Foi divulgado na última terça-feira (12) que o Exército brasileiro comprou R$ 3,5 mi em próteses penianas. O deputado Elias Vaz (PSB-GO) e o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) afirmaram que vão acionar o MPF (Ministério Público Federal) e o TCU (Tribunal de Contas da União) sobre os gastos. Ao todo, segundo os parlamentares, foram adquiridas 60 próteses, que variam entre 10 e 25 centímetros. Os números foram encontrados no Portal da Transparência. Em nota, o Centro de Comunicação Social do Exército afirmou que apenas três próteses foram adquiridas em 2021. Elas foram destinadas a hospitais militares.
Como funcionam Elas são usadas no tratamento de disfunção
erétil e são implantadas no pênis para preencher espaços antes ocupados pelo
sangue nos corpos cavernosos, garantindo a ereção. Com as próteses, o usuário
pode ter relações sexuais sempre que desejar, mas elas não aumentam o tamanho
do pênis. Existem diversas opções disponíveis de próteses: maleáveis ou
semirrígidas, infláveis ou hidráulicas. Elas são implantadas direto na câmara
erétil do pênis para dar sustentação necessária para o sexo. Elas não
interferem na sensibilidade e capacidade do orgasmo
O implante é feito por meio de uma cirurgia que dura cerca
de uma hora e tem baixos índices de complicação e altos níveis de satisfação.
Trata-se, no entanto, de um procedimento irreversível —e última linha de
tratamento para a disfunção erétil. Antes de optar pela prótese, é preciso
avaliação de um urologista. Um dos tratamentos possíveis é o uso de
medicamentos que estimulam a ereção, como o Viagra —que também foi adquirido
pelas Forças Armadas. *Com informações das reportagens de 21/08/2020 e
03/07/2021.
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/04/13/para-que-serve-a-protese-peniana.htm
Serra do Curral: PBH diz que Pico Belo Horizonte pode cair
com mineração
Estudo da Secretaria
de Meio Ambiente da capital aponta riscos ao monumento, a apenas 150 metros de
uma das cavas da Tamisa
19/05/2022 08:59 - atualizado 19/05/2022 09:45
Pico Belo Horizonte ameaçado por mineração
A mineração na Serra do Curral pode levar ao desmoronamento do Pico Belo Horizonte. Um estudo feito por geólogos da Secretaria de Meio Ambiente da capital mineira aponta a possibilidade de riscos geológicos ao monumento, símbolo de BH e presente na bandeira municipal. O pico está a apenas 150 metros de uma das cavas do empreendimento da Taquaril Mineração S.A (Tamisa).
Serra do Curral: a história do símbolo de BH
As conclusões da pasta de Meio Ambiente foram anexadas a um
documento da Procuradoria-Geral do Município (PGM), apresentado nesta
quinta-feira (19/5) à Justiça Federal. O pedido é pela concessão de liminar
para suspender a licença dada pelo governo estadual à mineração na Serra do
Curral.
"Se Belo Horizonte for forçada a mudar a sua bandeira
pelo deslizamento do Pico Belo Horizonte, o fato não poderá ser considerado um
acidente como se tentou imputar a Mariana e Brumadinho, pois o desastre no Pico
Belo Horizonte é previsível e anunciado pela falta de estudos geológicos
idôneos feitos pela Tamisa atestando a estabilidade geotécnica em decorrência
da exploração minerária e pelo histórico de deslizamento na região", lê-se
em manifestação assinada por Caio Perona, subprocurador-geral de Belo
Horizonte.
Estudo aponta a possibilidade de riscos geológicos ao
monumento presente na bandeira municipal
(foto:
Reprodução/Google Street View)
O "histórico de deslizamento" citado pela
Prefeitura de Belo Horizonte faz referência ao caso do Morro do Patrimônio,
próximo à mina de Águas Claras, hoje já desativada. Em 1992, houve o rompimento
de um talude na área, considerada patrimônio da capital. A ruptura causou a
destruição de um dos marcos que norteavam o tombamento da Serra do Curral.
O Morro do Patrimônio é um espaço visto como de "perfil
semelhante" ao existente no Pico Belo Horizonte. Para corrigir o
deslizamento do talude, foram gastos cerca de R$ 240 milhões, em uma ação que
contou, inclusive, com 200 alpinistas industriais.
"Não está garantida a estabilidade geotécnica do Pico
de Belo Horizonte e, também, não é possível afirmar que a implantação da
mineração não vai causar impactos à paisagem do município", aponta uma das
conclusões do estudo feito pelos geólogos de carreira da prefeitura.
No último sábado (14), a Tamisa pediu ao judiciário que a
Prefeitura de Belo Horizonte seja excluída do debate sobre a mineração na Serra
do Curral. A companhia alegou que o município não tem "competência de
opinar". A versão, no entanto, foi contestada pela PGM - de acordo com a
capital, a mineradora não apresentou pareceres sobre os impactos da mineração
ao pico.
"Eventual deslizamento do talude [do Pico BH] não
afetará apenas o lado de Nova Lima da Serra do Curral, mas inexoravelmente
atingirá também a porção de Belo Horizonte, o que reforça a indispensabilidade
de anuência de Belo Horizonte ao empreendimento".
'Distância irrisória'
Em 12 de maio, os geólogos João Vicente Mariano, Adria
Scarpelli, Sônia Knauer e Taynara d' ngelo foram presencialmente à Serra do
Curral a fim de examinar possíveis impactos da mineração ao Pico Belo
Horizonte, que tem mais de 1,3 mil metros de altitude. No relatório que trata
dos riscos de deslizamento, os profissionais demonstraram temor.
"É preocupante a localização da cava Oeste a ser implantada no sopé [encosta] do Pico de Belo Horizonte, patrimônio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A distância linear entre o pico e a estrutura de mineração a ser implantada é irrisória e, a poucos metros, da área verifica-se cava desativada da Mina Águas Claras, onde movimentos de massa comprometeram o Marco Topográfico IV do tombamento [da Serra]".
"O uso de explosivos na remoção do minério é fonte de
energia (ondas), que em sua propagação poderá promover deslocamentos/vibrações
ao longo das descontinuidades, podendo resultar em movimentos de massa que
venha a comprometer a integridade do já referido marco topográfico",
apontam.
Empresa usaria parecer hídrico desatualizado
No domingo (15), a Procuradoria de BH já havia ido à Justiça
apontar que a Tamisa usou parecer desatualizado da Companhia de Saneamento de
Minas Gerais (Copasa) a respeito dos impactos hídricos do empreendimento.
A capital mineira considera que os estudos apresentados são
de 2018, posteriores a alterações em praticamente todo o projeto da Tamisa e
anteriores à crise hídrica pós-rompimento da Barragem B1 da Mina Córrego do
Feijão (2019), em Brumadinho, e suspensão da captação no Rio Paraopeba da
Copasa para a Grande BH.
Segundo manifestação da própria empresa de água e esgoto, a
Tamisa recebeu, em 2018, um parecer favorável ao projeto apresentado, desde que
diversas condicionantes fossem adotadas para garantir a segurança do
fornecimento de água para a Grande BH a partir do Rio das Velhas.
A autorização do governo mineiro aos pleitos da Tamisa veio
em 30 de abril, durante reunião do Conselho Estadual de Política Ambiental
(Copam). O aval ocorreu já durante a madrugada, em meio a uma conferência que
já durava cerca de 18 horas.
Em que pese os questionamentos, o Palácio Tiradentes tem
defendido a licença concedida à Tamisa e os meandros do processo de análise do
empreendimento.
"O processo de licenciamento segue todos os ritos
técnicos. Todas as normas e os limites técnicos estabelecidos na lei foram
seguidos. Nós temos muita segurança técnica do processo e da forma como foi
analisado", disse Marília Melo, secretária de Estado de Meio Ambiente, no
início deste mês, à "TV Globo".
Além da Prefeitura de Belo Horizonte, ambientalistas,
artistas, escolas, universidades e a Arquidiocese de BH já se manifestaram
contra a devastação que a mineração da Tamisa vai provocar na serra que é
símbolo da capital mineira.
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