sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Polícia de Itabira esclarece estupro e feminicídio ocorridos em 2014

 Suspeito do crime foi preso depois de cometer outro estupro, contra idosa de 70 anos

26/08/2021 18:06 - atualizado 26/08/2021 19:31



A tranquilidade da pacata Ipoema deu lugar ao medo depois do crime de 2014(foto: Wikipédia)

A Polícia Civil de Itabira esclareceu nesta quinta-feira (26/8) um crime sexual, seguido de feminicídio, ocorrido em 2014, no distrito de Ipoema, na Região Central de Minas Gerais. O caso foi desvendado após a prisão de um comerciante, Silvano Aparecido Santos, de 41 anos. A vítima foi a professora Delaine Maria Guerra, de 50 anos, que foi estuprada e morta. 


O crime ocorreu na noite de 14 de junho de 2014 e era considerado pela polícia da região como um dos mais bárbaros de todos os tempos em Ipoema. A professora, além de estuprada e morta, foi encontrada com o corpo totalmente desfigurado, por golpes de faca.

Na época do crime, a polícia prendeu, como suspeitos, o comerciante e um menor, que teria confessado o crime e dado detalhes sobre o feminicídio. Ele contou que teria cometido o crime sozinho, a mando de Silvano, em troca de R$ 1.500. A confissão foi desconsiderada pela polícia e os dois acabaram soltos, por falta de provas.


O crime tornou-se um mistério e chegou a gerar pânico na população, em especial nas mulheres, que evitavam dormir com janelas abertas.


Somente agora, sete anos depois, o crime veio a ser esclarecido, isso, graças à prisão do comerciante Silvano, que cometeu outro crime: uma mulher, de 70 anos, o denunciou por estupro. Ela contou à polícia que foi obrigada a fazer sexo oral com ele, a ponto de ficar com um problema na boca. 

A partir da denúncia, a polícia reabriu o inquérito sobre a morte da professora Delaina. Isso aconteceu em fevereiro. Essa investigação foi mantida em sigilo. E com o estupro cometido agora contra a idosa, ficou evidenciado, segundo a polícia, que Silvano era o suspeito que vinha levando o pânico a Ipoema, um distrito cheio de atrações turísticas e de cachoeiras. 


Segundo ainda a polícia, na morte da professora, houve resquícios de crueldade por parte do comerciante, pois antes de matar a professora, ele permitiu que ela orasse ajoelhada aos pés da santa de sua devoção, em sua casa.

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