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O escritor Julizar Dantas, da cidade de Nova Módica-MG, foi o grande vencedor do Concurso Literário de abrangência nacional promovido pela Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil em Minas Gerais – AJEB-MG. Na noite do último sábado (26/03/22), seu livro (“Olhares Permitidos”) foi lançado na Casa do Jornalista de Minas Gerais (Av. de Álvares Cabral, centro de Belo Horizonte), com transmissão pelos canais do youtube .com da AJEB-MG e Ajeb-mg.
Na oportunidade, o escritor foi homenageado com medalha e diploma.
Dantas, que é médico cardiologista e escritor nessa área, vence agora com a poesia “Mulher Sertaneja”.
QUEM É JULIZAR DANTAS
O autor de “Mulher Sertaneja” nasceu na Fazenda Estrela do Sul, município de Nova Módica-MG. Cursou Medicina na Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG – e se especializou em Cardiologia. Exerceu a profissão em Belo Horizonte, onde angariou a confiança de grande clientela. Atualmente, o escritor-médico continua residindo na capital, mas está sempre na fazenda em sua cidade natal.
“Aqui, em Belo Horizonte, vive um cardiologista a navegar essa vida oceânica e confiar que, em terra fértil e semente boa, as nossas mãos, corpos e espíritos são só poesia, são poesia só. Aprendi com Pablo Neruda que ‘escrever é fácil; você começa com uma letra maiúscula, e termina com num ponto final. No meio, você coloca as ideias…’” – disse Julizar Dantas. (Fonte e foto: Julizar Dantas)
https://diariodomucuri.com.br/escritor-de-nova-modica-vence-premio-nacional-de-literatura/
STF forma maioria por decisão de Morais sobre tornozeleira
de Silveira
Votação no plenário virtual ocorre após deputado dormir no
gabinete da Câmara dos Deputados para não cumprir ordem judicial
Deborah Hana Cardoso - Correio Braziliense
01/04/2022 21:51
deputado federal Daniel Silveira (União Brasil-RJ)
Ao pedir a aplicação da tornozeleira, o Ministério Público afirmou que, mesmo investigado, Silveira continuou fazendo ataques às instituições e à democracia
(foto: Ed Alves/CB)
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta
sexta-feira (1°/4), em favor da decisão do ministro Alexandre de Moraes sobre a
imposição do uso da tornozeleira no deputado federal Daniel Silveira (União Brasil-RJ).
Sete dos 11 ministros já haviam votado: Dias Toffoli, Carmen Lúcia, Edson
Fachin, Rosa Weber, Gilmar Mendes e Luis Roberto Barroso. Os outros ainda não
votaram. A votação ocorre no plenário virtual.
Em fevereiro de 2021, o deputado atacou o STF e acabou
tornando-se réu no inquérito dos atos antidemocráticos que o ministro Alexandre
de Moraes é relator após ameaçar o Supremo e os ministros. Silveira foi preso e
passou por regime domiciliar, sendo solto novamente mediante as cautelares, mas
ele voltou a fazer ataques e descumpriu as decisões da corte.
Ao pedir a aplicação da tornozeleira, o Ministério Público
afirmou que, mesmo investigado, Silveira continuou fazendo ataques às
instituições e à democracia. O parlamentar dormiu no gabinete dele na Câmara
dos Deputados, no último dia 30, para não ser preso, alegando que aquele era um
ambiente inviolável. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), emitiu uma nota
à imprensa, afirmando que ordens judiciais devem ser cumpridas, mas que a
Câmara é um ambiente inviolável.
Depois de pernoitar no Congresso e ir à um evento no Palácio
do Planalto na manhã de 31 de março, o deputado concordou com o uso do
monitoramento eletrônico após o magistrado instaurar um inquérito por
desobediência, com pagamento de multa de R$ 15 mil por dia pelo descumprimento
da ordem judicial e o congelamento dos bens do deputado.
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Reação no Congresso
No dia em que Silveira se escondeu no gabinete alegando
"que aquele ambiente era inviolável", o Correio ouviu deputados
governistas e de oposição. O líder da bancada evangélica, Sóstenes Cavalvante
(PL-RJ), disse que o judiciário desafia o legislativo. "Nunca se viu essa
afronta de um poder ao outro, ainda mais neste caso em especial. Pelas
garantias constitucionais do parlamento brasileiro, e no caso, em tese, do
deputado Daniel Silveira. Entendo que a decisão do ministro Alexandre de Morais
é antidemocrática e sem respaldo legal, um processo cheio de vícios,
fragilizando nossa democracia", disse. Sóstenes ainda criticou Lira.
"O que me assusta é a incapacidade da presidência da Câmara na figura do
seu presidente. A nota do Lira não resolve o problema e precisa autorizar seu
vice-presidente, já que não está essa semana em Brasília, pautar o requerimento
no plenário", afirmou.
O líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), apontou que o
problema é a falta de funcionamento do Conselho de Ética para resolver o
imbróglio. "Eu tenho defendido que o Conselho de Ética tem que voltar a
funcionar. Tem que voltar aos trabalhos presenciais. No caso do Daniel, o
Conselho de Ética tem que julgar o processo dele e não cabe levar ao plenário
se confirma ou não o que o Supremo está propondo. Já autorizamos o Supremo e
ele descumpriu a execução penal. O presidente Lira foi correto na nota, mas
precisa botar a Comissão de Ética para funcionar", disse Lopes.
Rui Falcão (PT-SP) endossou o líder petista. "Há uma
decisão do conselho de ética. Há um retardo na decisão no Conselho de Ética
como a suspensão de seis meses do mandato e por isso ele está aqui. O
judiciário tem o papel dele e a casa não tem a ver com ele. Para livrar-se
dessa decisão, suspende o mandato", disse.
Especialistas
Carlos Abrão, advogado e professor de direito constitucional
e internacional, explicou que o mandato parlamentar é inviolável, pois um
congressista precisa ter a liberdade de atacar e defender governos e decisões.
"Isso não é absoluto. A liberdade de expressão dos parlamentares é
restrita à Constituição", disse. "Isso vale para partidos que
precisam ter em seu estatuto a defesa do estado democrático de direito. Ou
seja, defender o AI-5 é vedado pela Constituição", explicou.
O professor deixa claro que Silveira não teceu críticas ao
Supremo, mas ultrapassou limites. "O STF foi vítima de ataques ou seja, a
Corte então, não poderia ser relatora deste inquérito?", questionou. Abrão
argumenta que a maioria no Supremo hoje em endosso a decisão de Morais é um ato
de defesa ao poder judiciário.
O professor de direito constitucional da Universidade de São
Paulo (USP), Elival Ramos, já havia explicado ao Correio que não há previsão
para um deputado se hospedar no plenário da Câmara. "O deputado disse em
entrevista que o plenário é um reduto de soberania e isso não existe no estado
democrático de direito. Imagina um crime sob flagrante a polícia competente não
poder entrar no plenário para prender alguém que cometeu um crime porque é parlamentar?
Não há áreas inexpugnáveis na República", disse.
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