Empresas tem cinco dias para cumprir a ordem sob pena de multa
Publicado 24/08/2021 06:04 | Atualizado 24/08/2021 06:30
GloboReprodução de internet
No último dia 16, a Justiça de São Paulo determinou que a Rede Globo, Record TV, Google e o TikTok, removam do ar os vídeos que mostram os últimos momentos de vida da noiva Rosemere Nascimento Silva, que iria se casar chegando de helicóptero. A decisão é do juiz Valdir da Silva Queiroz Junior, da 9ª Vara do Foro Central Cível de São Paulo.
Mário Gazin, fundador das lojas Gazin, gravou um vídeo
oferecendo transporte para as manifestações contra o STF
AM
Ana Mendonça
24/08/2021 14:22 - atualizado 24/08/2021 17:20
Mário Gazin, fundador das lojas Gazin do Paraná
(foto: Redes Sociais/Reprodução)
O empresário Mário Gazin, fundador da rede de lojas de
varejo Gazin, gravou um vídeo oferecendo transporte de graça para quem for às
manifestações do 7 de Setembro, Dia da Independência do Brasil, que vão pedir o
fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e a intervenção militar.
O transporte está marcado para sair de Douradina, no Paraná,
onde a sede da empresa está localizada.
“Olá pessoal de Douradina, convido todos vocês para ir até Brasilia”, diz Mário Gazin no vídeo. “Ninguém paga nada. É esse o trabalho que nós temos para defender o Brasil. Quem não pensar no Brasil de hoje está errado porque não sabe o que será o futuro. Vamos salvar o governo”, explica.
Bolsonaro foi eleito, no segundo turno, o 38º presidente da
República com 57.797.847 votos (55,13% dos votos válidos), contra 47.040.906
votos (44,87%) de Haddad.
Com as declarações, o presidente começou a chamar a atenção
de alguns nomes importantes. Entre eles, os ministros do STF Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Barroso é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e
rejeitou todas as acusações de fraude feitas por Bolsonaro. Com isso, o presidente
começou atacar o ministro pessoalmente e até mesmo o chamou de “canalha” e
“filha da puta”.
Leia: Bolsonaro xinga presidente do TSE: 'Aquele filho da
puta do Barroso'
Já Moraes é relator do inquérito das fake news. Aberto em
março de 2019, por decisão do então presidente da Corte, Dias Toffoli, o
inquérito investiga notícias fraudulentas, ofensas e ameaças a ministros do
STF.
Após os ataques do presidente contra Barroso ficarem mais
intensos, Moraes determinou a inclusão
de Bolsonaro como investigado no inquérito que apura a divulgação de
informações falsas.
A ação dos ministros gerou uma resposta do presidente, que
enviou ao Senado pedido de impeachment contra Moraes.
O STF divulgou nota repudiando o ato de Bolsonaro.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já afirmou
não vislumbrar fundamentos técnicos, jurídicos e políticos para a destituição
de um integrante da Suprema Corte.
Manifestações
O pedido de Bolsonaro incitou também revolta entre seus
apoiadores, que prometem sair às ruas no 7 de Setembro, Dia da Independência, e
pedir a intervenção das forças armadas no país, promovendo um golpe militar.
Essa não seria a primeira vez que o país passaria por uma
gestão militar. A derrubada de João Goulart
levou a uma ditadura de 21 anos, período marcado por crimes contra a
democracia, a liberdade de imprensa e os direitos humanos.
Foram 5 mandatos militares e 16 atos institucionais –
mecanismos legais que se sobrepunham à Constituição. Entre eles, o AI-5, que
estabeleceu um regime de opressão, garantindo a ampliação dos aparatos de
perseguição e repressão dos cidadãos brasileiros. Ações ilegais, como a
tortura, ganharam incentivo durante o ato.
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