Paola Carosella chegou aos trends topics do Twitter após declaração contra bolsonaristas em podcastImagem: Reprodução Instagram
Nesta terça (24), enquanto uma enxurrada repentina de avaliações fez a nota do restaurante Arturito, da chef Paola Carossella, despencar para 1.6 no Google, a casa localizada em Pinheiros (São Paulo) estava lotada em pleno almoço de dia de semana.
A fila de espera para uma mesa de duas pessoas chegava a 40 minutos às 12h30 e as reservas para sexta, sábado e domingo já estavam esgotadas. O boicote que levou o estabelecimento aos assuntos mais comentados do Twitter permaneceu no mundo virtual.
Entenda o caso
Embora a cozinheira tenha dito em setembro de 2020 que não
entraria mais em polêmica, uma declaração feita em entrevista recente para o
podcast Diacast provocou agitação nas redes sociais:
É muito difícil se relacionar com quem apoia Bolsonaro por dois motivos: porque é escroto ou é burro", disse a argentina naturalizada brasileira.
Desde então, grupos bolsonaristas se organizaram para desmoralizar o restaurante da chef, que já foi premiado como a melhor de cozinha variada da cidade por publicação especializada e é listado pelo prestigiado Guia Michelin como um Bib Gourmand (local de bom custo-benefício).
Até o momento, 47.744 comentários foram registrados no Google. Muitos deles apresentam opiniões como "quem lacra não lucra" e difamam a casa: "tem comida com mosca morta boiando".
Outros têm teor xenofóbico, o que configura um crime de ódio pela legislação penal brasileira.
Manifestações políticas
Sócia também da rede de empanadas La Guapa e à frente do canal de YouTube Nossa Cozinha, Paola Carosella reclamou em março da alta dos preços dos alimentos.
A cozinheira, que defende o acesso à comida saudável sem agrotóxicos e a agricultura familiar e critica o agronegócio e a monocultura, afirmou em tom de brincadeira para os seus seguidores que não adianta eles ficarem bravos se os ingredientes das receitas que ela ensina estão caros.
"A cenoura está cara, o arroz está caro, o feijão tá caro, a comida boa está cara! (...) Lembra que eu te falei que tudo é política? Então, não vem reclamar aqui, não. Eu vou continuar tentando ensinar a cozinhar no meu canal e para isso preciso de ingredientes. E não vou te ensinar a fazer bolo de soja com milho e algodão".
Se você quer comida de verdade acessível pro povo, reclama nas urnas".
Membro de grupo neonazista que ofendeu influencer é
identificado em MG
Edmar Alteff Xavier, de 25 anos, fez parte de uma ação que
colocou Carol Inácio, de 26 anos, dentro de grupos preconceituosos no Whatsapp
Correio Braziliense
25/05/2022 22:47 - atualizado 26/05/2022 09:09
Edmar Alteff Xavier, de 25 anos, foi identificado, nesta quarta-feira (25/5), em Minas Gerais
(foto: Reprodução/Redes Sociais)
Um dos integrantes de um grupo neonazista que fez ataques
racistas a uma ativista e influenciadora digital da cidade de Colatina, no
Espirito Santo, foi identificado, nesta quarta-feira (25/5), em Minas Gerais.
Edmar Alteff Xavier, de 25 anos, fez parte de uma ação que colocou a influencer
Carol Inácio, de 26 anos, dentro de grupos preconceituosos no Whatsapp, nos
quais ela recebeu mensagens racistas, no dia do aniversário dela.
Carol sofreu os ataques no dia em que fez 26 anos, em 8 de agosto de 2021. Na época, ela relatou que não conhecia nenhum dos integrantes dos gupos em que foi colocada - e um deles tinha 129 participantes, com números de telefone de diversos estados e até mesmo de outros países.
Edmar prestou depoimentos em fevereiro à Polícia Civil do
Espírito Santo (PCES) e afirmou que já fez parte do grupo "Realities - Red
Pill@opressor", mas que já havia saído dos grupos. "Sobre o tal grupo
'neonazista' quando entrava, era para colher informações para denunciar",
afirmou ele ao O Globo.
O caso segue em investigação e Edmar Alteff Xavier não foi
preso.
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