A magistrada pediu para o advogado "baixar a voz" e encerrou a audiência logo depois.
sexta-feira, 20 de agosto de 2021
Mais um caso polêmico aconteceu durante uma audiência virtual. No RN, após o advogado de um réu informar que ele responderia apenas as perguntas da defesa, a juíza do caso se exaltou, negou o direito ao silêncio parcial, bateu na mesa e encerrou a transmissão.
"Ou ele exerce o direito ao silêncio completamente ou então ele vai responder as perguntas do juízo e do Ministério Público."
Em seguida, o advogado tenta argumentar que a jurisprudência dos Tribunais Superiores admite o silêncio parcial do réu, momento em que a magistrada começa a se exaltar.
Os dois discutem, ela pede para o causídico "baixar a voz" e dá um forte tapa na mesa.
Logo após, pede que derrubem a gravação e encerra a audiência de instrução.
Veja as imagens:
"Nem estou prestando atenção"
No início do mês, Migalhas noticiou um caso semelhante. No DF, acusado disse que não responderia as perguntas do juízo e nem do promotor de justiça. Em seguida, o magistrado respondeu: "Rapaz, eu já te falei, você fala o que você quiser. Está gravando aí, eu não estou nem prestando atenção no que você está falando, estou trabalhando em outro processo aqui."
Reveja:
Por: Redação do Migalhas
Atualizado em: 20/8/2021 07:45
Aos gritos, juíza nega direito parcial ao silêncio e bate na mesa
Um ministro destemido
Crédito: NELSON JR.
FREIOS E CONTRAPESOS
Alexandre de Moraes tem sido o ponto de
equilíbrio jurídico para evitar um retrocesso democrático (Crédito: NELSON JR.)
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, tem se destacado não apenas como o magistrado mais corajoso dos últimos tempos, mas também como esteio das garantias constitucionais e da manutenção do Estado de Direito. Graças ao seu pulso firme em momentos decisivos em que a democracia esteve sob ataque, como agora, nos quais a extrema-direita, liderada por Bolsonaro e seus asseclas, coloca em risco o tênue regime democrático, o Poder Judiciário tem conseguido frear o avanço dos que desejam o golpe e o retrocesso institucional. Moraes é relator dos quatro processos em curso no STF com o objetivo de investigar o presidente e seus seguidores para isolá-los na tentativa de concretizarem seus propósitos nefastos. Se não forem parados agora, o Brasil pode mergulhar em dias sombrios.
Investigados
Além de Bolsonaro, que é investigado ainda por interferência
na PF e prevaricação, os inquéritos relatados por Moraes apuram o envolvimento
de pessoas ligadas ao presidente em crimes contra a democracia, como é o caso
de Allan dos Santos e os deputados Eduardo Bolsonaro, Bia Kicis, Paulo Eduardo
Martins, Caroline de Toni e Daniel Silveira.
Ameaças
Tanto Silveira quanto Allan e o ex-deputado Roberto
Jefferson — preso com toda a justiça na semana passada por ameaçar de morte
ministros do STF e até senadores — foram parar atrás das grades por decisão de
Moraes. Se não tivessem sido contidos pelo ministro do STF, os três certamente
estariam concretizando suas ameaças de forma cabal.
Cooptados pelo governo
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Muitos dos 229 parlamentares que votaram a favor do voto
impresso pertencem a partidos tidos como de oposição a Bolsonaro. Ele teve
votos do PSDB, MDB, DEM, PSB, PDT e até dois do PT se abstiveram. Mas o
que mais chamou a atenção foi a votação maciça de 6 dos 8
deputados do Novo a favor da tese governista, puxados pelo líder da bancada,
Paulo Ganime (RJ). O presidente ofereceu algo em troca?
“É impossível para qualquer BC do mundo controlar a inflação com um ambiente fiscal descontrolado” (Crédito:José Cruz/Agência Brasil)
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, é mais uma voz que
se levanta contra o aumento dos gastos do governo em ritmo de campanha
eleitoral e que estão inviabilizando o controle do déficit fiscal. Ele cita
como temerários os programas que elevam os gastos públicos acima do teto, como
o Bolsa Família, que vai consumir mais R$ 28 bilhões, além dos atuais R$ 34
bilhões. O presidente do BC explicou que, dessa forma, “é impossível controlar
as expectativas inflacionárias”.
Toma lá dá cá
Carlos Sampaio, deputado federal pelo PSDB-SP
(Crédito:Gilberto Marques)
Por que Bolsonaro insiste na tese do voto impresso se não há
provas de fraudes?
Penso que, antevendo sua derrota, ele faz movimentos para,
desde já, questionar a validade da próxima eleição.
O que acha dos ataques de Bolsonaro às eleições e aos
ministros do STF e do TSE?
Isso tudo acontece porque Bolsonaro já prevê uma derrota no
ano que vem. Por isso, ele desqualifica os ministros das Cortes superiores e o
processo eleitoral como um todo.
O que pensa sobre as mudanças eleitorais discutidas no
Congresso?
Sou contra o Distritão e a volta das coligações. São modelos
que desmerecem os partidos políticos. O Distritão, particularmente, dificulta a
entrada de novos quadros na disputa política.
Carestia avança
Não é à toa que Jair Bolsonaro quer aumentar o Bolsa Família
em até 50%, estourando o teto de gastos. Depois de ser abandonado pelo PIB da
Faria Lima, agora ele está perdendo sustentação também entre os mais pobres. É
que, em outubro, o governo deixará de pagar o auxílio emergencial e os
descamisados ficarão ao Deus dará. Pior é que a crise está atingindo também a
classe média, penalizada pela inflação descontrolada. Levantamento do
Procon-SP, em convênio com o Dieese, constatou que a cesta básica chegou a R$
1.064,79, em julho, com alta de 22,18% nos últimos 12 meses. Ou seja, quem
ganha salário mínimo está na pindaíba e abandonará o ex-capitão nas eleições.
Miséria
É por isso que o “índice miséria”, calculado pela LCA Consultores,
atingiu 23,47 pontos em maio, o maior valor da histórica. O levantamento é
feito com base nos dados do IBGE e considera inflação, desemprego, custo de
vida e renda. A LCA estima que em agosto o índice será ainda maior: 24,27
pontos.
Amigo do peito
O senador Fernando Bezerra, líder do governo no Senado, não
é o tipo que abandona os amigos. Na distribuição de emendas parlamentares, ele
destinou R$ 10 milhões para Pernambuco, seu estado, para a compra de máquinas e
caminhões, e a empresa contratada para oferecer os equipamentos foi a HGV
Veículos, cujo dono é íntimo da sua família.
Kleyton Amorim/
Propinas
Bezerra também vive às voltas com a Justiça. A PF acaba de
indiciá-lo por corrupção e lavagem de dinheiro, e enviou o caso para a PGR
decidir se o denuncia ao STF. É suspeito de receber R$ 10 milhões em propinas
de empreiteiras quando foi ministro de Dilma. Seu rebento, o deputado Fernando
Bezerra Filho, também foi indiciado. Tudo em família.
Kassab monta o time para 2022
Divulgação
Gilberto Kassab aproveitou a festa de seu aniversário na
sexta-feira, 13, para reunir o grupo com o qual pretende enfrentar seu
ex-aliado, Rodrigo Garcia, candidato do PSDB a governador de São Paulo. Ele
quer levar o tucano Geraldo Alckmin para o PSD e ter apoio de Skaf. Só falta
combinar com os russos: Doria vai deixar um legado de obras difícil de ser
batido.
Rápidas
* O ministro Luís Roberto Barroso, do TSE, que é um tuiteiro
assíduo, assistiu à derrota do voto impresso pela TV e permaneceu em silêncio
nas redes. Não postou nada a respeito do assunto, mas os funcionários do seu
gabinete no STF não economizaram na celebração.
* O governador do Paraná, Ratinho Junior, será o primeiro
chefe de executivo estadual a adquirir vacinas contra a Covid diretamente do
Butantan, sem precisar passar pela burocracia inepta do Ministério da Saúde.
* Representantes da ONG Avaaz se reuniram com assessores do
TSE para apresentar relatórios que apontam para riscos de que haja, no Brasil,
eventos semelhantes à invasão no Capitólio, nos EUA, após a derrota de Trump.
* O advogado bolsonarista Jabs Paim Bandeira, de Passo Fundo
(RS), decidiu construir uma estátua de Bolsonaro para homenageá-lo. Para evitar
depredações, o monumento será de ferro e protegido por guardas armados.
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