Presidente americano Joe Biden confirmou troca nesta quarta-feira. Venezuelano libertado é apontado como laranja de Maduro.
Alex Saab, aliado de Maduro, desembarca em Caracas nesta quarta — Foto: Governo da Venezuela
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quarta-feira (20) a libertação de um preso venezuelano —em troca, a Venezuela libertou 10 americanos. O acerto foi feito entre os dois governos.
Alex Saab, o venezuelano libertado, é um aliado importante do presidente Nicolás Maduro —e apontado por críticos como um "laranja" dele. Ele foi preso nos Estados Unidos por lavagem de dinheiro em 2020. Ele desembarcou em Caracas, capital da Venezuela, na tarde desta quarta.
O acordo representa a iniciativa mais audaciosa do governo
dos EUA para melhorar as relações com a Venezuela e obter concessões de Maduro.
Pôster em Caracas de Alex Saab, aliado de Maduro que havia sido preso nos Estados Unidos — Foto: Ariana Cubillos/AP
A libertação de prisioneiros americanos —a maior da história da Venezuela— ocorre semanas depois que a administração Biden concordou em suspender algumas sanções, após um compromisso de Maduro e oposição de trabalhar para condições livres e justas para as eleições presidenciais de 2024 na Venezuela.
A prisão de Saab pelos EUA havia sido considerada na época um troféu por Washington. Autoridades dos EUA afirmaram à Associated Press que a decisão de conceder clemência a ele foi difícil, mas essencial para trazer de volta os americanos presos.
Dos 10 americanos que estavam detidos na Venezuela, em seis
a administração Biden tratava como prisões injustas.
O governo da Venezuela descreveu Saab como "uma vítima" de "detenção ilegal" e caracterizou sua libertação como um "símbolo de vitória" alcançado através da "diplomacia pacífica" do país. O governo, em comunicado, instou os EUA a removerem todas as sanções contra a Venezuela.
O acordo também resultará na extradição de Leonard Glenn
Francis, o proprietário malaio de uma empresa de serviços de navios no Sudeste
Asiático que é o personagem central de um dos maiores escândalos de suborno na
história do Pentágono.
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