Jair Bolsonaro demonstrou completa ausência de limites em sua live transmitida pelo Facebook. Ele insinuou a uma menina de 10 anos que ela teria feito a iniciação sexual com 6: ela diz: ‘eu comecei cedo’ e ele: ‘começou cedo? Começou cedo o quê?’, caindo na risada e deixando a conotação sexista evidente pelo contexto do diálogo (assista o vídeo)
Ao lado de uma youtuber mirim, o presidente Jair Bolsonaro fez piadas sobre gordos e misoginia. Ele também incentivou o trabalho infantil e insinuou que a menina presente teria começado sua iniciação sexual aos 6 anos.
A reportagem do portal Uol destaca que “Bolsonaro conversava com Esther, de 10 anos, menina que se autointitula “repórter e apresentadora” e que já havia entrevistado o chefe do Executivo em outras duas ocasiões.”
A matéria ainda acrescenta que “Bolsonaro também falou sobre quando fora acusado de ser misógino e admitiu que, na primeira vez que ouviu o termo —que significa horror ou aversão às mulheres—, pediu a um assessor para pesquisar na internet.”
Bolsonaro voltou a defender o trabalho infantil, numa demonstração de pouca empatia para os direitos sociais garantidos pela Constituição.
“Tem uma história que não apurei se é verdade ou falsa, mas tá na internet. […] Um garoto com caixa de engraxar, ele foi no relojoeiro para comprar 1 presente para o pai. O relojoeiro deu pra ele, devolveu o dinheiro, e parece que alguém do Ministério do Trabalho notificou o dono dizendo que estava fazendo apologia ao trabalho”, disse.
“Deixa o moleque trabalhar. Eu trabalhei, aprendi a dirigir com 12 anos. Molecada quer trabalhar, trabalha. Hoje, se está na Cracolândia [em São Paulo], ninguém faz nada com o moleque”, acrescentou.
Bolsonaro fez referência ao caso de um menino de Catalão, em Goiás, que foi comprar um relógio de presente de Dia dos Pais para o tio, que ele considera como pai. O dono decidiu não cobrar pelo relógio e disse ao menino que continuasse trabalhando. “Deus tem projeto na sua vida, que Deus vai te fazer 1 grande homem e que o trabalho dignifica”, falou o dono, que depois foi convocado pelo Ministério Público do Trabalho a prestar esclarecimentos.
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