Os 12 agentes da Rocam vão ser levados à audiência de custódia neste domingo
waldick@acritica.com
25/12/2022 às 11:43.
Atualizado em 25/12/2022 às 11:53
Doze homens escoltados por policiais militares da Rocam foram conduzidos para a sede da Delegacia Especialziada em Homicídios e Sequestros (Foto: Gilson Mello)
Suspeitos de uma chacina que deixou quatro mortos, 12
policiais militares da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) serão levados
hoje (25), às 14h, no Fórum Henoch Reis, para audiência de custódia que irá
avaliar um pedido de prisão temporária feito pela Polícia Civil do Amazonas
(PC-AM). Desde ontem (24), os agentes estão detidos em um Batalhão da Polícia
Militar, em Manaus.
Os nomes dos policiais militares investigados têm sido
mantidos em sigilo, mas A CRÍTICA apurou as identidades na decisão judicial que
determinou as prisões. São eles: Anderson Pereira de Souza; Charlys Mayzanyel
da Ressurreicao Braga; Charly Mota Fernandes; Diego Bentes Bruce; Dionathan
Sarailton de Oliveira Costa; Jose Vandro Carioca Franco; Jonan Costa de Sena;
Marcos Miller Jordão dos Santos; Maykon Horara Feitoza Monteiro; Stanrley
Ferreira Cavalcante; Tharle Coelho Mendes; e Weverton Lucas Souza de Oliveira.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), o pedido
de prisão foi feito em menos de 72h após a chacina. “Conforme determina a
legislação penal brasileira, em 24h [após a prisão] os militares serão
encaminhados para a audiência de custódia, onde ficarão à disposição da
Justiça”, diz nota divulgada neste sábado.
Ainda segundo a SSP-AM, a Justiça também acatou os pedidos
de busca e apreensão contra os suspeitos, feitos pela Polícia Civil.
Procedimento
Para A CRÍTICA, o advogado dos 12 policiais militares,
Leonardo Marques, ressaltou que o procedimento é comum após prisões. “Só vai
ser averiguado se eles sofreram algum abuso de autoridade, alguma agressão, e
serão encaminhados de volta para o Batalhão. Mas eles não sofreram nenhuma
agressão, desde já. Não teve abuso por parte dos policiais civis”, disse.
Ele acrescenta ainda que entrou, ontem, com um pedido de
habeas corpus na Justiça do Amazonas, visando conseguir a soltura dos
policiais. “Vamos ter um retorno a
partir das 14h de hoje, quando começa o expediente do plantão judiciário”.
Assassinato
Os agentes são investigados pelo assassinato dos irmãos
Diego Máximo Gemaque e Lilian Daiane Máximo Gemaque, que tinham 33 e 31 anos,
respectivamente, e o casal Alexandre do Nascimento Melo e Valéria Luciana
Pacheco da Silva, de 29 e 22 anos. O crime aconteceu no dia 21 de dezembro e o
carro em que as vítimas estavam, um Ônix Branco, foi encontrado em um ramal na
rodovia estadual AM-010.
“Só quero ver se nessa audiência [os suspeitos] vão ser
liberados para responder em liberdade. Aí eu vou ver um absurdo acontecer aqui
na nossa cidade”, afirmou para A CRÍTICA o sargento da Polícia Militar
Alessandro Silva, pai de Alexandre, uma das vítimas.
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