segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Flordelis ofereceu filha sexualmente a pastores estrangeiros e frequentava casas de swing

 Testemunhas também relataram que Anderson mantinha relações sexuais com uma filha afetiva contra sua vontade e com a autorização da deputada federal

Por O Dia
Acusada de mandar matar o marido, Flordelis pode perder mandato
Acusada de mandar matar o marido, Flordelis pode perder mandato - 
Rio - Depoimentos colhidos pela polícia durante a investigação que apontou a deputada federal Flordelis (PSD) como mandante do assassinato do marido, pastor Anderson do Carmo, revelam comportamentos divergentes da imagem que a pastora defendia como religiosa. O casal frequentava casas de swing e Flordelis chegou a oferecer uma das filhas afetiva do casal a pastores neopentecostais estrangeiros, disseram testemunhas. As informações foram exibidas pelo programa 'Fantástico' da TV Globo neste domingo.

Galeria de Fotos

Fotos de Flordelis sem peruca viralizam nas redes sociaisREPRODUÇÃO
Flordelis pede ajuda de bancada feminina na CâmaraREPRODUÇÃO
Polícia identifica mensagem de Flordelis como código para que plano de assassinato fosse iniciadoREPRODUÇÃO/ TV GLOBO
O filme da deputada Flordelis está um tanto queimado, após ela ser acusada de matar oi próprio marido, contrariando os princípios de DeusREPRODUÇÃO
Rio,24/08/2020 -JACAREZINHO, Coletiva do caso Flodelis, nove pessoas sao presas pelo envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo, executado com mais de 30 tiros. Na foto,Allan Duarte(Delegado Titular da DH Niteroi) .Foto: Cléber Mendes/Agência O DiaCLÉBER MENDES
Antonio Ricardo (chefe das DHs) e o delegado Allan DuarteCLÉBER MENDES
Acusada de mandar matar o marido, Flordelis pode perder mandatoDIVULGAÇÃO / CÂMARA DOS DEPUTADOS
Deputada, que sempre posava com Anderson, jura inocênciaREPRODUÇÃO REDES SOCIAIS
Rio de Janeiro - RJ - 17/12/2019 - Policia - Depoimento dos filhos de Flordelis na DHNSG, em Niteroi, Regiao Metropolitana do Rio - Foto Reginaldo Pimenta / Agencia O DiaREGINALDO PIMENTA / AGENCIA O DIA
Policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói foram à casa do chefe de gabinete de FlordelisWHATSAPP O Indicadas para você
"(A testemunha) lembra que em determinada época (os familiares) receberam a visita de pastores pentecostais estrangeiros. (...) O declarante lembra que, como forma de recepção para os tais pastores, (uma das filhas) foi oferecida sexualmente para os mesmos. Flordelis foi quem fez a oferta."
As testemunhas também relatam que Anderson mantinha relações sexuais com uma filha afetiva contra sua vontade e com a autorização de Flordelis. 
"A testemunha se recorda que (o pastor) Anderson com a permissão de Flordelis se relacionava sexualmente com uma das filhas afetivas, que não gostava dessa situação, mas obedecia", registra o inquérito.

Flordelis apontada como mandante
Flordelis foi indiciada na segunda-feira como mandante do assassinato do próprio marido, Anderson do Carmo, em junho do ano passado. Para a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio, a deputada estava incomodada com o controle financeiro exercido pelo marido na família. O pastor controlava o dinheiro do Ministério Flordelis, rebatizado de Comunidade Evangélica Cidade do Fogo.
Seis familiares da deputada foram presos, Marzy foi uma delas, e 14 mandados de busca e apreensão sobre a morte do líder religioso foram cumpridos na casa da parlamentar, em Niterói, e em outros endereços ligados à ela, em São Gonçalo, na capital, e até mesmo Brasília.
Marzy fez buscas por assassino na internet
Marzy Teixeira fez buscas na internet que a levassem a encontrar uma pessoa para realizar o crime de matar o pastor Anderson do Carmo, de 42 anos. 
De acordo com informações do portal G1, policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) apontaram que Marzy realizou pesquisas no Google de termos que a fizesse encontrar alguém para executar o serviço:

- "Assassino onde achar"
- "Alguém da barra pesada"
- "Barra pesada online"
Ainda segundo as investigações, Marzy também procurou por venenos. 
- "Veneno para matar pessoa que seja letal e fácil de comprar"
- "Cianeto de cobre"
Marzy, em depoimento, confessou que procurou Lucas César dos Santos, filho adotivo do casal e preso, para contratá-lo para assassinar o padrasto. 
Flordelis não pode ser presa pela Polícia Civil por imunidade parlamentar. Uma cópia do inquérito da DHNSGI será encaminhado para a Câmara dos Deputados.
O procedimento poderá levar ao afastamento da parlamentar para que ela possa ser presa.
A polícia apontou que Flordelis planejou toda a execução do marido. Antes mesmo de Flávio dos Santos Rodrigues, um dos filhos biológicos da evangélica, atirar contra o líder religioso, ela chegou a procurar um pistoleiro para praticar o crime.
As investigações apontaram que a ideia de matar o pastor Anderson surgiu em 2018, antes de Flordelis ser eleita deputada federal. De lá pra cá, a família tentou envenená-lo diversas vezes.

"Identificamos que não se tratava de uma família normal. Concluímos que se tratava de uma quadrilha criminosa que tinha um único objetivo: eliminar o pastor Anderson do Carmo. O objetivo da deputada era chegar à Câmara e logo depois descartar o marido como um objeto qualquer", destacou o delegado.

Crime

O pastor Anderson do Carmo morreu na madrugada do dia 16 de junho do ano passado, quando havia acabado de chegar com a esposa, em Pendotiba. Ele foi alvo de vários tiros, na garagem da residência. O laudo da necrópsia apontou que o corpo do líder religioso tinha 30 perfurações de bala.
Na ocasião, Flordelis afirmou que o marido tinha sido morto durante um assalto. Ela disse que os dois estavam sendo seguidos por suspeitos em uma moto quando voltavam para casa.
Dois filhos do casal, Flávio dos Santos Rodrigues, 38, filho biológico da deputada, e Lucas Cézar dos Santos de Souza, 18, adotado por ambos, vão ser julgados como executores do crime. Eles estão presos desde a época do assassinato.
"Flordelis é responsabilizada por arquitetar o homicídio, arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio. A deputada também financiou a compra da arma e avisou da chegada da vítima no local em que foi executada, segundo a denúncia", afirma o MPRJ.

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