Após o crime, os suspeitos fugiram em uma caminhonete (Crédito: Reprodução)
22/04/2024 - 11:28
Dois idosos foram mortos a tiros e um padre ficou ferido após uma mãe e um filho invadirem uma casa e dispararem contra as vitimas no bairro Alvorada, em Peixoto de Azevedo (MT), cidade que fica a cerca de 673 quilômetros de Cuiabá, durante a tarde deste domingo, 21. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento do crime.
Confira as gravações:
No vídeo, é possível perceber o momento em que as pessoas estão reunidas em uma mesa quando se assustam ao notarem os tiros. Após alguns disparos, a mulher, vestida de azul, entra na residência com um revólver e atinge um homem que está no chão. Depois disso, ela sai do imóvel acompanhada por um suspeito, também armado, vestido de branco. Os dois entram em uma caminhonete e fogem.
Em contato com a IstoÉ, a Polícia Civil do Mato Grosso informou que os suspeitos chegaram ao local em um veículo, efetuando disparos de forma “indiscriminada” quando entraram na residência, e fugindo posteriormente.
Ainda de acordo com as autoridades, dois idosos, identificados como Pilson Pereira da Silva, de 80 anos, e Rui Luiz Bolgo, de 68, morreram na hora e o padre de Peixoto de Azevedo, que estava no local, foi baleado, mas está hospitalizado. “A Polícia Civil realiza diligência para prender os autores do crime”, declarou a corporação.
As motivações da ação não foram comentadas pela Polícia Civil do Mato Grosso.
PGR denuncia Carla Zambelli e Walter Delgatti por invasão a sistema do CNJTiago Angelo23 de abril de 2024, 14h33
A Procuradoria-Geral da República denunciou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça. Eles teriam atuado para incluir no sistema um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Segundo a denúncia, a invasão também poderia ter levado à soltura de Sandro Silva Rabelo, o “Sandro Louco”, apontado como líder do Comando Vermelho no Mato Grosso. Isso porque foi incluído um alvará de soltura falso, com a assinatura de um juiz da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, a favor de Rabelo.
A denúncia é assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Segundo ele, Zambelli comandou a invasão a sistemas institucionais utilizados pelo Judiciário, como o Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
Ela teria contratado Delgatti, que ficou conhecido por hackear conversas no Telegram de procuradores da autodenominada força-tarefa da “lava jato”. A divulgação das mensagens pelo site The Intercept ficou conhecida como “vaza jato”.
O relator do caso no Supremo é Alexandre. Em um primeiro despacho, o ministro determinou que os investigados apresentem resposta à denúncia no prazo de 15 dias e retirou o sigilo dos autos principais do processo.
Se o ministro aceitar a denúncia, Zambelli e Delgatti se tornarão réus por invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica.
Denúncia
A denúncia tem por base investigação feita pela Polícia Federal. Em depoimento, o hacker afirmou que foi contratado por Zambelli.
“Walter Delgatti, sob o comando de Carla Zambelli, evidentemente sem autorização expressa ou tácita de quem de direito, invadiu o sistema e utilizou a credencial violada de dois funcionários em atividade, bem como criou credencial falsa com privilégios de magistrado”, diz trecho da denúncia.
Ainda segundo o PGR, em 4 de janeiro de 2023, o sistema do BNMP foi invadido e Delgatti incluiu “um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes” também a partir de uma credencial forjada.
Quanto ao alvará em favor do líder do Comando Vermelho no Mato Grosso, diz a denúncia, a peça foi inserida em sistema público e poderia ter “alcançado o efeito da soltura do sentenciado a duas centenas de anos de reclusão”.
A investigação teria encontrado no celular de Zambelli quatro documentos falsos inseridos criminosamente pelo hacker nos sistemas do CNJ.
Um documento falso foi publicado pela imprensa na noite de 4 de janeiro, três horas depois de a deputada recebê-lo do hacker. Ela teria sido a responsável pela divulgação.
Outro lado
Em nota, a defesa de Zambelli negou que ela tenha atuado na invasão dos sistemas do CNJ. Ela é defendida pelos advogados Daniel Bialski, Bruno Garcia Borragine, Daniela Woisky e André Mendonça Bialski.
“A defesa da deputada Carla Zambelli recebeu com surpresa o oferecimento da denúncia em seu desfavor, já que inexiste qualquer prova efetiva que ela tivesse de alguma forma colaborado, instigado e ou incentivado o mitômano Walter Delgatti a praticar as ações que praticou”, diz a nota.
“A narrativa dele, acusando a deputada e terceiras pessoas, foi desmentida pela própria investigação, e a defesa irá exercer sua amplitude para demonstrar que ela não praticou as infrações penais pelas quais foi acusada”, conclui o documento.
Clique aqui para ler a denúncia
Pet 11.626
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