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quinta-feira, 7 de dezembro de 2023
PM agride esposa com socos no rosto e a mata com tiros após discussão em carro em SP
O caso ocorreu no bairro de Perus, no domingo (3), e foi registrado na 4ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM); o policial passará por audiência de custódia nesta terça-feira (4)
Por:Ricardo Parra
4 dez2023
Um policial militar (PM) de folga e a paisana deu cinco
socos no rosto da esposa e depois sacou a arma e atirou três vezes nela após
discutirem no carro, na Zona Norte de São Paulo. O soldado Thiago Cezar de Lima
foi preso em flagrante pela Polícia Militar (PM) pelo assassinato de Erika
Satelis Ferreira de Lima. Ela foi atingida por dois dos disparos.
O caso foi registrado no domingo (3) como feminicídio na 4ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) Norte. Thiago foi levado para o Presídio Romão Gomes, da PM, que fica na região. Ele tem 36 anos. Erika tinha 33 anos e estava casada havia seis meses com o policial militar. Ela deixa duas filhas de um relacionamento anterior.
Nas imagens, gravadas por uma câmera de segurança de um imóvel é possível ver o carro parado na Rua Bananalzinho, em Perus. As cenas, que circulam nas redes sociais, estão sob análise da Polícia Civil, que investiga o caso.
Em seguida, Erika abre a porta da posição de motorista, dá a volta no veículo e abre a porta traseira. No banco de trás está o então marido Thiago. Ela tenta tirá-lo de lá, mas não tem êxito. Ambos saem do automóvel e começam a discutir do lado de fora.
Thiago aparece dando uma série de socos no rosto de Erika. Em seguida ele dá tiros nela. A mulher cambaleia e bate a cabeça no porta-malas, caindo no chão. O soldado entra no carro e acelera o veículo, mas depois retorna e a arrasta até o veículo. Enquanto isso, moradores saem das suas casas para saber o que aconteceu na rua. E acompanham toda a ação.
O homem levou a vítima até o Pronto-Socorro de Taipas, onde a morte dela foi confirmada. Segundo o boletim de ocorrência do caso ele confessou ter atirado na esposa após discussão. Ele alegou que ela havia tentado pegar sua arma e por isso disparou contra a esposa, mas as imagens gravadas não dão suporte à narrativa do PM.
A pistola Glock calibre .40 do policial militar foi apreendida para perícia. A Corregedoria da PM foi acionada para apurar a conduta de Thiago. Ele também responderá criminalmente na Polícia Civil. O soldado passará por audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (4). A Justiça decidirá se Thiago continuará preso ou se responderá o crime em liberdade.
Ex-senador Telmário Mota, preso por mandar matar mãe da própria filha, é transferido para Roraima
Telmário Mota estava preso em Goiás desde o dia 30 de outubro. Em Boa Vista, ele foi levado à Cadeia Pública. Apontado como mandante da morte de Antônia Araújo, ele também é investigado por suspeita de estuprar a própria filha.
Por Caíque Rodrigues, g1 RR e Rede Amazônica — Boa Vista
Ex-senador Telmário Mota, preso suspeito de mandar matar a mãe da própria filha em Roraima — Foto: Reprodução
O ex-senador Telmário Mota, preso por suspeita de ter
mandado matar a mãe da própria filha, chegou a Roraima e foi levado na
madrugada desta quinta-feira (7) para a Cadeia Pública de Boa Vista. A Rede
Amazônica teve acesso a uma foto em que Mota aparece com a cabeça raspada e
vestido com o uniforme laranja tipicamente usado por detentos do sistema
prisional do estado.
Suspeito de ser o mandante do assassinado de Antônia Araújo
de Sousa, de 52 anos, mãe da filha do ex-senador, Telmário estava preso em
Goiás desde o dia 30 de outubro. Ele se diz inocente e a defesa classificou a
prisão como "desproporcional". Além da prisão pela mãe da filha, ele
também está preso por suspeita de estuprar a própria filha.
A Rede Amazônica apurou que o ex-senador chegou na Cadeia Pública por volta das 3h desta quinta. A Secretaria de Justiça de Roraima (Sejuc) informou que a transferência se deu por se tratar de prisão temporária, pelo prazo de 30 dias, podendo ser prorrogada.
Disse ainda que o recambiamento de Goiás foi realizado pela Polícia Penal de Roraima, por meio da Divisão de Segurança e Captura.
A reportagem também procurou a defesa do ex-senador e perguntou se há o interesse em se posicionar sobre a transferência mas não recebeu resposta até a última atualização dessa reportagem.
Antônia foi assassinada com um tiro na cabeça no dia 29 de
setembro deste ano, quando saía de casa para trabalhar, por volta das 6h30, no
bairro Senador Hélio Campos, zona Oeste de Boa Vista, capital de Roraima.
A vítima era uma das principais testemunhas sobre as
investigações que envolviam uma acusação de estupro contra o ex-senador,
segundo a Justiça. A denúncia foi feita pela filha dele, em 2022. Ela foi
assassinada três dias antes de uma audiência sobre o caso.
SAIBA MAIS:
Saiba quem são os envolvidos na morte da mãe da filha do
ex-senador Telmário Mota
Ex-senador Telmário Mota é preso em Goiás
Saiba quem é Telmário Mota, ex-senador investigado por
mandar matar a mãe de sua filha
Sobrinho de Mota também está preso
No dia 8 de novembro, o sobrinho dele Harrison Nei Correa
Mota, conhecido como "Ney Mentira", de 49 anos, se entregou para a
Polícia Civil. Ele, de acordo com as investigações da Polícia Civil, foi o
responsável pela responsável pela execução do crime.
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VÍDEO: Veja momento em que ex-senador Telmário Mota sai de delegacia em Goiás
Em interrogatório, que durou cerca de 3h, ele negou ter participado do crime. Em seguida, o suspeito foi conduzido para o Instituto de Medicina Legal (IML), onde passou por exame de integridade física.
Ney Mentira era considerado foragido desde o dia 30 de
outubro, quando foi deflagrada a operação "Caçada Real". Na
terça-feira (7), a Polícia Civil havia pedido ajuda da população para
localizá-lo.
Segundo investigação da Delegacia Geral de Homicídios (DGH),
Ney Mentira recebeu ordens do tio para cuidar de tudo que levaria ao
assassinato de Antônia. Essas ordens teriam sido repassas durante uma reunião
na fazenda Caçada Real, propriedade do ex-senador onde a Polícia Civil fez
buscas. O suspeito era comissionado no governo, mas foi exonerado após
operação.
Até agora, são investigados no crime, segundo a Polícia Civil:
Telmário Mota, ex-senador, preso em Goiás, suspeito de ser o mandante;
Harrison Nei Correa Mota, conhecido como "Ney Mentira", suspeito de receber a ordem de Telmário para cuidar dos trâmites levariam à morte de Antônia;
Assessora de Telmário, Cleidiane Gomes da Costa, investigada por monitorar a rotina da vítima e dar apoio no crime;
Leandro Luz da Conceição, suspeito de dar o tiro que matou Antônia.
Operação 'Caçada Real'
Fazenda Caçada Real, de Telmário Mota, onde ex-senador teria planejado crime contra a mãe da filha — Foto: Polícia Civil/Divulgação
As circunstâncias que levaram à morte de Antônia foram
reveladas pela Polícia Civil por meio da operação Caçada Real, deflagrada para
prender os suspeitos Telmário Mota, Ney Mentira e Leandro Luz, apontado como o
atirador que tirou a vida da vítima - ele foi preso. Antônia era mãe de uma
filha do ex-senador que o acusou de estupro em 2022.
A vítima foi assassinada três dias antes de depor sobre o
caso do estupro da filha. Para a Polícia Civil, como o depoimento dela seria
crucial na investigação contra Telmário, isso pode ter motivado o crime.
Uma assessora de Telmário também é investigada. No caso
dela, a Justiça determinou que ela seja monitorada por tornozeleira eletrônica
no curso das investigações e aplicou outras medidas cautelares. Ela é suspeita
de monitorar Antônia antes do crime e repassar informações ao ex- senador.
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