terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Decisão judicial traz os nomes dos policiais acusados de participação em chacina em Manaus

Os 12 agentes da Rocam vão ser levados à audiência de custódia neste domingo

 Waldick Júnior e Natasha Pinto

waldick@acritica.com

25/12/2022 às 11:43.

Atualizado em 25/12/2022 às 11:53

Doze homens escoltados por policiais militares da Rocam foram conduzidos para a sede da Delegacia Especialziada em Homicídios e Sequestros (Foto: Gilson Mello)

 

Suspeitos de uma chacina que deixou quatro mortos, 12 policiais militares da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) serão levados hoje (25), às 14h, no Fórum Henoch Reis, para audiência de custódia que irá avaliar um pedido de prisão temporária feito pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM). Desde ontem (24), os agentes estão detidos em um Batalhão da Polícia Militar, em Manaus.

 

Os nomes dos policiais militares investigados têm sido mantidos em sigilo, mas A CRÍTICA apurou as identidades na decisão judicial que determinou as prisões. São eles: Anderson Pereira de Souza; Charlys Mayzanyel da Ressurreicao Braga; Charly Mota Fernandes; Diego Bentes Bruce; Dionathan Sarailton de Oliveira Costa; Jose Vandro Carioca Franco; Jonan Costa de Sena; Marcos Miller Jordão dos Santos; Maykon Horara Feitoza Monteiro; Stanrley Ferreira Cavalcante; Tharle Coelho Mendes; e Weverton Lucas Souza de Oliveira.

 

 

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), o pedido de prisão foi feito em menos de 72h após a chacina. “Conforme determina a legislação penal brasileira, em 24h [após a prisão] os militares serão encaminhados para a audiência de custódia, onde ficarão à disposição da Justiça”, diz nota divulgada neste sábado.

 

Ainda segundo a SSP-AM, a Justiça também acatou os pedidos de busca e apreensão contra os suspeitos, feitos pela Polícia Civil.

 

Procedimento

 

Para A CRÍTICA, o advogado dos 12 policiais militares, Leonardo Marques, ressaltou que o procedimento é comum após prisões. “Só vai ser averiguado se eles sofreram algum abuso de autoridade, alguma agressão, e serão encaminhados de volta para o Batalhão. Mas eles não sofreram nenhuma agressão, desde já. Não teve abuso por parte dos policiais civis”, disse.

 

Ele acrescenta ainda que entrou, ontem, com um pedido de habeas corpus na Justiça do Amazonas, visando conseguir a soltura dos policiais.  “Vamos ter um retorno a partir das 14h de hoje, quando começa o expediente do plantão judiciário”.

 

Assassinato

 

Os agentes são investigados pelo assassinato dos irmãos Diego Máximo Gemaque e Lilian Daiane Máximo Gemaque, que tinham 33 e 31 anos, respectivamente, e o casal Alexandre do Nascimento Melo e Valéria Luciana Pacheco da Silva, de 29 e 22 anos. O crime aconteceu no dia 21 de dezembro e o carro em que as vítimas estavam, um Ônix Branco, foi encontrado em um ramal na rodovia estadual AM-010.

 

“Só quero ver se nessa audiência [os suspeitos] vão ser liberados para responder em liberdade. Aí eu vou ver um absurdo acontecer aqui na nossa cidade”, afirmou para A CRÍTICA o sargento da Polícia Militar Alessandro Silva, pai de Alexandre, uma das vítimas.

https://www.acritica.com/policia/decis-o-judicial-traz-os-nomes-dos-policiais-suspeitos-por-chacina-em-manaus-1.289929


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