado a 4 anos de prisão por lesão corporal e 1 ano por ameaça. O juiz Rodrigo Di Gioia Colosimo determinou, ainda, que Silva pague uma indenização de R$ 10 mil à vítima, por danos morais, e que ele perca o seu mandato de vereador.
Em entrevista à O TEMPO, o advogado Karom Kaiquy Gomes Amaral, que representou o parlamentar, comemorou o fato de que o conselho de sentença acolheu a tese da defesa e desclassificou para o crime de lesão corporal.
"Nós nos manifestamos no Tribunal e demonstramos que meu cliente não é um feminicida. Embora tenha sido reconhecido no depoimento que nem mesmo a condenação pelo crime de lesão corporal ele merecia. Mas a defesa respeita o veredito do júri", disse.
Ainda segundo o advogado, o alvará de soltura de Silva foi expedido ainda na segunda, sendo que, nesta terça, ele já se encontra em casa e com a família. "O juiz determinou que a Câmara seja cientificada sobre a perda do mandato, mas nós entendemos que a pessoa não pode ser considerada culpada sem o trânsito em julgado", finaliza Amaral.
A reportagem tentou contato com a Câmara de Serranópolis de Minas, mas ninguém foi localizado para comentar a decisão judicial de que o vereador condenado perca o mandato.
RELEMBRE O CASO
No dia 28 de setembro do ano passado, o vereador foi preso pela Polícia Civil (PC) pela tentativa de feminicídio contra a companheira, de 37 anos. A vítima denunciou que o homem teria usado uma corda para amarrará-la pelo pescoço em um tronco de uma árvore e, depois, a arrastando por mais de 20 metros no terreno da casa.
Na ocasião, o delegado André Brandão, da Delegacia de Porteirinha, conversou com a reportagem e contou que a vítima relatou em seu depoimento que o crime foi cometido por ciúmes, sendo que o vereador quebrou o celular dela antes da tentativa de feminicídio.
"Ele a 'proibiu' de usar a rede social Facebook e, como ela não obedeceu, ele a amarrou com uma corda em uma pedaço de pau, pelo pescoço, e a arrastou pelo terreno. Isso deixou várias marcas no pescoço e arranhões nas costas da vítima", detalhou o policial.
Ainda conforme o delegado, a vítima disse que o homem tentava matá-la, mas ela conseguiu se soltar e fugiu. "Ele foi preso também por cárcere privado, já que ele a estava impedindo de sair de casa, para evitar que terceiros a ajudassem caso vissem as marcas da agressão", completou Brandão.
A tentativa de feminicídio aconteceu cinco dias antes da detenção, na casa onde ele vivia com a mulher, com quem tem três filhos de 21, 14 e 3 anos, na zona rural de Serranópolis de Minas. Em vídeo, disponibilizado pelo blog local Boneka Jaíba, a mulher conta como foi o crime. Confira:
A polícia levou quatro dias para conseguir localizar a prender o vereador, que fugiu e se escondeu em uma fazenda na zona rural de Porteirinha, local que seria a casa de uma suposta amante dele. Foram apreendidos mais de R$ 10 mil que seriam utilizados na fuga.
Governador Ronaldo Caiado é vaiado durante evento com
Bolsonaro em Goiás
Ao final, Caiado disse que continuará "devolvendo Goiás
aos goianos e o Brasil aos brasileiros"
Ingrid Soares - Correio Braziliense
20/04/2022 14:46 - atualizado 20/04/2022 16:15
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Evento com Jair Bolsonaro e Ronaldo Caiado
Presidente Jair Bolaosnaro defendeu seu aliado e governador
de Goiás, Ronaldo Caiado, alvo de vaias
(foto: Reprodução / TV Brasil)
O governador de Goiás Ronaldo Caiado (União Brasil) foi
vaiado nesta quarta-feira (20/4) durante um evento de regularização fundiária
de entrega de títulos de terra em Rio Verde (GO) que contou com a presença do
presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao discursar, o governador foi ainda mais vaiado ao som de
"Fora, Caiado" e interrompido em vários momentos.
"Queria pedir ao presidente para informar aos
desinformados que, em 1989, ninguém tinha coragem de ser candidato a presidente
para defender produtor rural. Na primeira eleição, foi Ronaldo Caiado que saiu
presidente da República, foi Ronaldo Caiado quem foi pra frente da luta
enfrentar as esquerdas do Brasil, levar o nome de quem trabalha e quem
produz", alegou.
Ao final, Caiado disse que continuará "devolvendo Goiás
aos goianos e o Brasil aos brasileiros". Já Bolsonaro, defendeu o aliado.
"Nós não somos como a esquerda que esconde fatos e fotos. Nós mostramos a realidade. A primeira vez que vi Caiado eu estava na escadaria da Câmara e vi uma barulheira enorme na frente. Ele estava num pequeno carro de som de um cidadão que estava sendo vaiado, disputando a presidência da República. Entre nós aqui nós sabemos quem é o inimigo da nação, o inimigo da nação não veste verde e amarelo, veste vermelho. E tem na sua bandeira uma foice e um martelo", disse.
Apoiadores, então, entoaram gritos de "Lula, ladrão,
seu lugar é na prisão".
O prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale, fez aceno semelhante
ao do presidente. "O nosso inimigo, presidente, não está desse lado da
trincheira, não. Nós temos que mirar nossas armas pro outro lado da trincheira,
onde que os vermelhinhos estão lá doidos pra tomar o país de novo. Não vamos
deixar, não", concluiu.
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