Inquérito policial foi instaurado para investigar a morte da jovem. Conselho Regional de Medicina (CRM) também disse, em nota, que vai iniciar às apurações do fato.
Por Maria Lúcia Gontijo, G1 Minas — Belo Horizonte
Edisa de Jesus Soloni, morreu quatro horas depois de passar por três cirurgias plásticas em BH — Foto: Arquivo Pessoal/ Silvana Mota pereira
A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou inquérito para apurar as causas da morte da cabeleireira, de 20 anos, Edisa de Jesus Soloni, que morreu horas depois de fazer três cirurgias plásticas na clínica Belíssima Cirurgia Plástica, que fica no bairro Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, no dia 11 de setembro.
Na tarde desta segunda-feira (14) familiares e amigos da vítima fizeram protesto na porta da clínica. Eles alegam que o médico foi negligente e não prestou assistência à família.
"Ela tinha o sonho de fazer uma lipoabdominoplastia, era muito vaidosa e estava muito feliz. Um sonho que virou pesadelo", contou a massagista Silvana Mota Pereira, prima da vítima.
Segundo Silvana, a jovem foi convencida pelo médico a fazer as três cirurgias de uma só vez. O cirurgião, que seria o dono da clínica, informou que os procedimentos podiam ser feitos na clínica e não no hospital.
"Minha prima contou que o próprio médico a incentivou, além da lipoabdominoplastia, lipar a região do queixo e colocar no glúteo a gordura retirada da barriga. Médico também disse que este procedimento não precisaria ser em hospital que a clínica era bem equipada", disse Silvana.
Familiares e amigos de Edisa protestam na porta da clínica no bairro Savassi, na Região Centro-Sul de BH — Foto: Arquivo pessoal/ Silvana Mota Pereira
Cerca de quatro horas após a cirurgia, segundo familiares, a jovem teria reclamado de dores e desmaiou. "O médico chegou no quarto da clínica e disse que era um problema simples, mas que precisava transferir minha prima para o hospital", relembrou Silvana. Ela morreu assim que deu entrada no Hospital Felício Rocho, segundo a prima da vítima.
"Ele [o médico] simplesmente disse que foi uma fatalidade e, desde então, tem evitado falar com a gente. Um absurdo. Descaso total", contou Silvana.
A prima da vítima disse que Edisa pagou pelos três procedimentos o valor de R$11 mil à vista.
A família registrou boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia Civil.
Em nota, o Conselho Regional de Medicina (CRM) informou que "tomou conhecimento por meio da imprensa de óbito de paciente ocorrido após cirurgia, e que iniciará os procedimentos regulamentares necessários à apuração dos fatos".
O G1 tentou contato com a clínica responsável pelo procedimento, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
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