Bolsonaro ainda atacou a mídia e especialistas em segurança pública que criticam a ação, a terceira mais letal da história recente. A própria PM emitiu nota dizendo que não considerou "exitosa" a operação.
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Em publicação em seu perfil no Twitter no fim da noite desta
terça-feira (25), Jair Bolsonaro (PL) parabenizou os "guerreiros do BOPE e
da PM" pela operação que resultou em uma chacina com pelo menos 22 mortos
na Vila Cruzeiro, Complexo da Penha, Zona Norte do Rio, entre elas uma moradora
de 41 anos.
Na sequência de tuites, Bolsonaro ainda atacou a mídia e especialistas em segurança pública que criticam a ação da PM, que resultou na terceira mais letal da história recente do Rio de Janeiro - ficando atrás do massacre do Jacarézinho, que teve 28 mortos em 2021, e da chacina da Vila Operária em Duque de Caxias, em 1998, com 23 mortos.
A própria PM do Rio divulgou nota no início da noite desta terça-feira (24) dizendo que não considerou "exitosa" a ação.
"A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que não é possível considerar exitosa uma operação com resultado morte, principalmente envolvendo a perda da vida de uma pessoa inocente - a senhora Gabrielle. No entanto, a operação se fazia necessária tendo em vista as disputas entre grupos criminosos", diz a nota - leia a íntegra abaixo. Dos 22 mortos, 12 eram suspeitos e Gabrielle Ferreira da Cunha, de 41 anos, moradora da região foi morta por um tiro.
"Lamentamos pela vítima inocente, bem como pela inversão de valores de parte da mídia, que isenta o bandido de qualquer responsabilidade, seja pela escravidão da droga, seja por aterrorizar famílias, seja por seus crimes cruéis. Boa noite a todos", escreveu Bolsonaro após atacar "especialistas" que "omitem essas informações com o intuito de demonizar aqueles que arriscam suas vidas por nós".
Veja a íntegra da nota da PM
A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que não é possível considerar exitosa uma operação com resultado morte, principalmente envolvendo a perda da vida de uma pessoa inocente - a senhora Gabrielle.
No entanto, a operação se fazia necessária tendo em vista as disputas entre grupos criminosos, envolvendo inclusive a facção atuante na Vila Cruzeiro, em diferentes comunidades na cidade do Rio de Janeiro - como foi visto no Morro dos Macacos na última semana. Neste sentido, também devem ser consideradas as informações de inteligência indicando a possibilidade de migrações criminosas em direção à Rocinha.
Cabe ressaltar que a operação foi planejada para realizar prisões, mas o resultado fático no terreno decorre da característica da facção criminosa atuante na região, que opta pela beligerância e confronto armado com uso de armas de guerra, sendo 13 destas apreendidas no decorrer da ação desenvolvida hoje.
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