Deputado, um dos que acusou Flávio Dino de entrar na favela
da Maré sob proteção do crime organizado, revelou em podcast que tinha a
permissão do tráfico para atuar em comunidades
O deputado federal Nikolas Ferreira. Foto: Bruno
Spada/Câmara dos Deputados
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) teve sua hipocrisia exposta. Desde março deste ano, quando Flávio Dino participou de uma atividade política na favela da Maré, no Rio de Janeiro, que o deputado federal bolsonarista sugere que o ministro da Justiça teria relações com o crime organizado, já que teria entrado na comunidade, segundo ele, sem escola de seguranças - uma mentira.
Há 2 anos, entretanto, Nikolas Ferreira revelou que ele mesmo e seu pai, que é pastor evangélico, já se reuniram com traficantes armados quando ele era criança e que tinhm permissão do tráfico para realizar atividades ligadas à sua igreja em comunidades de Belo Horizonte.
A declaração foi feita ao podcast "PODCRER", em julho de 2021, e resgatada nesta quinta-feira (30) por Vinicios Betiol, escritor e mestre em geopolítica que pesquisa a extrema direita nas redes sociais.
"Lá na igreja a gente recebeu diversos traficantes. Então, a gente tinha um projeto, a gente ia para rua e fazia o culto. Então, tinha momentos que a gente tinha que pedir permissão para o próprio dono lá, o cara armado... Eles colocavam uns tocos de madeira. Eu lembro, tinha 6 anos de idade. Tinha uns tocos de madeira na rua, meu pai conversando, eles tiravam, deixavam os carros entrar, só a gente", disparou o bolsonarista.
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