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Jovem presa durante entrevista de emprego tem soltura determinada pela Justiça
Mãe de Lívia Ramos de Souza tomou remédios para conter a pressão após saber da determinação
Lívia Ramos de Souza, 19, jovem capturada ao participar de uma entrevista de emprego, teve a soltura determinada nesta terça-feira (20), após quase 15 dias presa. A Justiça do Rio de Janeiro também determinou a liberdade de outras 13 pessoas detidas no mesmo momento.
Conforme o jornal O GLOBO, 18 pessoas foram presas em flagrante na ação da Polícia Civil contra um esquema de golpes do consórcio, que ocorreu no último dia 5 de junho.
Todos os outros 13 jovens e Lívia tiveram a prisão preventiva convertida em medidas cautelares. Conforme o documento, assinado pelo desembargador José Muiños Piñeiro Filho, da 6ª Câmara Criminal, os jovens que não prestam serviços para a empresa "tenham o mesmo objeto daquela que deu origem ao auto de prisão em flagrante".
'SEI QUE A LÍVIA É INOCENTE'
A mãe de Lívia, Cristiane Pinto Ramos, de 51 anos, comemorou a determinação da Justiça do Rio. Cristiane passou cerca de 15 dias sem contato algum com a filha e está ansiosa para a soltura da filha.
"Sei que a Lívia é inocente. Não criei minha filha para estar naquele lugar. Agora, eu não tenho palavras. Estou transbordando de alegria, já agradeci muito a Deus. Estou muito contente de ver minha filha livre, fora daquele lugar horrível e do lado da família dela", contou.
Cristiane ainda relatou que teve que tomar remédios para controlar a pressão, após o momento de alegria.
ENTENDA O CASO
Lívia participava de uma entrevista de emprego quando foi capturada pela Polícia. A mãe da jovem foi responsável por denunciar o caso a imprensa. A empresa Icon Investimentos é investigada em esquema de estelionato. Os detidos na ação possuem idade entre 18 e 30 anos.
José Mario Salomão Omena, responsável pelas investigações disse, na época das prisões, que mais de mil pessoas foram vítimas. Os golpes somam o valor de R$ 3 milhões. Conforme a polícia, os funcionários seguiam um roteiro para aplicar o golpe.
"Encontramos uma pessoa negociando um carro inexistente e encontramos o esquema funcionando. Nunca teve carro entregue. Enriquecimento ilícito. Antes, funcionaram em outro endereço, com outro nome", disse José Mário.
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